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Cannibal Corpse: produtor revela bastidores da saída conturbada de Chris Barnes

"The Scott Burns Sessions: A Life in Death Metal 1987 - 1997" - Divulgação

A fim de comemorar o lançamento oficial do livro “The Scott Burns Sessions: A Life in Death Metal 1987 – 1997”, a história da célebre carreira do lendário produtor, especialista em Death Metal, Scott Burns, a editora Decibel compartilhou o segundo e último trecho do livro de 460 páginas de autoria de David E. Gehlke. David é também autor de “Turned Inside Out: The Official Story Of Obituary”, “No Celebration: The Official Story Of Paradise Lost”, “Damn The Machine: The Story Of Noise Records”, ou seja, é um contador de histórias do Metal. O conteúdo divulgado leva os leitores em pensamento ao Morrisound Studios em 1995, presenciando, dessa forma, as crescentes tensões entre o então vocalista do Cannibal Corpse, Chris Barnes, e os demais membros da banda. Eles estavam prestes a mudar o nome do álbum “Created To Kill” para “Vile”, refazendo asssim a história do Metal da Morte.

Os bastidores do álbum “Vile” do Cannibal Corpse

De acordo com o livro, Cannibal Corpse contratou Scott Burns para gravar seu quinto álbum de estúdio, “Created To Kill”, em outubro de 1995. Meses antes, Burns havia produzido “Haunted” do SIX FEET UNDER, fato que indicada que o vocalista Chris Barnes estava pensando além do Cannibal Corpse. Embora Burns tenha gostado de gravar “Haunted”, e goste da formação do SIX FEET UNDER, ele acreditava que havia muita coisa acontecendo no CANNIBAL CORPSE para que eles se separassem, especialmente, depois da cobiçada aparição tocando “Hammer Smashed Face” em “Ace Ventura: Pet Detective”. O filme foi apresentado nos cinemas no ano anterior.

“Created To Kill” teve o nome trocado para “Vile”, tornando-se, desse modo, a sessão de gravação mais dramática da carreira de Burns. Ao passo que houve muitas divergências sobre os padrões vocais de Barnes, que discutia, sem acordo, com Webster e Mazurkiewicz. Porém, Barnes decidiu abandonar o restante da gravação para uma turnê européia do SIX FEET UNDER, terminando seu mandato, antes mesmo da conclusão do álbum. Em seguida, o vocalista do MONSTROSITY, George “Corpsegrinder” Fisher, foi recrutado para concluir o álbum, proporcionando ao Cannibal Corpse uma explosão de energia e ferocidade, renovadas. Burns adorou acompanhar Fisher, mas também garantiu que seu talento vocal fosse, adequadamente, aproveitado. O que dificultou a situação foi que Fisher ainda estava no MONSTROSITY, que também havia contratado o Morrisound no outono de 1995 com Burns de produtor.

Scott Burns disse:

“Eu adorei trabalhar com o CANNIBAL e sempre ficava feliz quando recebia um telefonema da banda ou do Metal Blade informando que eles voltariam para gravar outro disco. Porém, ‘Vile’ foi um dos álbuns mais exigentes da minha carreira.”

Alex Webster disse:

“Metal Blade nunca nos pressionou a fazer algo diferente. Eles às vezes sugeriam coisas com a nossa banda, mas no geral não eram agressivos. ATHEIST, NASTY SAVAGE e nós éramos as únicas bandas que eles tinham que foram para o Morrisound. Metal Blade não estava nos pressionando para não gravarmos com Scott. Acho que algumas outras gravadoras com as quais ele trabalhou lhe deram muito trabalho e depois começaram a enviar suas bandas para outros lugares. Bandas como nós, DEICIDE e OBITUARY amavam Scott e queriam continuar trabalhando com ele. Nós nos tornamos amigos íntimos de Scott, então queríamos continuar gravando com ele, onde as gravadoras diziam: ‘A modo está em X agora, então vamos mudar nosso negócio para X’. Isso devia ser desanimador para ele.”

Enquanto, Rob Barrett (guitarra) disse:

“Isso foi depois de nos mudarmos para Tampa. Depois do ciclo de turnê do ‘The Bleeding’, eu estava pressionando esses caras, ‘Devíamos nos mudar para a Flórida’. Eu já tinha me mudado para lá. Eu não queria mais morar em Buffalo depois de morar na Flórida. Eles concordaram. O processo de pensamento foi: ‘Se estamos gravando em Tampa, podemos muito bem nos mudar para lá e sair desse tempo’. Eventualmente, mudamos no verão de 94 ou 95.”

Burns concluiu:

“Todos esses caras praticavam seis dias por semana, sete horas por dia. CANNIBAL estava sempre preparado. Eles até se mudaram para Tampa, o que achei sensato pela conveniência de estar perto de Morrisound e pelo clima agradável. Se você falasse com Alex naquela época, ele lhe diria: ‘Este é o nosso trabalho. Nós praticamos, escrevemos músicas, saímos em turnê, somos pagos.’ Barnes não estava investindo tanto. Além disso, ele tinha Six Feet Under agora, o que estava se tornando uma prioridade para ele.”

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