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Clássicos: UFO – “Obsession” (1978)

Em 21 de junho de 1978, o quinteto britânico UFO lançava “Obsession”, sétimo álbum de sua carreira.



O sucessor de “Lights Out”, lançado em junho de 1977, trazia consigo a missão de ser tão incrível quanto seu antecessor, já que o mesmo fora um grande sucesso na carreira do grupo.

Contendo 11 faixas inéditas, sendo duas delas instrumentais, o disco contou mais uma vez com os trabalhos de Ron Nevison, que havia trabalhado com a banda em “Lights Out”, além de produzir nomes como Thin Lizzy e The Babys, banda que trazia o excelente John Waite nos vocais.

Despedida temporária de Michael Schenker

Este foi o último trabalho de estúdio com Michael Schenker nas guitarras, já que o mesmo deixava o posto no ano seguinte, em 1979, porém, seu retorno aconteceria anos depois, em 1993.



Reprodução/Facebook

Canções do disco

Representando o disco e fazendo as vezes de carro chefe (leia singles), “Only Can Rock Me” e “Cherry”, duas excelentes faixas que de fato cumpriram seus papéis, porém é inegável o poderio musical de “Lookin Out For Number One”, “Hot’n Ready” e “One More Rodeo”, canções que poderiam muito bem terem se transformado em singles, visto que suas melodias são geniais e só acrescentariam no resultado final de “Obsession”.

Antes de tudo, é preciso enfatizar que além do Hard Rock propriamente dito, o álbum apresenta em seus trinta e seis minutos de duração, a sonoridade do Classic Rock e do AOR (Adult Oriented Rock), fazendo um contraponto genial de estilos e de melodias.

Trazendo em seu line up:

Phil Mogg (vocais), Michael Schenker (guitarras), Paul Raymond (guitarras, teclados, backing vocals), Pete Way (baixo), e Andy Parker (bateria, backing vocals), “Obsession” desponta como um dos grandes discos de Hard Rock do finalzinho dos 70, bem como um dos discos clássicos do quinteto inglês.



Apresentações feitas, é hora de conferir e mergulhar nas melodias e harmonias espetaculares desta maravilha.

Vamos nessa?

“Only You Can Rock Me”

“Only You Can Rock Me”: excelente faixa de abertura que mescla de forma perfeita o Hard Rock e o Classic Rock, numa simbiose musical onde os dois estilos se unem proporcionando ao ouvinte melodias grudentas e refrão feito para cantar à primeira audição.

Tente tirar isso aqui da cabeça:



“We can’t wait from day to day / ‘Cause we’ve got something to say / We can’t wait from day to day / ‘Cause we’ve got something to say…”

Destaques para o solo magistral de um jovem com apenas 23 anos de idade chamado Michael Schenker.

Aqui vale uma pequena observação: numa atenciosa audição, notamos nos riffs iniciais de “Don’t Look Back” do álbum auto intitulado dos americanos do Boston, Além disso, há uma certa similaridade com “Only You Can Rock Me”.



Influência ou apenas uma leve coincidência?

“Pack It Up (And Go)”: e já que falei de coincidência, talvez tenhamos mais uma em vista já que as melodias desta excelente canção nos remetem a “Immigrant Song” dos monstros sagrados, Led Zeppelin. Dessa forma, não seria exagero dizer que até os vocais de Mogg (Phil) têm uma certa semelhança com os de Robert Plant. Evidentemente sem os agudos do mesmo. Em resumo, mais uma excelente faixa.

“Arbory Hill”: faixa instrumental conduzida por violões, teclados e mellotron fazendo uma ponte que liga a “Ain’t No Baby”, a próxima canção do disco.

“Ain’t No Baby”: canção cujas melodias nos remetem mais uma vez aos britânicos do Led Zeppelin e também ao The Who, embora as guitarras bem conduzidas de Schenker sejam o grande diferencial por aqui. Afinal, em dado momento é possível ouvir nos vocais de Mogg, similaridades aos de Ian Gillan.

“Lookin’ Out for Number One”

“Lookin’ Out for Number One”: os violinos iniciais já dão uma amostra do que ouviremos nos próximos 4 minutos e meio. Assim sendo, em um sincronismo perfeito entre violinos e piano, viajamos nas melodias de uma das músicas mais lindas do disco e também do UFO. Tudo aqui soa absolutamente belo, encantador e particularmente acho que aqui a banda flerta com o progressivo e se realmente o faz, então é preciso dizer que o resultado foi absolutamente positivo.



Aviso: não usar a tecla “Repeat” ao final, seja talvez o grande pecado cometido por alguém.

Sobretudo, destaques para as linhas excepcionais de teclados conduzidas por Paul Raymond, aqui soando como piano.

“Hot’n’Ready”

“Hot ‘n’ Ready”: até o presente momento temos a música mais Hard Rock do disco, com seu instrumental lembrando a fase setentista dos alemães do Scorpions, aliás, por motivos óbvios, estas lembranças estão justamente nas guitarras. Não tê-la como single foi talvez um dos grandes equívocos da gravadora, visto que suas melodias evidenciam o lado Hard Rock, passeando seguramente pelo AOR, e tê-la como uma das faixas singles, talvez rendesse resultados excelentes.

“Cherry”

“Cherry”: segundo single do álbum ao lado da já citada “Only You Can Rock Me”. Evidentemente uma faixa de impacto que evidencia o Hard Rock, embora seja notório uma dose de peso transportando-a ao terreno do Heavy Metal. Antes de mais nada, essas impressões estão evidentes nas guitarras de Michael Schenker e na bateria precisa (e pesada) de Andy Parker. Em suma, temos aqui aquelas músicas as quais classificamos como Hard ‘n Heavy.



“You Don’t Fool Me”

“You Don’t Fool Me”: mais um encontro entre o Hard e o Classic Rock, e, como resultado, evidentemente soa perfeito. É como se o Deep Purple de Ian Gillan se encontrasse com o Deep Purple da fase David Coverdale.

Schenker & Raymond

Algo mais precisa ser dito? Sim! É preciso destacar a dupla Schenker & Raymond fazendo aquelas dobradinhas que tanto gostamos. Ou seja, mais um momento espetacular de Mogg & Cia.

Reprodução/Facebook

“Lookin’ Out for Number One (Reprise)”

“Lookin’ Out for Number One (Reprise)”: mais um momento instrumental do disco numa continuação para a primeira parte já executada, aqui numa versão mais “á capella”, conduzida pelas notas precisas do jovem Schenker, aliadas ao piano de Raymond e mais uma vez a presença de violinos, formando um trio, ao mesmo tempo, preciso e harmônico.

Destaque para Michael Schenker, um monstro ao empunhar (e tocar) de forma brilhante sua guitarra, mostrando que não por acaso, o mesmo faz parte de uma seleta lista de grandes guitarristas, já que estamos falando de um dos melhores guitarristas de todos os tempos.



“One More For The Rodeo”

“One More For The Rodeo”: gosto de música que chega chutando a porta e entra sem bater. Este é justamente o caso de “One More For The Rodeo”, umas das faixas mais lindas do disco onde Michael Schenker encarna o mestre Ritchie Blackmore ao destilar solos belíssimos e encantadores numa música perfeita em todos os sentidos.

Particularmente, acho esta a melhor faixa do álbum e não vê-la como single é uma das maiores irresponsabilidades por parte da gravadora, já ́que temos aqui uma daquelas músicas que te conquista aos três segundos iniciais de audição.

Ao final, a tecla Repeat deverá ser usada sem moderação.

Reprodução/Facebook

“Born To Lose”

“Born To Lose”: faixa que fecha o disco em ritmo de Power Ballad e mais uma vez a atuação perfeita e precisa de Schenker, inegavelmente, faz a grande diferença. Além disso, cabe aqui uma observação: ouça atentamente as guitarras bases de “Always Somewhere” do álbum “Lovedrive” do Scorpions e note as semelhanças em ambas.



“Burning Heart”

Não seria exagero, tampouco, dizer que ouvindo atentamente, encontramos algo de “Burning Heart” do Vandenberg e elevando ainda mais minha linha de imaginação, temos aqui uma canção que cairia perfeitamente na sonoridade dos escoceses do Nazareth.

UFO, “Obsession”

Mais que um disco na carreira do UFO, “Obsession” é um daqueles registros onde não há momentos ruins ou medianos, já que tudo aqui é perfeitamente relevante e impressionante.


Passeando por suas harmonias, mergulhamos na sonoridade de bandas excepcionais como Free, Bad Company (anos 70), Aerosmith (anos 70), Queen (anos 70), Slade, The Sweet, Uriah Heep e os já citados Scorpions, Boston, Whitesnake, Deep Purple, assim como Led Zeppelin.

Algumas observações acerca do disco:

*”Obsession” despontou nas paradas de países como Austrália, Canadá, Estados Unidos e Suécia, graças às canções “Only You Can Rock Me” e “Cherry”, faixas que se transformaram em singles, garantindo ao grupo a 41a posição da parada da US Billboard 200 e a 26a posição nas paradas do Reino Unido.



Em 2008, o disco ganhou relançamento. Em sua nova versão, “Obsession” contém três faixas bônus “ao vivo”.

*Ao longo de seus 53 anos de carreira, o quinteto lançou 22 álbuns oficiais de estúdio, 14 álbuns ao vivo, 16 coletâneas e um álbum de covers (The Salentino Cuts) em 2017, onde interpretam clássicos de nomes como Yardbirds, The Doors, Montrose, Mountain, Tom Petty, ZZ Top, Animals, etc.

*A banda vendeu mais de 20 milhões de discos em todo o mundo e algumas de suas canções se transformaram em clássicos absolutos. Dentre elas: “Doctor Doctor”, “Rock Bottom”, “Natural Thing”, “Lights Out”, “Too Hot to Handle”, “Only You Can Rock Me”, “Cherry”, “Love To Love”, entre outras.

Influências do Hard Rock

*Freqüentemente, a banda é citada como uma das principais influências nas cenas de Hard Rock e Heavy Metal dos anos 1980 e 1990, sendo classificada em 84º lugar no “100 Greatest Artists of Hard Rock” da VH1.



*Em sua longa carreira, o grupo serviu de influências para inúmeros artistas. Dentre eles, nomes como: Dio, Iron Maiden, Def Leppard, Europe, Tesla, Guns ‘N Roses, Dokken, Alice In Chains, Judas Priest, etc.

“Lights Out” X “Obsession”

Embora “Obsession” naõ tenha alcançado comercialmente o mesmo sucesso de “Lights Out”, a banda manteve seu status tocando ao lado de grupos como AC/DC, Rush, Blue Öyster Cult, Styx, Foghat, Jethro Tull, REO Speedwagon e Molly Hatchet.

Capa: “Strangers In The Night”

“Strange In The Night”

A bem sucedida turnê de “Obsession” rendeu o disco ao vivo “Strange In The Night”, lançado em janeiro de 1979.

O disco foi sucesso de público e crítica, alcançando a 7a posição na UK Charts Albums. A turnê seguiu a todo vapor com o UFO tocando ao lado de AC / DC, Kiss, Cheap Trick, Journey, Thin Lizzy , Nazareth e Judas Priest, participando também no California World Music Festival com Aerosmith, Van Halen, Toto e April Wine.



Integrantes:

  • Phil Mogg (vocal)
  • Michael Schenker (guitarra)
  • Paul Raymond (guitarra)
  • Peter Way (baixo)
  • Andy Parker (bateria)

Faixas:

  • 01.Only You Can Rock Me
  • 02.Pack It Up (And Go)
  • 03.Arbory Hill
  • 04.Ain’t No Baby
  • 05.Looking Out For No 1
  • 06.Hot N Ready
  • 07.Cherry
  • 08.You Don’t Fool Me
  • 09.Looking Out For No 1 (Reprise)
  • 10.One More For The Rodeo
  • 11.Born To Lose

Redigido por: Geovani “Farofa” Vieira

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