Muitos desaprovam totalmente a ideia, mas é inegável que o show de avatares do ABBA, o “Voyage”, foi e está sendo um sucesso estrondoso de público e crítica. Quem foi, diz que é uma experiência incrível.
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Para um estilo musical mais pesado como o Heavy Metal, talvez possa não funcionar tão bem, mas é apenas um enorme “talvez”. Não sabemos até que ponto esta tecnologia irá avançar, assim como não sabemos os tipos de truques que, em tese, conseguirão simular um grande show de Heavy Metal.
Sharon Osbourne, esposa de Ozzy e empresária do Black Sabbath, questionada pela Metal Hammer se estaria aberta à possibilidade futura de um show do Black Sabbath ao estilo avatar, não titubeou e respondeu:
“Claro que sim.
A tecnologia continua avançando e avançando. Você pode fazer coisas incríveis agora, então o que você poderia fazer em cinco anos será ainda melhor.
Você nunca sabe quais são as oportunidades.”
O tema é bastante polêmico, mas outra grande banda de Rock, o Kiss está entrando de cabeça nesta experiência imersiva. Segundo relatos de Paul Stanley e Gene Simmons, até mesmo o “ABBA Voyage” já é coisa do passado perto do que o Kiss está preparando.
Meros hologramas ou tecnologia de ponta jamais vista? Entenda!
Parece ser algo muito além do que estávamos pensando e começa a ser desenhado um cenário que irá fugir totalmente daquela primeira imagem que criamos. Ao que tudo indica, estes espetáculos tecnológicos serão muito mais do que meros shows caça níqueis com hologramas simulando performances ao vivo.
Os avatares são criados pela Industrial Light & Magic (ILM) e financiados pela Pophouse Entertainment (a mesma do show “ABBA Voyage”). Sendo assim, Paul Stanley comentou que a primeira versão dos avatares do Kiss, aquela mostrada no último show realizado no Madison Square Garden, já era antiga na época em que eles apresentaram. Ele ainda mencionou que o que temos hoje em dia é algo completamente diferente, assim como absurdamente mais refinado.
Gene Simmons comentou sobre o projeto em uma recente aparição no podcast The Zak Kuhn Show. Segundo o baixista, a tecnologia está avançando a passos largos. O músico resolveu falar sobre sua visão de como será este show. Ele disse o seguinte:
“Bem, você pode ter lido ou não, há uma empresa fantástica chamada Pophouse que é responsável por aquele show de avatar do ABBA em Londres. Eles venderam milhões de ingressos, na verdade, e isso é uma coisa e tanto. Mas mesmo essa tecnologia agora é notícia de ontem.
Não sei como explicar, até agora estamos apenas chamando de avatares do KISS. Será visto em todo o mundo e vou tentar descrever para você. Quando você coloca um óculos virtual, você tem uma experiência de 360 graus. Para onde quer que você vire a cabeça, você está naquele universo, você está em um universo paralelo, se preferir. Você pode estar na terra dos dinossauros ou caindo de um penhasco ou você levanta a cabeça para o céu e vê o céu. E você abaixa o queixo e parece um abismo com seus pés caindo nesse abismo. Então você realmente acredita, na medida em que desliga sua mente, que você está realmente naquele mundo. Agora imagine não usar os óculos virtuais e ter essa experiência”
Gene foi questionado se o show do Kiss irá detonar com o “ABBA Voyage”. Ele respondeu:
“Já faz isso, sim, Uh-huh (fazendo um gesto afirmativo com a cabeça). Tecnologia, e tenho certeza que você acompanha isso, ela está evoluindo a passos largos. O futuro está aqui. A IA agora se conserta e se auto ensina. E então a tecnologia avançou aos trancos e barrancos, mesmo onde o show do ABBA estava. Você poderia jurar que o ABBA estava ao vivo no palco, mas você tem que olhar para frente. Se você olhar para a esquerda ou direita, pode ver seu vizinho sentado atrás de você ou ao seu lado. E então você tem aquele tipo de sensação, ‘oh, isso é realidade. E o que está no palco apenas parece realidade’. Mas como você sabe, com óculos 3D, óculos virtuais, seu senso do que é real e o que não é, acaba sendo distorcido. Então tem tudo isso que precisamos levar em consideração.”
Uma experiência imersiva que você terá que vivenciar
Em uma entrevista ao Wild Ride!, Paul Stanley deu claras pistas que o show de avatares do Kiss será certamente revolucionário. Stanley disse:
“O que faremos com esses avatares incríveis nos levará a outro lugar, é um outro nível de experiência. Agora, essas imagens que foram visualizadas no encerramento do show final do KISS no Garden não foram realmente o que estamos preparando. Eu tinha sentimentos mistos sobre mostrá-las porque elas são muito antigas, não se parecem em nada com o que temos hoje. Quer dizer, os avatares são idênticos. Eles se parecem conosco. E eu acho que a ideia era realmente mostrar às pessoas que seguiríamos em frente e continuaríamos, mas não será assim. E o que estamos montando com George Lucas e Pophouse, essa empresa incrível da Suécia, é uma experiência imersiva que você terá que vivenciar, e haverá calor, fogo, vento e coisas voando por aí.
A ideia é fazermos uma recriação de um concerto, quero dizer, por quanto tempo você consegue olhar e dizer, ‘uau, isso parece um amplificador de verdade’? Não é isso que estamos fazendo. Eu diria que é o Cirque Du Soleil encontrando Star Wars em um concerto do KISS. Então vai ser incrível.”
Bem, é muito cedo para batermos o martelo sobre como este novo tipo de entretenimento irá impactar o mundo da música pesada, mas uma coisa é certa, a tecnologia está sendo desenvolvida e será utilizada, quer gostemos disso ou não.
É claro que precisaremos avaliar os prós e os contras, mas em um primeiro momento é interessante perceber que os primeiros shows de avatares se utilizando deste novo aparato tecnológico poderão acontecer trazendo nomes como Kiss, Black Sabbath e outras bandas desta mesma estirpe ao invés de artistas pop. Seria um indício do que está por vir?
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