Por vezes, aquilo que você menos espera alcançar naquele momento acaba se realizando. São as surpresas que a vida proporciona a quem almeja algo de tal forma a ponto de não acreditar na hora em que isso acontece. Outros permanecem tranquilos sem se surpreender tanto, porém o que conta mesmo é o desejo alcançado. O baterista Mike Mangini é um músico exemplar e que conseguiu o feito de entrar para o Dream Theater mesmo sem possuir amizade maior com os outros integrantes.
Mangini participou de uma nova entrevista no programa Meltdown da estação de rádio WRIF de Detroit e falou sobre sua entrada para a banda e se ele já tinha algum contato de longa data com os caras.
Mike Mangini explicou como rolou esse processo após o anúncio da saída de Mike Portnoy:
“Eu não era amigo, mas era um conhecido. Deixe-me voltar atrás. Eu gravei com (o vocalista do Dream Theater) James LaBrie anos antes de eu entrar na banda. Porque o que aconteceu foi que o Extreme e o Dream Theater fizeram um show juntos na Europa em 1995 e nos tornamos amigos. James realmente me abordou em 1995, dizendo: ‘Cara, eu gostaria de trabalhar com você no futuro.’ E eu, tipo, ‘Sim.’ E então ele conseguiu um contrato para um álbum solo e, com certeza, ele me ligou e acabei gravando com ele. Então eu o conheci um pouco. Nós não estávamos saindo e todas essas coisas. Então, quando você diz ‘ amigos’, é diferente. E não, eu realmente não conhecia ninguém.”
“A gente consegue um emprego desses porque ele apareci… O fato é que não cometi nenhum erro, toquei tudo direitinho, Nem mesmo um único, nada. Nada estava errado. E isso meio que me deu o trabalho. Eu estava preparado.”
“Foi interessante desde o início onde comentários vieram até mim e querendo que eu fizesse o teste. Não é como se eu fosse procurar essas coisas. Mas é tipo, ‘Ah, alguém disse que você conseguiu o emprego porque morava perto.’ Bem, morar perto não tem nada a ver com pegar um par de baquetas e tocar música. ‘Ah, bem, você era mais amigo de um deles do que os outros caras.’ Não, na verdade não era. E na verdade, eu gravei para James LaBrie, mas na verdade, James LaBrie trouxe seu baterista atual para a audição, não eu. Então isso também não vai funcionar. ‘Bem…’ É sempre depois do palavra ‘bem’. ‘Bem, você conseguiu o emprego porque isso…’ Minha resposta para qualquer um seria, bem, não é ‘bem’. Não é nada bom dizer essas coisas; todas essas coisas são falsas. Eu consegui porque apareci e cometi zero erros, nenhum, nada. Eu nem sei como fiz isso. eu estava com a adrenalina lá em cima; nem sei como fiz isso.”
Mangini seguiu com seu relato:
“Isso não teve nada a ver com o documentário. Quer dizer, o documentário mostrou muito pouco. Mas você não me viu cometer um único erro em qualquer lugar, viu? Porque eu não fiz. um em cada três horas, e isso é um fato absoluto. E talvez tenha sido isso. Eu não sei. Eu não sei quem fez o quê ou o que quer que seja. Eu sei que muito do meu coração estava nisso, e isso tem muito a ver com tom e tocar e tudo isso também. Funcionou. E todos os outros que fizeram o teste foram incríveis. E eles são todos meus amigos.”
“Eu poderia sentar aqui o dia todo e dizer às pessoas todas as coisas maravilhosas que cada um desses bateristas faz que eu não faço como eles… Cada pessoa é muito poderosa e única que estava lá. É só para mim, tudo o que posso dizer é que eu sabia o que eles iriam tocar antes de tocarem com reconhecimento de padrões.”
Mike Mangini é uma dessas pessoas que acaba sendo reconhecida pelo seu trabalho por outras, que por sua vez, passa a integrar uma nova equipe. E não é preciso ser amigo de longa data para isso. A competência e o modo de lidar com cada situação é muito ou até mais importante que a própria amizade nesse caso. A partir disso, pode ser construída uma longa e próspera amizade.
Confira as explicações e lembranças do baterista Mike Mangini com o Dream Theater: