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Blind Guardian: os bardos que conquistaram o mundo

Formada em 1984 pelos mesmos integrantes da banda que viria a se chamar Blind Guardian, O Lucifer’s Heritage lançou duas demos: “Symphony Of Doom” (1985) e “Battalions Of Fear” (1986), esta última que seria o título do álbum de estreia do Blind Guardian, lançado em maio de 1988.



O primeiro contrato de gravação foi assinado com a No Remorse Records, um selo pequeno e independente. Desse modo, a banda teve apenas duas semanas para lançar a versão oficial de “Battalions of Fear”, álbum que tornou-se famoso no underground alemão. Foram feitos oito shows para esta primeira turnê, todos ao lado da banda Grinder, que havia lançado o seu debut no mesmo ano. Os shows tinham em média 200 pessoas, e a partir daí o público só viria a aumentar.

Evoluindo

A gravação do próximo álbum foi um grande passo na carreira do grupo. Dessa vez teriam uma semana a mais para a gravação e ainda contaram com a participação do ilustre Kai Hansen, que havia se interessado muito pelo trabalho do quarteto. O resultado foi “Follow The Blind”, mais pesado que seu antecessor e, dessa maneira, sob forte influência da banda de Thrash Metal Testament. O álbum inclui também um cover para “Barbara Ann”, da banda norte-americana Beach Boys e “Don’t Break The Circle” dos ingleses do Demon.

Por conta de alguns músicos estarem no Serviço Militar alemão (Andre e Marcus), não houve uma turnê de divulgação para este disco. Contudo, conseguiram fazer algumas apresentações em fins de semana em algumas cidades. A média nesses shows era maior em relação ao álbum anterior.



Com o início da década de 1990, a banda entra novamente em estúdio com o produtor Kalle Trapp (o mesmo dos álbuns anteriores). Kai Hansen participa mais uma vez do álbum, mas fazendo duetos com Hansi Kürsch. A capa foi feita por Andreas Marschall que obteve boa receptividade com o trabalho. Foi firmado então a promessa de que os demais trabalhos da banda teriam suas capas feitas por Marshall.

A fase da identidade

Em outubro de 1990 a banda lança “Tales From The Twilight World”, terceiro álbum da carreira, recebendo ótimas críticas de público assim como da mídia. Dessa vez foram feitas três semanas de turnê, na qual a banda tocou pela primeira vez fora de seu país, realizando shows na Áustria e Hungria. O grupo foi acompanhado, dessa vez, pelo Iced Earth e como fruto desse encontro nasceria uma forte amizade entre as bandas. Juntamente com Jon Schaffer, líder e fundador do Iced Earth, Kürsch viria a formar o Demons & Wizards.

O disco (“Tales From The Twilight World”) apontou o que seria o estilo adotado pela banda em seus próximos trabalhos, porém foi com “Somewhere Far Beyond” (1992) que o quarteto solidificou e adotou de em definitivo o estilo que conheceríamos nos trabalhos seguintes.

O selo No Remorse Records estava falindo e a distribuição dos CDs já era feita pela Virgin Records. O grupo decidiu, então, mudar de gravadora, assinando com a Virgin. Sendo assim, deu-se início às gravações do novo e quarto trabalho da carreira o excelente “Somewhere Far Beyond”.



A participação de Kai Hansen novamente se fez presente neste CD e o resultado é um álbum clássico e divisor de águas para a banda. Aqui, temos um dos maiores clássicos da banda (senão, o maior): The Bard ‘s Song (In The Forest).

Sucesso

A banda finalmente desponta fora da Alemanha, atingindo o público japonês e se tornando uma das bandas de maior sucesso no pais. Com o estouro de vendas na terra do sol nascente, era chegada a hora de uma turnê em terras nipônicas e isso de fato aconteceu.

Dois shows foram marcados em Tóquio (Japão), com a primeira apresentação sendo realizada no dia 04 de dezembro e a outra no dia 06 de dezembro de 1992.

Estas apresentações tiveram o maior público da carreira da banda (na época), cerca de 4 mil pessoas em cada apresentação. Dessa forma, com o respaldo positivo das apresentações, o grupo resolveu eternizar este momento de sua carreira e em março de de 1993 o excelente “Tokyo Tales”, foi lançado oficialmente como o primeiro registro ao vivo dos alemães.



Esse foi o último álbum com o produtor Kalle Trapp, que seria trocado por Flemming Rasmussen. Dois anos depois a banda lança os singles “A Past and Future Secret” assim como “Bright Eyes”, esta última com direito a videoclipe exibido pela MTV e em programações voltadas a música pesada. Os singles anunciavam o nascimento de uma das mais belas obras musicais da banda, o estupendo “Imaginations From the Other Side”, novo e quinto trabalho lançado em 05 de abril de 1995.

O som dos bardos

Trazendo a mesma fórmula de seu antecessor (Somewhere Far Beyond), o quarteto conseguiu adicionar elementos épicos medievais à sua música e também mergulhou no mundo do “Folk Metal” em algumas composições. Aqui, o grupo conseguia soar único com sua sonoridade particular, criando em definitivo seu estilo próprio e num futuro não muito distante, influenciariam músicos e bandas da nova geração do Heavy/Power Metal.

“Imaginations From the Other Side”, causou um grande e merecido alarde e o sucesso na carreira do Blind Guardian já era algo concreto. O disco representava o melhor momento do quarteto e também é o grande responsável por oito músicas presentes no setlist dos shows.

A turnê de divulgação foi marcada por passagens a vários países europeus. Em alguns deles a banda voltou para mais shows. O reconhecimento da grandeza do grupo fez com que os shows lotassem os pequenos assim como os médios lugares onde tocaram.



Um fato curioso: no retorno para o Japão, a banda aportou na Tailândia e ao descerem do avião foram recebidos por um comitê de recepção que os recebeu com colares em seus pescoços. Durante o trajeto do aeroporto até a cidade, a banda foi escoltada pela polícia.

André Olbrich conta que o ônibus tinha um equipamento de som que permitia o grupo tocar suas músicas pelas ruas e que naquele momento eles (músicos) se sentiram como verdadeiros “deuses”. Antes de sua passagem, apenas duas bandas haviam tocado anteriormente por lá. Metallica e Bon Jovi.

Rumo ao estrelato

Definitivamente o Blind Guardian, era um gigante e com sua música caminhavam para novas conquistas. E elas aconteceriam nos anos seguintes.

Até aqui os trabalhos da banda já haviam atingidos o ápice (musicalmente falando) e “Imaginations From The Other Side”, definitivamente foi o grande responsável pela genialidade musical dos “Guardiões Cegos”. Porém, Hansi Kürsch é um cara que nunca se limitou e isso ficou evidente desde que a banda lançou seu disco de estreia. Sendo assim, em abril de 1996 o grupo lança “Forgotten Tales”. O registro é uma espécie de compilação de músicas gravadas em formatos acústicos e orquestrais. Não bastasse o feito, o disco conta com seis faixas cover que aqui ganharam versões “Blind Guardianas” na voz de Mr. Hansi Kürsch.



Ah sim, vamos as faixas: Mr. Sandman (The Chordettes), Surfin USA (The Beach Boys), The Wizard (Uriah Heep), Spread Your Wings (Queen), To France (Mike Oldfield) assim como um Medley contendo “Barbara Ann” (The Regents) e “Long Tall Sally” (Little Richard).

Neste intervalo um novo álbum de inéditas foi composto e em abril de 1998 nascia “Nightfall In Middle-Earth”, sexto registro do grupo assim como o primeiro com Oliver Holzwarth, que assumia o contra baixo. Daqui em diante, Hansi Kürsch se dedicaria apenas ao microfone.

Sobre “Nightfall In Midle-Earth”: Álbum conceituall, baseado na história “The Silmarillion” do escritor inglês J.R.R.Tolkien, que conta os eventos da primeira era da Terra Média. Para divulgar o novo trabalho, “Mirror, Mirror” foi escolhido como carro chefe com direito a videoclipe.

Em sua turnê de divulgação o grupo finalmente tocou pela primeira vez no Brasil e segundo consta, ficaram impressionados com a recepção e principalmente, com a empolgação dos fãs brasileiros.



Repercussão

O disco abriu novas portas para o Blind Guardian que seguia em frente, surpreendendo e conquistando novos fãs. Com o novo disco fazendo sucesso e elevando o nome da banda na cena do Heavy Metal Mundial, o grupo participou de grandes festivais. Dentre eles: Metal Gods, Metalfest, Bang Your Head assim como Wacken Open Air.

Após um período de quatro longos anos, o grupo lança em março de 2002 o controverso “A Night At The Opera”, disco que foi um divisor de águas na carreira do grupo por mostrar um novo direcionamento no estilo. Embora a veia Power Metal de outrora, estejam lá. Em sua temática, o disco aborda temas sobre a Guerra do Oriente Médio e a Guerra de Tróia.

A turnê de divulgação de “A Night At The Opera”, trouxe bons resultados e, dessa maneira, o grupo foi muito bem quisto nos estados Unidos e Reino Unido, levando em média 3 mil fãs em cada um de seus shows. É sabido que nesses lugares, bandas alemãs não fazem tanto sucesso.

Festival próprio

Com o vento soprando à favor, estava na hora de gravar um novo álbum ao vivo e ele aconteceu em maio de 2003. Intitulado apenas “Live” o disco (duplo) apresenta 22 faixas gravadas em vários shows realizados em diferentes países por onde a banda se apresentou.



O disco atingiu sucesso astronômico levando o grupo a criar seu próprio festival, o Blind Guardian Open Air. Evidente que o sucesso mais uma vez se fez presente e, certamente, o evento foi o grande palco para a gravação do primeiro DVD (Duplo) da carreira intitulado “Imaginations Through The Looking Glass”. O registro foi lançado oficialmente em junho de 2004.

Em 2005, a banda anuncia o lançamento de um novo disco de inéditas intitulado “A Twist In The Myth”. E também um álbum de músicas orquestradas, projeto capitaneado por Hansi e André.

A nova proposta do grupo não agradou Thomen Stauch (barterista) que, dessa forma, anunciou em julho daquele ano seu desligamento da banda. O motivo? As fatídicas “Desavenças Musicais”. Seu substituto foi Frederik Ehmke (Sinbreed, Schattentantz assim como Demons & Wizards)

Críticas

O lançamento de “A Twist In The Myth”, traz uma mudança no de estilo da banda que deixava de lado algumas daquelas influências do início de carreira, criticada pelos fã mais antigos e elogiada pelos novos fã e também por uma parte da mídia especializada que considerou a nova sonoridade como uma “Renovação Necessária”.



A banda continuou sua jornada de lançamentos, agora mais prolongados e um certo epaço de tempo entre um disco e outro. Quatro anos separam A Twist In The Myth (2006) de At The Edge Of Time (2010), seguido de Beyond The Red Mirror (2015) e Twilight Orchestra: Legacy of the Dark Lands, este o mais recente disco de inéditas, lançado oficialmente em 08 de novembro de 2019.

Em outubro do ano passado o grupo lançou um novo single intitulado “Violent Shadows”, seguido de “Imaginations From The Other Side – 25th Anniversary Edition” e “Merry Xmas Everybody”, cover da banda britânica de Hard Rock, Slade, lançado em 18 de dezembro de 2020.

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Comentários

  1. Uma das melhores bandas do estilo, considero!!!! Lembro de gravar em um fita cassete o clássico ¨Tokyo Tales¨…que guardava na minha caixa de sapatos, bons tempos de antigamente!!!! Gosto muito dos albums Nightfall in Middle-Earth, Imaginations from the Other Side e o Live Blind Guardian World Tour 2002/2003…são os meus preferidos!!!! O disco atual também detona, é uma banda que mescla tudo de bom dentro do Power Metal!!!! Valeu!!!!

  2. O último álbum de estúdio foi The God Machine (2022). Blind Guardian é uma das minhas bandas favoritas, e torço 🙏🤟 para que um dia eles gravem um álbum com algumas faixas com participação de vocais como por Simone Simons do Epica ou Floor Jansen (de quando era do ReVamp) ou algo com vocal mais grunt tipo Alissa White-Gluz do Arch Enemy.

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