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Carmine Appice, o típico músico preso no passado, diz: “jamais tocarei uma música no Spotify”

Alguns músicos de antigas gerações conseguem envelhecer bem e se manter atualizados sobre os muitos assuntos de hoje. Outros não…



A indústria musical mudou completamente com o advento da internet, a forma como um artista ganha dinheiro mudou, as redes sociais revolucionaram o contato do músico com seu fã, os streamings trazem milhões de músicas ao ouvinte quando e onde ele quiser. Ou você aprende a viver neste bravo mundo novo ou você será engolido por ele.

Músicos de sucesso que vêm sobrevivendo na indústria desde os anos 70 ou 80, não todos (óbviamente), possuem mais dificuldade. Joe Elliot, vocalista do Def Leppard, por exemplo, recentemente demonstrou não ter o menor conhecimento sobre o que vem a ser o termo Heavy Metal, ele simplesmente parou de acompanhar a evolução dos subgêneros em meados dos anos 80 e ainda tem a mesma visão daquela época. O Kiss preferiu parar de gravar álbuns por nitidamente não conseguir decifrar como uma música hoje pode fazer sucesso e gerar dinheiro para a banda.

São muitos os casos em que crenças errôneas podem nortear de maneira equivocada as carreiras de artistas absolutamente importantes.



Reprodução

Carmine Appice, renomado baterista de bandas como Cactus, King Kobra, Vanilla Fudge assim como Beck, Bogert & Appice, resolveu demonstrar todo o seu descontentamento com as plataformas de streaming, principalmente, o Spotify. O que percebemos vendo suas declarações é que Carmine precisa que alguém realmente desmistifique o assunto para ele.

A nova entrevista ocorreu no podcast “Toilet Ov Hell”, veja o que ele disse:

“Continue promovendo os álbuns. É disso que precisamos. E continue dizendo às pessoas para comprá-lo e não colocá-lo no Spotify. Compre-o no iTunes. Compre-o na Amazon. Porque os músicos são enganados no Spotify.

Eu nunca, jamais tocarei uma música no Spotify. Se eu quiser uma música, compro no iTunes. Já fiz isso algumas vezes. Ouvi uma música no YouTube, ouvi e disse: ‘vou comprar isso’. E comprei. E ouvi outra e comprei. É assim que se faz, porque isso mantém o músico vivo, ganhando dinheiro e trabalhando. Caso contrário, a única maneira de um músico ganhar algum trabalho ou dinheiro é fazendo turnês e merchandising. Sorte minha, bato na madeira, comecei há muito tempo. Todo o meu dinheiro grande foi ganho no passado. E usei e fiz investimentos, então estou bem. Mas muitos músicos estão começando no Spotify. E uma vez eles disseram: ‘bem, o Spotify é como o rádio’. Eu disse: ‘não, não é. No rádio você é pago por isso’.”



Em uma outra entrevista, desta vez, ao “Music Biz Weekly Podcast”, Carmine bateu na mesma tecla:

“Não se ganha mais dinheiro compondo. Não se ganha mais dinheiro vendendo discos. Tenho todos esses discos de ouro na parede, hoje em dia ninguém mais os recebe.

E é assim que você ganha dinheiro. A única maneira de ganhar dinheiro hoje é se você conseguir uma música na Netflix ou conseguir uma música em um filme. Essa é a única maneira de ganhar dinheiro. Porque o negócio de streaming é ridiculamente inútil.



A razão pela qual vendi minhas músicas foi porque não há mais royalties, é muito pouco dinheiro que se recebe deles. Porque tudo foi para o streaming e o streaming destruiu o mercado musical, no que me diz respeito. Eu nem vou ouvir Spotify ou qualquer uma dessas coisas, eu não vou ouvi-los porque eles estão roubando muito os músicos. Quando você fala sobre músicos jovens, eles não têm chance a menos que eles, de alguma forma, saibam como colocar todos esses hits no YouTube. Eu não sei como fazer isso.”

Ele ainda demonstrou falta de conhecimento sobre o funcionamento do mercado atual:

“Não sei como essas bandas surgem e conseguem dois milhões de visualizações no YouTube, ou conseguem quatrocentas mil pessoas no Facebook e Instagram. Eu realmente não entendo dessas coisas, não tenho a mínima ideia de como fazer isso. Então, eles provavelmente sabem fazer isso melhor do que eu. Mas, ainda assim, quando fazem isso, o único dinheiro que poderia ser ganho com isso é saindo em turnê, fazendo shows e vendendo mercadorias. Mesmo que você não tenha um nome maior, você abre para alguém, faz mercadorias e ganha algum dinheiro. E você fica grande, e é tudo sobre turnês e mercadorias. Você ganha dinheiro ruim com o Spotify. E as gravadoras, elas não vendem mais CDs. Elas podem vender um pouco de vinil, mas não se ganha mais dinheiro com isso.”



Nos digam o que acharam das opiniões de Carmine Appice, usem o espaço reservado para os comentários!

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Comentários

  1. Muitas pessoas ainda preferem o jeito de antigamente, eu sou um dessas pessoas!!!! Sinto falta das lojas de Cd, locadoras e fliperamas…hoje em dia o serviço está mais ágil e as coisas vem de ¨graça¨ por causa da internet!!!! A tecnologia está aí, facilita e ao mesmo tempo dificulta para as bandas novas…já que uma banda veterana tipo o Metallica, lança qualquer coisa sendo boa ou não e alcança milhões de visualizações, essa é a verdade!!!! Sendo também que as bandas veteranas boas não vivem mais de CDs ou algo parecido… vivem de shows e turnês pelo o mundo afora, Valeu!!!!

  2. Achei muito sensata a opinião dele. Vai de encontro com o que muitos músicos apontam: o Spotify tem problemas graves na distribuição dos valores de streaming e isso precisa ser revisto. Não me pareceu que o Carmine não compreende a tecnologia atual, já que ele diz que vende sua música no iTunes e consome música na mesma plataforma depois de ouvir a música gratuitamente no YouTube. Uma coisa é discutirmos sobre a facilidade que o Spotify traz aos ouvintes, o que é inegável, e outra coisa é discutirmos sobre como isso afeta o mercado musical, que é para onde o Carmine está apontando.

  3. Cara, ele não deixa de ter razão não. É um caminho sem volta? Infelizmente sim, mas já era. Conforme-se. O Ivan Lins, um dos artista brasileiros mais importantes da história e um dos mais respeitados internacionalmente, falou que a modernidade detonou a aposentadoria dele. Vai ter que tocar até morrer porque ter música em Spotify e Deezer não rendem praticamente nada. Ou alguém acha normal uma música ter que tocar 20.000 vezes pro artista ganhar R$ 1,00? Essa é a realidade das plataformas digitais. Ele tá errado em expor o descontentamento dele? Na boa, tá não. Mas esse trem já passou.

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