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Clássicos: Deep Purple – “Fireball” (1971)

“Fireball” é o quinto full lenght da história da banda britânica de Hard Rock, Deep Purple. Ele saiu pouco mais de um ano após “In Rock”, sendo, portanto, o segundo lançamento de estúdio da Mark II, primeira formação clássica do quinteto. Assim como seu antecessor, o álbum conta com a produção do genial Martin Birch. O lançamento, mais uma vez, ocorreu pelo selo Harvest, na América em julho/1971 e na Europa em setembro/1971.



Através do lançamento de “In Rock”, em 1970, Deep Purple mostrou ao mundo uma sonoridade totalmente diferente que tinha, a princípio, nos três lançamentos com a Mark I, “The Shades Of Deep Purple” (1968), “The Book of Taliesyn” (1968) e “Deep Purple” (1969). Anteriormente, já com a Mark II, em 1969, saiu o live album “Concerto for Group and Orchestra”, o qual muitos consideram como marco histórico de uma banda de Rock e uma orquestra filarmônica tocando juntos.

FIREBALL / DEEP PURPLE / Reprodução / Sessão de fotos para a capa

“Fireball”

Desde que ouvi “Fireball” pela primeira vez, para variar na casa do meu tio, eu jamais consegui tirá-la da minha cabeça. Pois aqui temos, indubitavelmente, umas das performacens de bateria mais fantásticas já gravadas e, convenhamos, Ian Paice foi absolutmente mestre nessas criações. Não é exagero algum, se dissermos que essa canção faz parte da fase embrionária do que chamaríamos de Speed Metal em outrora, embora essa definição sequer estivesse prestes a surgir no vocabulário musical. Apesar de acreditar que outras composições do Deep Purple, igualmente, encaixariam nesse veia proto-Speed, “Speed King”, “Highway Star” e etc, nenhuma dessas exala tanta rapidez e agressividade quanto a faixa que intitula o sexto álbum completo dessa lenda britânica do Hard Rock.

“No No No”

Em seguida, temos “No No No”, a minha favorita desse disco. Essa canção mistura, ao mesmo tempo, muitos elementos que fazem a minha cabeça, musicalmente falando. A fim de tornar mais didática a minha explanação, aqui temos: Hard Rock, Prog Rock, Blues e uma discreta veia Jazz que faz toda a diferença no resultado final. Os destaques dessa música são muitos, pois se na sua antecessora destacamos a performance de bateria de Paice, nela devemos evidenciar a voz de Ian Gillan,o baixo de Roger Glover, o teclado de Jon Lord e, principalmente, o trabalho de guitarra de Ritchie Blackmore.



Deep Purple / 1971 / Reprodução / Acervo

“Demon’s Eye” ou “Strangers Kind Of Woman”?

Tanto no Reino Unido, quanto na Europa, a faixa número três do “Fireball” é “Demon’s Eye”, ao passo que nas Américas e no Japão, temos “Strange Kind Of Woman” nessa posição do tracklist. Inclusive, na primeira prensagem americana constava “Demon’s Eye” no lista de faixas, contudo, na hora que a agulhava tocava o vinil, era “Strange Kind Of Woman” que ouvíamos.

Verdade é que ambas são excelentes, mas “Strange Kind Of Woman” se tornou o maior clássico desse registro. Ela foi imortalizada pela sua versão no live álbum “Made in Japan” (1972), já que Ian Gillan e Ritchie Blackmore protagonizam um duelo “voz X guitarra” com frases antológicas, as quais fazem arrepiar até as criaturas mais insensíveis da face da Terra.

“Saturday nights from now on, baby, you’re my star / I want you, I need you, I gotta be near you / I spent my money as I took my turn / I want you, I need you, I gotta be near you /Ooh, I got a strange kind of woman / Ooh, ooh / Ooh, ooh / Ooh, ooh / Ooh, ooh / Ooh, my soul, I love you”



“Anyone’s Daughter”

Logo depois, “Anyone’s Daughter” chega para mostrar que Deep Purple não se tornou uma gigantesca lenda por acaso. Aqui temos mais um híbrido de várias tendências musicais, porém o Blues e o Country são as melhores definições que podemos dar a essa interessante canção que encerra o lado A da bolacha da Harvest. Em suma, temos um lado A acima de qualquer possível crítica.

Jon Lord / Roger Glover / Deep Purple / Reprodução / Acervo

LADO B

Enquanto Led Zeppelin usava a sua canção “Moby Dick” para que John Bonham executasse seu mítico solo de bateria durante os shows, Ian Paice usava “The Mule” para tal função nas apresentações do Deep Purple. Diferente de tudo que podemos ouvir até esse ponto, “The Mule” é quase que puramente Progressive Rock, resgatando, dessa forma, algumas sonoridades que o quinteto, originalmente, executava. Já “Fools” por sua vez, usa uma fórmula musical que remete ao full lenght anterior, “In Rock”, entretanto com uma pitada progressiva a mais na receita, característica que lhe dá ares psicodélicos.

A faixa de encerramento, “No One Came”, é que eu considero a mais fraca desse disco, ainda que eu não a considere ruim. Na minha avalição, seria melhor que Deep Purple a substituísse por “Freedom”, faixa que ficou de fora do disco e só foi lançada, posteriormente, em coletâneas. Ou ainda, ao invés de alternar “Demon’s Eye” e “Strange Kind Of Woman” entre os diferentes continentes, poderiam incluir ambas em uma versão única do “Fireball”. Mas, antes de mais nada, quero deixar bem claro que esses pequenos detalhes não desmerecem o disco de forma alguma.

Obra, absolutamente, obrigatória para os fãs de boa música.



Nota: 8,8

Integrantes:

  • Ian Gillan (vocal)
  • Ian Paice (bateria)
  • Jon Lord (teclado e piano)
  • Roger Glover (baixo)
  • Ritchie Blackmore (guuitarra)

Faixas:

  • 1.Fireball
  • 2.No No No”
  • 3.Strange Kind of Woman (América e Japão) ou 3.Demon’s Eye (Reino Unido e Europa)
  • 4.Anyone’s Daughter
  • 5.The Mule
  • 6.Fools
  • 7.No One Came

Redigido por: Cristiano “Big Head” Ruiz

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Comentários

  1. Eis uma obra que tem recebido pouca atenção em debates sobre o trabalho da banda. Fiquei emocionado com o texto. Esse álbum foi um dos que me iniciaram no rock pesado e, particularmente, na discografia do Deep Purple. O primeiro foi o The Book of Taliesyn. A propósito, que instrumento foi utilizado para fazer o solo na sessão instrumental de “Fools”? Nunca esclareci essa dúvida?

  2. Disco perfeito, “de cabo a rabo”. Ouvi “No No No” pela primeira vez na adolescência, numa coletânea de rocks gravada em K7 por um amigo, onde também constava “Rat Bat Blue” e “Our Lady” (do álbum de 73). Parabéns pelo texto! Eu tenho uma curiosidade, gostaria de saber se alguém aqui poderia esclarecer o porque de não usarem a capa original na edição de aniversário. Acho que nas edições de outros clássicos, a capa original foi mantida. Abraços!

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