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Black Sabbath: “Alguns desses religiosos esquisitos eram tão perigosos quanto a Ku Klux Klan. Uma pessoa subiu no palco com uma adaga para me esfaquear”, relembra Tony Iommi

Black Sabbath: "Alguns desses religiosos esquisitos eram tão perigosos quanto a Ku Klux Klan. Uma pessoa subiu no palco com uma adaga para me esfaquear", relembra Tony Iommi

Credit: Christie Goodwin/Redferns via Getty Images

Tony Iommi, guitarrista do Black Sabbath, contou à Classic Rock qual foi o show mais perigoso de sua vida. A imagem sombria do quarteto formado por Iommi, Ozzy, Geezer e Bill, associada a música pesada com referências à Satanás fez com que o misticismo em torno do grupo aumentasse e certamente ajudou a banda a ganhar popularidade, ao mesmo tempo em que isso também colocava a banda em risco, conforme relembrou Iommi.

“A imagem era boa e ruim, na verdade. Ela criou essa coisa, esse tipo de aura, e as pessoas queriam vir e ver como éramos.

Então, acho que de certa forma isso nos ajudou. Em um ponto, não estávamos fazendo nenhuma entrevista, então ninguém sabia muito sobre nós. Ouvi histórias sobre pessoas que tinham medo de nos conhecer!”

Iommi e Geezer Butler estavam mergulhados no ocultismo e fascinados por tentar entender as coisas do outro lado da vida:

“Éramos jovens, aprendendo e tentando experimentar coisas. Então, estávamos realmente interessados ​​no ocultismo, Geezer e eu. Muito interessados ​​em como era do outro lado da vida.

Acho que naquela época estávamos abertos a muitas coisas. Tentamos um tabuleiro Ouija e nos assustamos!”

Iommi relembrou um show que poderia terminado em uma tragédia quando um fanático religioso invadiu o palco portando uma adaga:

“Com um nome como Black Sabbath, tínhamos todo tipo de gente estranha vindo aos shows na América – bruxas e todo tipo.

Havia pessoas vindo ao nosso hotel com capas pretas, acendendo velas. Era algo que crescia fora de proporção.

Você nunca sabe o que as pessoas farão. Você não sabia que tipo de pessoas estariam por perto. Alguns desses religiosos esquisitos eram tão perigosos quanto a Ku Klux Klan.

E a coisa mais perturbadora que já tive foi quando uma pessoa subiu no palco com uma adaga para me esfaquear. Muito perturbador, para dizer o mínimo!

Estávamos tocando em um show ao ar livre e, quando chegamos ao local, alguém tinha pintado uma cruz vermelha em uma porta…

Não pensamos muito mais nisso. Mas depois descobrimos que esse sujeito tinha cortado a mão e desenhado a cruz com seu sangue.

Ele era um fanático religioso.”

Iommi disse que não se deu conta do perigo a que estava exposto:

“Durante aquele show, meus amplificadores estavam tocando e eu fiquei realmente puto. Perdi a paciência, chutei minha pilha e fui embora. E enquanto eu estava indo embora, esse sujeito estava atrás de mim.

Ele passou pela segurança, mas alguém conseguiu pular nele. Eu não sabia o que estava acontecendo. Eu ainda estava reclamando do meu equipamento.

Só depois é que descobri que esse sujeito tinha uma adaga e estava tentando matar um de nós!”

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