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Resenha: Bloodbath – “The Arrow Of Satan Is Drawn” (2018)

A banda de Death Metal sueca, Bloodbath, lançou, em 2018, o seu quinto full-lenght, “The Arrow Of Satan Is Drawn”, o segundo a contar com os vocais de Nick Holmes, também vocalista do Paradise Lost, que substituiu Mikael Åkerfeldt (Opeth) que deixou a banda em 2014. “The Arrow Of Satan Is Drawn” é o sucessor do album “Grand Morbid Funeral” de 2014. O Bloodbath começou como um projeto paralelo em 1998, mas devido ao grande reconhecimento na cena extrema, tornou-se uma banda de carreira efetiva. O Death Metal do Bloodbath é uma mistura das tendências suecas de estilos extremos, que vinham dos membros fundadores da banda: Katatonia, Opeth, Hypocrisy, Witchery e Nightingale.

“The Arrow Of Satan Is Drawn”

“Fleischmann”, em primeiro lugar, abre o “The Arrow Of Satan Is Drawn”. Pois, temos um Doom Death Metal ultra pesado que é um belo cartão de visitas desse trabalho.

Aliás, o vocalista Nick Holmes (Paradise Lost) mostra que está em plena forma com seu gutural nervoso e nítido em “Bloodicide”.

Joakin Karlsson e Blakkheim

Sobretudo, o refrão é facilmente memorizado após poucas audições. Destaque também para os solos de guitarra cheios de feeling de Joakin Karlsson e Blakkheim. “Wayward Samaritan” é um tanto mais acelerada que as canções anteriores e cheia de contratempos da bateria de Martin Axenrot. Ademais, o riff é simples e pega na veia.

Photo by: Tim Tronckoe

Em seguida, “Levitator”, possui interessantes mudanças de andamento. Tem um riff poderoso a la Iommi e essa fórmula não tem como não funcionar.

“Levitator” é meu tipo de Death Metal favorito

Ao propósito esse tipo de riff é uma característica marcante do “The Arrow Of Satan Is Drawn”. “Levitator” é meu tipo de Death Metal favorito e comecei a ter esse gosto a partir de “God Of Empitness” do Morbid Angel, lançada no clássico “Covenant”.

Assim que o riff de “Deader” começa a soar, anuncia-se uma canção mais voltada pra brutalidade e com uma pitada de Groove Metal na medida certa.

“March Of The Crucifiers”

Axenrot mostra toda a sua habilidade nos pedais duplos já na introdução de “March Of The Crucifiers” e continua essa levada monstruosa durante toda a canção. Axenrot faz tudo o que esse espera de um baterista no estilo Death Metal. “Morbid Antichrist” começa com a mesma temperatura das duas anteriores, porém aquece ainda mais e leva o disco para uma atmosfera extrema.

“Warhead Ritual”

Em contrapartida, “Warhead Ritual” entra rasgando tudo com seu riff magistral. A guitarra é absurdamente pesada e com uma qualidade de produção impecável. Inegavelmente, “Only The Dead Survive” é a minha canção favorita no disco.

European Death Metal

Nota-se claramente que a exemplo do Thrash Metal, o Death Metal europeu tem suas características peculiares e se assemelha muito pouco com o clássico Death Metal norte americano.

Por outro lado, “Only The Dead Survive” mistura técnica, feeling, brutalidade e peso e é a canção que faz a diferença para mim no “The Arrow Of Satan Is Drawn”.

Enfim, o álbum encerra com a canção “Chainsaw Lullaby”, que é mais genérica com todos os elementos já apresentados no álbum, porém é longe de ser uma música fraca.

Reprodução / Facebook / Bloodbath

Além do ano de 2018 ter sido um dos mais felizes para o Heavy Metal e o Thrash Metal, posso afirmar seguramente que o Death Metal atingiu o mesmo patamar no segundo semestre. O álbum “The Arrow Of Satan Drawn” não agradou tanto aos fãs do Bloodbath quanto seu sucessor “Grand Morbid Funeral”, porém também é um ótimo registro.

Nick Holmes fez novamente um excelente trabalho e não deixou nada a desejar em relação ao períodos nos quais Mikael Åkerfeldt esteve na banda. Disco muito bem indicado!

Nota: 8,8

Integrantes:

Faixas:

Redigido por Cristiano “Big Head” Ruiz

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