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Clássicos: Exodus – Pleasures Of The Flesh (1987)

Exodus - Pleasures Of The Flesh

Exodus - Pleasures Of The Flesh (Combat Records)

“Pleasures Of The Flesh” é o segundo full lenght do Exodus.

Dois anos após o lançamento de seu lendário debut, “Bonded By Blood”, o Exodus tem a quase impossível missão de surpreender seus admiradores com seu segundo full-lenght, “Pleasures Of The Flesh”. O vocalista Steve “Zetro” Souza, o qual substituiu Paul Ballof, faz o seu registro de estreia na banda.

A primeira trinca com a voz de Souza

“Deranged” inicia muito bem esse novo trabalho dos comandados de Gary Holt. Uma boa faixa, que embora não cause extrema empolgação, desperta excelentes expectativas para o que ainda está por vir. No entanto, o primeiro clássico do disco só vem na sequência.

Logo após “Deranged”, “’Til Death Do Us Part” traz aquele tipo de riff esmagador de mentes. Essa canção é divina, absoluta e poderia perfeitamente ter feito parte do debut do Exodus. Ela só está abaixo da música que intitula o álbum. “Parasite” acelera o ritmo, dessa forma, destroncando os pescoços sem clemência alguma. Os criativos solos de guitarra, por sua vez, lembram o estilo dos solos da faixa “Metal Command” do “Bonded By Blood”.

EXODUS / Reprodução / Facebook

A canção “Brain Dead” é sutilmente semelhante a “’Til Death Do Us Part”, porém sem se igualar a sua força, mesmo sendo muito boa. O lado A fecha com a veloz “Faster Than You’ll Ever Live To Be”, a qual tem guitarras bem trabalhadas pela dupla Holt e Hunolt, que, inegavelmente, conseguiram igualar a excelente performance que tiveram no disco anterior.

“Pleasures Of The Flesh”

O lado B abre com a faixa título, “Pleasures Of The Flesh”, que conforme dissemos anteriormente, é a melhor música do álbum. Ela introduz com sons típicos de percussões tribais africanas e, em seguida, vêm riffs que impressionam e encantam. A letra compara a sociedade a uma tribo de canibais. Essa canção jamais esteve fora do set list do Exodus, pois nem poderia.

“Sinta o poder / De sua morte profana / Alimentação frenesi de carne humana para viver”.

A faixa “30 Seconds” é um pequeno tema instrumental que lembra a introdução de “No Love” do debut. Logo depois, vem “Seeds Of Hate”, que é a faixa mais acelerada do álbum. O baterista Tom Hunting teve sua melhor performance nessa canção. Zetro a cantou com seus vocais “mais limpos” e isso a tornou singular e interessante.

EXODUS / Reprodução / Facebook

A introdução de “Chemi-Kill” tem uma sonoridade diferente, mais acústica, mas ela vai crescendo em distorção e cerca de um minuto depois o peso volta a dar as cartas. Ao passo que seus riffs são os mais complexos do disco. Essa é uma canção que jamais deveria ter deixado de fazer parte do set list do Exodus. O enorme desafio da banda se encerra com a faixa “Choose Your Weapon “. Em suma, o sucessor do fantástico debut mostrou seu arsenal.

“Eu odeio amar e amo odiar / Não há necessidade de negociar / Então escolha sua arma e escolha seu destino / Não importa porque até então é tarde demais!”.

Como já era esperado, “Pleasures Of The Flesh” não superou e tampouco igualou “Bonded By Blood”, porém esteve longe de ser decepcionante, pelo contrário, dos discos com Zetro, ele só perde para o “Tempo Of The Damned” de 2004.

Obrigatório, portanto, para qualquer um que se diga amante de Thrash Metal.

Nota 8,8

Integrantes:

Faixas:

Redigido por Cristiano “Big Head” Ruiz

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