Tobias Forge, líder do Ghost e ex-frontman do Repugnant (banda de Death Metal), foi questionado em uma nova entrevista para a Loudwire, se algum dia poderíamos ver o Ghost tocando algo no estilo Death Metal.
Ele respondeu:
“Não, eu acho que não. Eu acredito que seria… Porque eu tentei construir este mundo onde não havia regras óbvias, mas ainda há uma certeza… É como fazer um filme com relógio onde se é sobre Vikings, você não pode usar um relógio digital Casio. E acho que há elementos na música que podem se tornar esse tipo de relógio digital ou um brinquedo ‘Transformer’ que simplesmente entra e estraga a imagem de tudo… Prefiro escrever death metal com todos os seus elementos… Se o death metal é influência aqui, o GHOST pode absorver isso, e talvez haja essa pequena passagem onde eles podem se encontrar, onde há elementos disso que se preenchem. Mas tocar uma batida de death metal direto parece estranho, eu acho, no estilo do ghost.”
Questionado se ele ainda se sente com vontade de consumir ou fazer qualquer coisa relacionado a esse estilo, Tobias diz:
“O tempo todo. Eu amo essas coisas. Eu ouço muito. Ainda estou obcecado por isso do ponto de vista de colecionar. É exatamente aí que está o meu coração adolescente, cresci com muita música, mas minha adolescência foi completamente imersa e totalmente inundada por essa impressão. Eu ainda gosto das coisas que eu gostava quando – nem mesmo era um adolescente; como um garoto de 11, 12 anos, quando eu realmente comecei a ouvir isso e quando o death metal era um ‘animal realmente perigoso’ que você podia simplesmente ir a uma loja para comprar. E eu ainda sou obcecado por isso. O death metal tem um ‘lugar assegurado’ dentro de minha formação pessoal e, é claro, está materializado em muitas coisas físicas que ainda estou colecionando. Mas ainda sinto esse tipo de desejo de, de alguma forma, participar disso. Mas não sei de que forma isso se materializaria em meu trabalho musical.”
Ele conclui:
“Acho que há outro conflito… Já que eu nunca fiz isso profissionalmente… Ou sejamos realistas – eu nunca fiz isso profissionalmente; foi muito pouco profissional em todos os sentidos. Isso não é exatamente o que eu quero fazer. Eu não quero estragar os ensaios onde acabamos bebendo e você acaba vindo para um show com uma sacola plástica e um pedal quebrado e você tem que pegar cordas emprestadas de outras bandas e então você acaba tocando um show bêbado na frente de 20 amigos. O que é divertido pra caralho, mas como um adulto… É como em ‘Comfortably Numb’ onde ele canta, ‘Essa criança se foi. Não consigo me sentir assim.’ Não posso parafrasear o que ele está cantando nessa parte, mas ele diz de uma maneira tão boa que você sabe que é verdade, você nunca será o mesmo que já foi um dia. Você nunca pode ser ‘revirginizado’ de verdade, esquecendo o que aprendeu com suas experiências. Mas eu não perco a esperança. Então acho que haverá um tempo para esse momento emocionante também. Mas não será necessariamente do jeito que já foi no passado.”