PUBLICIDADE

[ Anuncie Aqui ]

“Uma dor para alguns fãs é justamente enxergar o Angra como uma banda de Power Metal, aí quando a gente faz o que sempre fez que é sair do Power Metal, o cara fica mordido”, diz Felipe Andreoli

Rafael Bittencourt e Felipe Andreoli, guitarrista e baixista do Angra, respectivamente, participaram de um bate-papo com o Fala Ordinário Podcast e debateram se o som do Angra é ou não Power Metal e se a banda alcançou o devido sucesso.



Veja a opinião de Felipe Andreoli:

“Eu não acho que o Angra está na prateleira do Stratovarius e do Helloween e de várias outras bandas como Gamma Ray, etc… Não se trata de ser melhor, isso é julgamento individual de cada um. Mas, definitivamente, eu acho que o Angra não está estritamente na mesma prateleira dessas bandas. porque sim, a gente tangencia o Power Metal em muitos momentos e tem músicas superimportantes da nossa carreira que estão firmemente calcadas no Power Metal, mas eu acho que o Angra sempre foi muito além do Power Metal. Quando eu ouvi o Angels Cry quase pré-adolescente, eu nem sabia o que era Power Metal, e eu enxergava o Angra como uma banda de Heavy Metal que tinha vários elementos – elementos brasileiros, progressivos e, enfim, era pesado e rápido, mas também era melodioso, e tinha balada de violão com música clássica no final, tinha um baião no meio, entendeu?



Então, para mim isso nunca foi Power Metal, eu acho que uma coisa é você beber da fonte do que depois foi ser conhecido como Power Metal, agora, ser Power Metal, eu acho que nunca foi.

E eu acho que Uma dor para alguns fãs é justamente enxergar o Angra como uma banda de Power Metal, aí quando a gente faz o que sempre fez que é sair do Power Metal, o cara fica mordido porque a gente não fez aquilo que ele esperava. E a gente tem essa ‘dificuldade’ de ser rotulado, porque a gente não cabe dentro de nenhuma caixa especificamente. Não é estritamente uma banda de progressivo, não é estritamente uma banda de Power Metal, não é estritamente música brasileira… Então eu acho que o label mais abrangente seria um Power Prog, mas tem muito mais. Sempre tem muito mais.

Essa coisa da música brasileira torna o Angra uma coisa única mesmo dentro do gênero Power Prog, você poderia colocar o Symphony X na mesma prateleira, por exemplo. Mas tem algo diferente, então eu acho que é por aí.”



Em seguida, Rafael Bittencourt acrescentou:

“Eu acho que tem um paradoxo mesmo, que é uma espécie de crise de identidade, nós começamos com uma oportunidade que pintou no Japão, e a parada que estava rolando era o Power Metal, então precisava se adequar. Tanto que o som foi mais ou menos mudado durante a produção, acelerado, dois bumbos… Os arranjos de batera não tinham dois bumbos, por exemplo, porque o Marco com quem nós ensaiávamos no começo não tinha dois bumbos. E até o porque o Queensrÿche que era a banda que nos inspirava não tinha dois bumbos.

Era aquela coisa meio cavalgada Iron Maiden), mais progressiva. Só que as oportunidades, elas também vão dando a direção muitas vezes porque você não vai perder uma oportunidade, né? Então, nós fomos juntando essas partes… E junto com esse lance de pertencer ao cenário Power Metal que precisa ser lançado em algum lugar, não é a gravadora JVC que até hoje é nossa parceira, ela… O público japonês tem um pouco essa expectativa, precisam de rótulo, que nem o Felipe falou, é difícil rotular, mas acaba levando para esse lugar, porque sempre vai ter uma música que tem isso e um monte de outras que talvez eles nem entendam direito o que é, porque eles não têm as referências que a gente está misturando. Só que o paradoxo é justamente a gente colocar coisas que a gente gosta e aí vai ao encontro da música brasileira porque é uma coisa que eu gosto. Não é tipo assim, ‘É uma grande oportunidade de ficar rico.’ Por que pelo amor de Deus, nós estamos num métier que tipo, você teria que mudar de estilo. [Risos]



Então tem muito a ver com realização pessoal.”

Sobre se o Angra tem o devido sucesso ou se deveria ter muito mais sucesso do que alcançaram, Felipe Andreoli disse:

“Eu acho que o Angra deveria ter muito mais sucesso, nessa parte eu me enxergo e eu enxergo o Angra como um empreendimento de muitos sucessos, porque eu me enxergo ainda com 14 anos ouvindo esses sons todos e sonhando em ter uma banda e viajar o mundo gravando disco e tocando meu som, fazendo disso o meu ganha-pão, e é exatamente o que eu estou fazendo já há 24 anos no Angra. E cada dia que eu subo no palco eu realizo mais um pedaço desse sonho. E eu sonho em continuar realizando esse sonho, eu não tenho necessidade de sonhos de grandeza mil, ‘Eu quero ser headliner do Wacken, eu preciso ter milhões e milhões de streams.’ Ou sei lá qual seja a medida de sucesso que as pessoas têm como parâmetro para grandes coisas, eu acho que o sucesso de um empreendimento como o Angra, que é uma banda onde nós temos essa liberdade de explorar e de experimentar, de compor o que realmente nós sentimos e trazer todos esses elementos diferentes pro alicerce do Angra, que é esse Power Metal com a música brasileira, com a música clássica e tal… Fazer isso, e ter sucesso fazendo isso, já é grande demais.”



Assista na íntegra:

PUBLICIDADE

[ Anuncie Aqui ]

Comentários

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.

Veja também

PUBLICIDADE

[ Anuncie Aqui ]

PUBLICIDADE

[ Anuncie Aqui ]

Redes Sociais

36,158FãsCurtir
8,676SeguidoresSeguir
197SeguidoresSeguir
261SeguidoresSeguir
1,950InscritosInscrever

Últimas Publicações

PUBLICIDADE

[ Anuncie Aqui ]