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Gene Simmons (Kiss) assume ganhar mais dinheiro agora, mas ainda mantém a afirmação, ‘o Rock está morto’

Reprodução/Facebook

O site X17 Online viu Gene Simmons e Paul Stanley enquanto faziam check-in para partir para mais uma etapa da turnê “End Of Road 2022”, na Europa. Na ocasião, os jornalistas ávidos por uma declaração polêmica, não perderam a chance e questionaram Simmons sobre seu pensamento de que “o Rock está morto”. Mr Simmons não é de disperdiçar oportunidades e disparou:

“O rock está morto. Porque assim que os fãs puderam baixar e compartilhar arquivos gratuitamente, novas bandas perderam a chance de ganhar a vida. E isso parte meu coração, porque há tantos jovens músicos e escritores talentosos que nunca terão a chance que eu tive. Qualquer coisa que seja de graça ou um centavo quando deveria custar um dólar ou mais, logo, é inútil. De 1958 até 1988, tivemos Elvis, THE BEATLEs, todos os grandes homens do blues, Madonna e outros. na era da disco, você tinha o grande material da Motown que é inigualável, você tinha bandas pesadas como METALLICA e IRON MAIDEN e todas essas coisas, isso sem mencionar U2, Prince, David Bowie, tudo isso. De 1988 até hoje são mais de 30 anos. Quem são os novos BEATLES? Quem são eles?”

Reprodução / Facebook

Gene ainda continuou:

“Por volta de 88, o Napster e todo o resto mostraram às pessoas como conseguir música a troco de nada e você tirou o valor da música. Então os músicos não podem ganhar a vida. Não os velhos que são grandes, gordos e ricos. Eu entendo isso. Mas as bandas recém-nascidas partem meu coração. Eles não vão ter a chance. O rock está morto.”

Questionado sobre se o declínio da indústria da música afetou seu ganho de direitos autorais, ele concluiu:

“Não. Fazemos mais dinheiro do que nunca. Então não é sobre mim. É sobre as bandas novas.”

Reprodução / Facebook

O pensamento de Gene não é por completo errôneo, porem, a forma como ele apresenta seu discurso é bastante equivocada e faz com que tenhamos uma interpretação errada sobre o que diz. Realmente, devido ao avanço da indústria musical e todas as mudanças que ocorreram na forma com que consumimos a música, tudo isso trouxe consequências. Porém, quando Gene foca o seu discurso em uma banda totalmente fora da curva como os Beatles, a argumentação se torna vazia, até por que nem o Kiss foi maior que os Beatles, ninguém foi.

Se analisarmos a facilidade pela qual a informação é transmitida para nós nos dias de hoje, fica muito mais conclusivo encarar que as bandas novas tem mais oportunidades de serem conhecidas do que na época de Gene e do Kiss. Após esta conclusão, podemos nos questionar os motivos que fazem com que os novos nomes não conseguem adentrar o mainstrem e se tornarem grandes empresas, mas isso tem uma relação com a atual situação do Rock no maisntream. Desde meados dos anos 90, o Rock e o Metal retornaram ao undeground com exceção dos grandes nomes.

Felizmente, sabemos que as tendências do mainstream são cíclicas e nada impede que daqui a alguns anos, sejamos surpreendidos com uma nova alta do gênero nas grandes mídias. Hoje vivemos em uma realidade onde poucos fãs se aventuram por esses novos métodos e formas de conhecer bandas novas, porém, existe sim as facilidades e só conseguiremos fazer com que o Rock avance e se torne cada dia mais forte, com um trabalho ininterrúpto de conscientização do público consumidor.

Quando este público entender que tudo só depende dele, o Rock retornará das cinzas e ocupará o seu lugar de direito dentro do mainstream.

Redigido por Yurian Dollynho Paiva e Fabio Reis

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