Vocalista do Twisted Sister falou sobre o cancelamento da comunidade LGBT.
Pode parecer brincadeira, ainda, para muitos, mas o fato é que essa onda de opinadores de sofá está cada vez mais crescente e, provavelmente, os vendedores de sofá estão lucrando cada vez mais.
Certo? Não sabemos! Até por que esse não é o propósito aqui.
Outro fato é quando grupos minoritários passam a ser coordenados por agentes do caos e, pessoas preguiçosas e desinformadas entregam de mão beijada suas consciências e as suas almas para esses agentes trajados de “anjos da glória máxima”.
DEE SNIDER / PAUL STANLEY
Após Dee Snider declarar apoio aos comentários feitos por Paul Stanley, figura emblemática enquanto à frente do KISS, os responsáveis pelo evento chamado San Francisco Pride optaram por retirar a clássica canção do Twisted Sister, “We’re Not Gonna Take It”, da posição de hino de celebração para 2023, que está programado para acontecer de 24 a 25 de junho.
O anúncio para a escolha da música estava prestes a acontecer e Snider estava programado para se apresentar.
Porém, a desistência dos responsáveis em contar com Dee Snider se deu por conta do apoio aos pontos de vista de Paul Stanley, na qual ele diz que “normalizar” a resignação sexual para crianças é uma “moda triste e perigosa”.
Dee concedeu entrevista ao The Chuck Shute Podcast e explicou sobre o caso:
“Sendo que é o Mês do Orgulho, não vou abrir tanto essa ferida aberta. As pessoas estão apenas me procurando para dizer mais. E Eu já disse tudo.”
“Eles tentaram me cancelar porque eu não concordava cem por cento com a comunidade que queria que eu fosse o grande marechal de seu desfile, a mesma comunidade com a qual eu defendi e lutei por décadas.”
Snider continuou e explanou sobre o verdadeiro alerta por trás de tais decisões dos representantes da causa LGBT:
“Como pai, discordei da capacidade das crianças de tomar decisões conscientes aos cinco, seis e sete anos de idade. Tenho quatro filhos e em breve terei – a qualquer momento, a propósito – meu quinto neto e, em minha erudita opinião, eles não são capazes. E eles simplesmente disseram ‘você está cancelado’ – não apenas o show, mas eles foram atrás de mim e me chamaram de transfóbico.”
Dee Snider ainda especificou para deixar mais clara sua convicção:
“Eu sou um ótimo escritor. Você leu meu livro. Você conhece meu discurso em Washington. Eu quebrei a caneta que é mais poderosa que a espada e postei no Facebook… Você pode ir para minha página no Facebook e ver o que eu disse, embora tenha sido bastante coberto pela mídia. E enquanto Paul Stanley se desculpou, não estou me desculpando. Não quando não fiz nada de errado. Sou o primeiro a me desculpar quando erro. E acabei de expor. E (lá haviam) algumas espiadas aqui e ali do tipo, ‘Dee está reclamando’.”
Ele reconhece o empenho em prol da representatividade, mas explica que não existe apenas o apoio de quem concorde com extremamente tudo o que dizem:
“Vocês não estão me cancelando. Vocês não estão me calando. E o grande ponto é que a comunidade – a comunidade LGBTQIA + e quaisquer cartas que estamos adicionando – eles precisam do apoio não apenas das pessoas que concordam com eles cem por cento, eles precisam do apoio do meio, e é aí que a maioria de nós está. (Eles precisam) que as pessoas do meio os aceitem e reconheçam seus direitos e quem eles são. Mas isso não significa que temos que – eu ia usar a palavra ‘lealdade’ – mas fidelidade é o certo, e curvar-se a cada pequena coisa que eles dizem não é o caminho. Quem concorda com cada detalhe do que alguém diz? Então eu apenas recuei. Todo mundo recuou. Eles ficaram chocados. Porque a maioria das pessoas simplesmente pede desculpas ou se encolhe em posição fetal.”
Dee Snider ainda comentou sobre o motivo da escolha de um de seus grandes clássicos da música pesada mundial:
“Eu não estava brincando quando escrevi ‘We’re Not Gonna Take It’… Você vai atrás do cara que escreveu ‘We’re Not Gonna Take It’?”. “E eles iam usar minha música também como seu grito de guerra. Por quê? Porque é tão desafiadora. E eu vivi de acordo com minhas palavras. Não há nada que mudou comigo. Não estou dizendo que não cresci e melhorei – minha esposa diz: ‘Você está sempre tentando ser melhor. eu estou sim, e sou um homem melhor – mas meu sistema básico de crenças nunca mudou e eu ainda permaneço e acredito em tudo que sempre defendi e acreditei. Portanto, não venha atrás de mim. Eu sou a pior pessoa para se perseguir, eu voltarei atrás de você.”
Todas as comunidades LGBTQIA + mundo afora merecem apoio e espaço para se manifestarem, assim como qualquer outro grupo simbólico que clama por liberdade.
Só não pode haver um atropelamento de ideias e interesses que somente beneficiem bolhas e engravatados ao invés da sempre sofrida sociedade, ou seja, o povo.
A entrevista completa pode ser conferida a seguir:
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