Muitos vocalistas passaram a ocupar esse posto por diversos motivos, como por não saber tocar nenhum instrumento, ou até mesmo ninguém mais na banda saber ou desejar cantar. Claro que existe o lado de quem desejou isso desde o início, pois a voz é um dos principais instrumentos de uma banda, caso não queira tornar ela instrumental.
Junto a isso, existem os cantores que não passaram por estudos em conservatórios musicais, mas que através de muita inspiração e expiração, alcançaram e mantiveram sua posição quanto a serem o intérprete das canções. Burton C. Bell, ex-vocalista do Fear Factory e atual membro do Ascencion Of The Watchers, é um desses caras que usaram de sua destreza e coragem para alcançar seus resultados.
Durante um bate-papo ao vivo no Facebook entre Burton e Jayce Lewis, que também integra o Ascencion Of The Watchers, nessa última sexta-feira, dia 14 de janeiro, Burton falou a respeito de suas variantes vocálicas:
“Para mim, é tudo sobre… Não é uma preferência. É tudo sobre vocalizar para sentir e vocalizar um momento e capturar essas harmonias que ouço na música e tento imitá-las com minha voz. Acredite ou não, posso ouvir harmonias em riffs robustos – posso ouvir harmonias e ouço melodias na minha cabeça. Agora, para mim, quando faço a voz pesada, não estou gritando, estou vocalizando. Como um pastor ou um pregador, ele ora alto e distintamente para seus seguidores que está tentando transmitir uma mensagem apaixonadamente, e é isso que estou fazendo. Não estou gritando — Estou orando a mensagem com paixão e da forma mais sucinta possível. E dependendo de onde estou na música ou do que a harmonia está fazendo, o que a melodia está me chamando, é isso que vou fazer. Eu amo cantar – eu amo harmonias, eu amo cantar, eu amo o vocal pesado. Para mim, é tudo harmônico, e isso só depende sobre o que a música pede. E eu vou estar fazendo as duas coisas enquanto eu puder.”
O vocalista também falou sobre o seu conhecimento prático e teórico:
“Quando comecei, nunca tive nenhum tipo de aula ou treinamento vocal. Eu estava fazendo o que sentia; estava fazendo o que queria. para sair de mim mesmo, para liberar. E a única instrução que eu tive no começo foi aprender a respirar. Então, poder pulmonar, poder do diafragma era a chave. E eu realmente não pensei em ter que mudar; simples assim. (Estala os dedos) Eu fiz isso sem pensar. Não sei como explicar. É apenas uma dessas coisas. É como desligar e ligar um interruptor.”
Confira o que rolou durante a conversa entre os dois músicos através do link abaixo: