- Nome: Samuel Roy Hagar
- Codinome: Sammy Hagar
- Data de Nascimento: 13 de outubro de 1947
- Local: Salinas, Califórnia (EUA)
- Banda: The Circle
- Função: Vocalista
- Outras Funções: Compositor e Guitarrista
- Outras bandas: Montrose, Van Halen, Sammy Hagar, Waboritas, HSAS, Chickenfoot, The Other Half, Los Tres Gusanos, Planet US, HSAS.
- Estilo: Heavy Metal / Hard Rock
- Ano de Atividade: Ativo
- Discografia
- Com Montrose: Montrose (1973), Paper Money (1974)
- Como Sammy Hagar (Banda): Nine On A Ten Scale (1976), The Red Album (1977), Musical Chairs (1977), Street Machine (1979), Danger Zone (1979), Standing Hampton (1982), Three Lock Box (1982), Voice Of America (1984), I Never Said Goodbye (1987), Marching to Mars (1997), Cosmic Universal Fashion (2008), Sammy Hagar & Friends (2013), Lite Roast (2014).
- Com HSAS: Through The Fire (1984).
- Com Van Halen: 5150 (1986), OU812 (1988), For Unlawful Carnal Knowledge (1991), Balance (1995).
- Com The Waboritas: Red Voodoo (1999), Ten 13 (2000), Not 4 Sale (.2002), Livin’ It Up! (2006).
- Com Chickenfoot: Chickenfoot (2009), Chickenfoot III (2011)
- Como Sammy Hagar & The Circle: Space Between (2019), Lockdown 2020, At Your Service (2020).

Quando Sammy Hagar tornou-se o novo frontman do Van Halen, algumas pessoas o viram apenas como o “novo” vocalista ou “o substituto” de David Lee Roth, que deixava a banda após longos anos e seis discos oficiais gravados. De certa forma estas afirmações não estavam erradas e Hagar era oficialmente o novo vocalista e o substituto de David Lee Roth (Fato). No entanto, Hagar, não era um substituto qualquer. Era principalmente a “Grande Voz” do Van Halen e também o grande responsável por fazer com que a banda continuasse lançando discos formidáveis, realizando grandes turnês, vendendo milhares de discos e claro, figurando nas paradas de sucessos mundiais.
Porém, bem antes de se tornar o excelente vocalista de uma das bandas mais incríveis de todos os tempos, Hagar se aventurou em outras “paradas” que não o levaram ao sucesso (para nossa alegria). Após a frustração de se tornar um boxeador, Hagar se enveredou no caminho da música (final dos anos 60) onde integrou diversos grupos até encontrar o Montrose, banda com que gravou profissionalmente dois excelentes discos. No entanto, até chegar a Ronnie Montrose, o músico integrou grupos como Skinny, The Fabulous Catillas, Justice Brothers e Dust Cloud. Grupos que não tiveram registros gravados (ao menos com os vocais de Hagar).
Após um pedido de Edgar Winter (Edgar Winter Band) a Ronnie Montrose para que Hagar fosse integrado ao Montrose (banda), o pedido foi aceito e em 1973 o primeiro disco oficial (e profissional) de Sammy Hagar, finalmente ganhava vida.

Lançado em novembro de 1973, Montrose (o disco) obteve excelente aceitação, atingindo as posições 133 das paradas americanas e a 43a posição no Reino Unido. O disco foi “vendido” como uma resposta dos Estados Unidos ao Led Zeppelin. Anos mais tarde, o mesmo fora reconhecido como um dos melhores álbuns de Hard Rock, lançado nos anos 70. Com o sucesso estrondoso do Debut, o grupo lançava meses depois um novo álbum de inéditas. “Paper Money”, chegava às lojas em outubro de 1974.
Apesar de trazer a mesma fórmula de seu antecessor e atingir a 65a posição da Billboard Americana, o disco surpreendentemente foi um fracasso de vendas comparado ao debut. As tensões entre Ronnie e Hagar surgiram e após uma turnê de divulgação, o guitarrista decidiu que Hagar deveria deixar a banda. Após sua saída do Montrose, Hagar deu início a sua carreira solo com a banda que trazia seu nome e em maio de 1976 debutou com o disco “Nine On a Ten Scale”.
Trazendo uma sonoridade que transita entre o Hard e o Classic Rock, o disco apresenta 09 faixas excepcionais e uma certeza: Hagar, não decepcionaria fora do Montrose. O álbum trouxe a contribuição de vários músicos e amigos. Dentre eles, o baixista Bill Church e o tecladista Alan Fitzgerald, que também integraram o Montrose. Ainda sobre “Nine On A Ten Scale”: o disco traz uma regravação de “Young Girl Blues”, gravado originalmente pelo cantor escocês Donovan, no álbum Mellow Yellow, lançado em 1967.

Os discos seguintes foram: “The Red Album” (1977), “Musical Chairs” (1977), “Street Machine” (1979), “Danger Zone” (1979), “Standing Hampton” (1982), “Three Lock Box” (1982) e “Voice Of America” (1984). É importante citar que em todos os discos supracitados, há músicas excepcionais que transitam de forma brilhante entre Rock, Hard e o Classic Rock.
Citando alguns bons (na verdade, excelentes) momentos em sua fase pré Van Halen, encontramos um músico de qualidade inquestionável e claro, com uma das vozes mais privilegiadas do Hard/Rock/Classic de todos os tempos.

Em “Red Álbum” (1977), destaques para as canções: “Red”, “Cruisin’ And Boozin’ “, “Rock ‘N’ Roll Weekend”, “The Pits”, “Little Star Eclipse” e “Free Money”, esta última, uma das músicas mais belas e geniais gravadas e interpretadas por Mr. Hagar.
Em Musical “Chairs” (1977), destaques para: “Turn Up The Music”, “It ‘s Gonna Be Alright”, “Reckless”, “Try (Try To Fall In Love)”, “From The Hip Kid” e “Crack In The World”.
Em “Street Machine” (1979), destaques para: “Growing Pains”, “Child To Man”, “Feels Like Love”, “Never Say Die”, “This Planet’s On Fire (Burn In Hell)” e “Wounded In Love”.
Em “Danger Zone” (1979), destaques para: “Love Or Money”, “Miles From Boredom”, “In The Night”, “Bad Reputation” e “Run For Your Life”.
Em “Standing Hamptom” (1981), destaques para: “I’ll Fall In Love Again”, “Baby’s On Fire”, “Can’t Get Loose”, “Heavy Metal”, “Inside Look In” e “Piece Of My Heart”.
Em “Three Lock Box” (1982), destaques para: “Three Lock Box”, “Remember The Heroes”, “Your Love Is Driving Me Crazy”, “In The Room”, “Rise The Animal” e “Growing Up”.
Em “Voice Of America” (1982), os destaques vão para as faixas: “I Can’t Drive 55”, “Swept Away”, “Rock Is My Blood”, “Voice Of America” e “Burnin’ Down The City”.

*Vale lembrar que a voz meio rouca e estridente que passaríamos a conhecer nos discos futuros, não faz parte de seus primeiros trabalhos, visto que a sonoridade apresentada nos mesmos, nos direcionam a sonoridade de grupos como : UFO, Cheap Trick, Bad Company, Free, Yardbirds, Deep Purple, Rolling Stones, Montrose, ZZ Top, The Cars, The Who, etc. Há momentos em que sua voz soa diferente e desconhecida até mesmo pelo fã mais assíduo, conhecedor de seus trabalhos ao lado do Van Halen. Embora algumas canções apresentadas em “Standing Hamptom”, mostram as mudanças em suas linhas de vozes que se intensificam nos discos seguintes.
Em abril de 1985 os americanos do Van Halen, anunciavam a saída de seu vocalista David Lee Roth. Após anos à frente da banda, seis discos lançados e milhares de cópias vendidas, o vocalista deixava o posto. Na época, rumores diziam que a saída de David se deu por desavenças com o guitarrista Eddie Van Halen, já que o mesmo optou por adicionar teclados na sonoridade da banda e também investir em “baladas”. David, definitivamente não aceitava tais mudanças e resolveu abandonar o barco, embora rumores davam certos de ele foi despedido.

Sem perder tempo, o Van Halen não pensou duas vezes e viu em Sammy Hagar a voz da banda e claro, a continuação do grupo que lançava em 24 de março de 1986 o disco “5150”, sétimo registro oficial da banda. Muito bem recebido e aclamado pela crítica, o disco que marcava a estréia de Hagar nos vocais, figurou nas paradas mundiais e atingiu a 1a posição da Billboard Americana.

Catapultado pelos singles: “Why Can’t This Be Love”, “Dreams”, “Summer Nights”, “Best Of Both Worlds” e “Loves Walk In”, o disco invadiu a Áustria (13a posição), Japão (3a posição), Alemanha (11a posição), Países Baixos (30a posição), Noruega (5a posição), Nova Zelândia (13a posição), Reino Unido (16a posição), Suécia (2a posição), Suíça (16a posição), além de figurar em posições importantes da Billboard e dá Album Rock Tracks.
O álbum contemplou a banda com Disco de Ouro na Alemanha, Prata no Reino Unido, Platina Tripla no Canadá e Platina Sêxtupla nos Estados Unidos.Indiscutivelmente o Van Halen havia acertado no alvo e Sammy Hagar caiu feito luva na posição de vocalista, levando o Van Halen a atingir posições em países nos quais jamais imaginou.
É bem verdade que após a entrada de Sammy Hagar, vemos dois momentos diferentes na sonoridade do grupo. Se por um lado David Lee Roth era uma espécie de personificação da banda, já que suas performances mais “festeiras” viraram sua marca registrada, Hagar, por sua vez mostrou que “performances pseudo sexys” ou “teatrais” não lhe interessavam e que sua voz era de fato o que deveria se sobressair. E assim o fez (Divinamente).

*Uma observação a ser feita: O ano era 1987 e Hagar já estava no topo com o Van Halen e o sucesso comercial de 5150 (álbum), porém, havia um contrato com a Geffen Records que incluía mais um disco de sua carreira solo. Sem pestanejar, o músico lançou em junho de 1987 o excelente “I Never Said Goodbye”, último registro pela Geffen.
Diferente de outros artistas, que por vezes lançam um disco medonho apenas para encerrar contrato com sua ex, gravadora, Hagar fez diferente (aliás, muito diferente) e lançou mais um discaço, onde faixas como: “When The Hammer Falls”, “Hands and Knees”, “Give To Live”, “Boys’ Night Out”, “Returning Home” e “Back Into To You”, são os grandes atrativos, invadindo inclusive as paradas da Billboard (na época). Por motivos óbvios a sonoridade apresentada neste trabalho, nos remete a sonoridade do Van Halen.

Em 24 de maio de 1988, o quarteto lançou o excelente OU812, oitavo álbum da carreira e o segundo com o gigante Sammy Hagar. Evidentemente que o sucesso de seu antecessor, aliado aos vocais espetaculares elevou mais uma vez o nome do Van Halen que figurava nas paradas de sucesso (e de vendas) em países como: Estados Unidos (1a posição), Suíça (9a posição), Alemanha (12a posição), Áustria (21a posição), Países Baixos (22a posição), Noruega (5a posição), Austrália (9a posição) e Nova Zelândia (35a posição).
Os singles: “Cabo Wabo”, “Black and Blue”, “Feels So Good”, “Finish What Ya Started”, “Mine All Mine” e “When It’s Love”, figuraram nas paradas da Billboard e da Mainstream Rock Tracks, atingindo posições importantíssimas. Mais uma vez o quarteto foi contemplado com Disco de Platina Quádruplo nos Estados Unidos e Disco de Prata na Grã-Bretanha.
18 de junho de 1991: Data em que o quarteto lançava mais um disco espetacular e o nono da carreira. Intitulado “F.U.C.K – For Unlawful Carnal Knowledge”, o álbum foi mais um tiro certeiro e também fez sua parte na sparadas mundiais e claro, em números astronômicos de vendas.
Alavancado pelos singles: “Poundcake”, “Right Now”, “Runaround”, “Top Of The World”, “Man In A Mission” e “The Dream Is Over”, o disco atingiu importantes posições na Billboard 100 e na Álbum Rock Tracks. Mais uma vez o Van Halen conquistava países como Estados Unidos (1a posição), Suíça (11 posição), Alemanha (6a posição), Áustria (21a posição), Países Baixos (24 posição), Suécia (17a posição), Austrália (a posição) e Nova Zelândia (25a posição).

As vendas astronômicas dos três discos , os shows constantes (e lotados) pelo mundo afora e o bom momento em que a banda se encontrava, era o momento perfeito para que o quarteto lançasse seu primeiro álbum ao vivo, e assim o fizera. Em 23 de fevereiro de 1993, chega às lojas “Live: Right Here, Right Now”, álbum duplo contendo 23 faixas gravadas em shows realizados no ano de 1992.
Muito bem recebido (e aclamado), o novo trabalho recebeu Disco de Platina Duplo nos Estados Unidos e Disco de Ouro no Canadá.
Em janeiro de 1995, o grupo lança Balance, décimo registro da carreira e o último a contar com Sammy Hagar. O disco também era o último de uma série de quatro álbuns consecutivos a atingir o topo no ranking de vendas e também da Billboard.

Sobre a escalada de vendas e chegada ao topo: Balance, foi mais um tiro certeiro do quarteto que continuou vendendo bem nos países onde os trabalhos anteriores foram arrebatadores. Desta vez, os grandes responsáveis pelo sucesso do disco foram: “Amsterdam”, “The Seventh Seal”, “Can’t Stop Lovin You”, “Don’t Tell Me (Love What Can Do)” e “Not Enough”, singles que figuraram nas paradas musicais dos Estados Unidos (1a posição), Suíça (6a posição), Alemanha (8a posição), Áustria (18a posição), Países Baixos (5a posição), Suécia (5a posição), Noruega (17a posição), Austrália (9a posição) e Nova Zelândia (9a posição).
O sucesso de vendas, as turnês bem sucedidas e os números positivos nas paradas musicais mundiais, não foram o suficiente para fazer com que o músico permanecesse no Van Halen. Em 1996, Sammy Hagar se desliga da banda, deixando um legado de quatro excelentes discos gravados.
*Opinião pessoal: Os melhores na história da banda

Sem perder tempo e aproveitando todo o sucesso ao lado do agora, ex, grupo, Hagar retoma sua carreira solo e lança no ano seguinte o décimo trabalho da banda intitulado “Marching To Mars”. Diferente dos trabalhos anteriores, em especial dos primeiros discos lançados, Hagar aposta no Hard Rock e nas influências trazidas do Van Halen. Ou seja, aquela veia Classic rock, não fazia mais parte de seus discos atuais.
Algumas canções de destaques do novo trabalho: “Marching To Mars”, “Both Sides Now”, “Salvation On Sand Hill”, “Amnesty and Granted”, “Leaving The Warmth Of The Womb”, “Wash Me Down” e “Little White Lie”.
Em março de 1999 chega às lojas “Red Voodoo”, disco que apresenta Sammy Hagar ao lado da banda The Waboritas. Sobre o disco? Direi que temos mais tiro certeiro de Mr. Hagar, como podemos notar na divertida “Mas Tequila”, faixa que abre o disco é uma daquelas músicas divertidas, festeiras e acima de tudo, com uma pegada que transita entre o Hard e o Heavy. Outras faixas de destaques: “Sympathy For The Human”, “Red Voodoo”, “Lay Your Hand On Me”, “High and Dry Again”, “Right On Right” e “Returning On The Wish”.

Mantendo o nível musical numa lista de discos excepcionais pós Van Halen, Hagar ao lado dos The Waboritas, lançaria em seguida: “Ten 13” (2000), “Not For Sale” (2002) e “Livin’ It Up” (2006).
Hora de dar mais uma parada na carreira solo e investir em um novo grupo. Pensando assim, o incansável Sammy Hagar, juntou forças com Joe Satriani (guitarras), Chad Smith (bateria) e seu companheiro de Van Halen, Michael Anthony (baixo) na formação do CHICKENFOOT, nova banda que ganhou título de Supergrupo, por motivos óbvios.
O Chickenfoot, surgiu de reuniões entre Sammy Hagar, Michael Anthony e Chad Smith no clube do primeiro, Cabo Wabo Cantina, localizado no México. Nessas reuniões, somente por diversão, os já renomados músicos notaram que havia uma certa química entre eles. Segundo Hagar, às pessoas o perguntavam se eles sairiam em turnê, ou gravariam um disco e o vocalista respondia que se tivessem que fazer isso, teriam que chamar um grande guitarrista, e é a partir desse momento que Joe Satriani entra na história da nova banda.

O nome Chickenfoot seria provisório, porém Hagar e os outros membros decidiram mantê-lo por acreditarem que mesmo mudando todos continuariam a se referir a eles pelo nome antigo. Após Joe aceitar o convite, a banda passou a trabalhar em seu álbum homônimo, que foi lançado meses depois em 5 de junho de 2009, contendo 11 faixas inéditas.
Intitulado apenas como Chickenfoot, o disco foi muito bem recebido por fãs e críticos, figurando nas paradas americanas, atingindo boas colocações em países como Estados Unidos (4o lugar), Austrália (50a posição), Áustria (36a posição), Canadá (5a posição), Finlândia (36a posição), França (67a posição), Países Baixos (25a posição), Suécia (36a posição), Suíça (11a posição) e Reino Unido (23a posição).
O álbum também contemplou a banda com Disco de Ouro nos Estados e também no Canadá. Resultado dos números altos de venda.

Em 2010 a banda lançou “Get Your Buzz On-Live”, DVD (excelente, diga-se de passagem) contendo além da tracklist extraída do debut, os covers para, “My Generation” (The Who), “Immigrant Song” (Led Zeppelin) e “Bad Motor Scooter” do Montrose, onde tudo começou.
Em um sonoro SIM, o registro evidentemente foi muito bem recebido e as razões não poderiam ser outras, senão a performance avassaladora de uma banda monstruosa onde TODOS os músicos estão numa escala acima do permitido. Traduzindo: O título de Supergrupo, definitivamente não é por acaso.
Aproveitando o momento e evidentemente as ideias que certamente fluíram para novas composições, o quarteto lança em 2011 o segundo trabalho intitulado Chickenfoot III, novo e segundo trabalho (apesar da divergência do título), onde mais uma vez Sammy Hagar e sua trupe mostraram que o Rock/Hard é um estilo de sorte quando se tem bandas como o Chickenfoot representando-o.

Lançado oficialmente em setembro de 2011, o disco foi mais um arrasa quarteirão, atingindo posições relevantes em paíse como: Estados Unidos (9a posição), Austrália (46a posição), Áustria (11a posição), Canadá (19a posição), Finlândia (41a posição), França (81a posição), Países Baixos (36a posição), Suécia (45a posição), Suíça (12a posição) e Reino Unido (102a posição).
Parar. Talvez esta seja uma palavra que Sammy Hagar desconheça. Em 2014 após uma pausa nas atividades do Chickenfoot, o músico imediatamente juntou forças ao lado de Michael Anthony (baixo), Vic Johnson (guitarras), Jason Bonham (bateria) e formou o The Circle, banda que estreou em 2019 com Space Between, álbum de estreia e mais um trabalho genial do gigante de voz rouca e estridente.
A nova empreitada levou Hagar a permanecer próximo dos números e das paradas musicais, coisas que ele entende muito bem, desde a época do Van Halen.

“Space Between”, figurou nas paradas da Bélgica (190a posição), Alemanha (74a posição), Suíça (25a posição), Reino Unido (16a posição), além de figurar na 1a posição da Billboard no Top Hard Rock Albums e 4a posição na US Billboard 200.
A pandemia que assolou o mundo desde março de 2020, fez com a banda permanecesse ausente dos palcos e de um novo álbum de inéditas. Foi então que o quarteto teve a ideia de lançar músicas de outros músicos e postar nas redes sociais. O resultado desses vídeos, resultou no excelente Lockdown 2020/2021, disco onde a banda manda versões para canções de nomes como: Van Halen, The Who, Bob Marley, AC/DC, Buffalo Springfield, Little Richards, The Waboritas e David Bowie.
Muito mais que uma das “Grandes Vozes” da música pesada mundial, Sammy Hagar tem uma trajetória invejável, bem como as bandas e/ou projetos nos quais participou. O músico atravessou décadas , vivenciou as mudanças que a música tomou no final dos anos 80 e início dos anos 90 e em todas elas, manteve-se fiel, fazendo música de qualidade inquestionável. Sem se vender ou apostar na “música da moda”.
Diferente do que se pensa, Sammy Hagar não ficou preso ao Van Halen que perdeu a grande chance de continuar no topo, lançando álbuns magistrais, mantendo-se ativo e em evidência, preferindo ficar na dependência e incertezas de David Lee Roth, que numa espécie de Axl Rose da 3a Idade, preferiu viver os últimos anos envolto em discussões e brigas com seus ex, companheiros de banda.

Paralelo a tudo isso, Hagar inteligentemente seguiu adiante, apostando e acertando em novos grupos, vendendo milhões de discos e nos alegrando com seu timbre poderoso, único e incomparável.
Recentemente, o baixista Michael Anthony concedeu uma entrevista ao programa de rádio 105.5 WDHA de Morristown, NJ., onde afirma o seguinte: “Acho que definitivamente haverá algum tipo de atividade do Chickenfoot no futuro”. “Sammy e eu falamos sobre isso o tempo todo, temos enviado mensagens para Joe (Satriani) e Chad (Smith). Sabemos que Joe quer fazer isso”.
O músico deixa claro que o retorno às atividades do Chickenfoot, novo material e shows ao vivo, acontecerão quando as condições permitirem. Ou seja, quando o mundo acordar de seu terrível pesadelo que envolve a Covid-19.
Nós fãs, aguardamos ansiosamente.

Algumas observações acerca de Sammy Hagar e sua trajetória musical.
* Em sua carreira solo, Sammy Hagar conseguiu grandes destaques com os discos : “Standing Hampton” (Disco de platina), “Three Lock Box” (13a posição na Billboard Hot 100), “Vision Of America” (26a posição da Billboard Hot 100), “I Never Say Goodbye” (1a posição da Billboard Album Rock Tracks).
* “Standing Hampton”, álbum solo lançado em 1981, teve as canções “There ‘s Only One Way to Rock” , “I’ll Fall in Love Again” e “Heavy Metal”, incluídas na trilha sonora da animação homônima.

* Em 1984 o vocalista lançou o álbum “Through The Fire”, em um projeto batizado de HSAS. O nome da banda são as iniciais de Hagar, Schon (Neal Schon), Aaronson (Kenny Aaronson) e Shrieve (Michael Shrieve). Gravado ao vivo, o disco traz uma versão de estúdio para o clássico “A Whiter Shade of Pale”, do Procol Harum. O disco atingiu a 92a nas paradas do Reino Unido e 42a posição nas paradas dos Estados Unidos.
* Em 1996 a música “Humans Being”, foi escolhida para ser a faixa principal da trilha sonora do longa metragem Twister.
* Em 2004 o Van Halen se reuniu com Hagar na intenção de uma reunião e um provável retorno do músico à banda. O grupo lançou “Best of Both Worlds”, coletânea dupla contendo faixas de seus discos anteriores, além de três faixas inéditas (“It’s About Time”, “Up From Breakfast” e “Learning To See”), seguido de uma turnê que infelizmente não teve um final tranquilo. Eddie (Van Halen), não conseguiu se livrar do alcoolismo o que resultou em atritos e grandes confusões envolvendo os músicos. O resultado foi a saída definitiva do vocalista.

* Em 1991, o álbum F.U.C.K, concorreu no Grammy Awards na categoria Best Hard Rock Performance, onde consagrou-se o vencedor.

* Em 2007, o vocalista foi incluído no Rock and Roll Hall of Fame, como membro do Van Halen.
*No início de 2009, Hagar abriu o Sammy ‘s Beach Bar & Grill no Harrah’ s Casino em St. Louis. Pouco depois, outro foi inaugurado no terminal da Southwest Airlines no Aeroporto McCarran em Las Vegas. Hagar doou todos os lucros de ambos os locais para instituições de caridade locais.

* Em 2011 o álbum Chickenfoot III, concorreu no Ultimate Classic Rock Awards, nas categorias: Álbum do Ano e Canção do Ano. A banda venceu nas duas categorias.
* Em 2012 a banda recebeu mais duas indicações. Desta vez no Vintage Guitar Magazine Hall Of Fame 2012. O quarteto concorria nas categorias: Álbum do Ano e Melhor Álbum de Hard de Rock. Infelizmente desta vez, a banda não levou os prêmios.
* Em 2015, Hagar lançou um programa de rádio semanal chamado Sammy Hagar’s Top Rock Countdown, apoiado pelo Envisage Radio Group, onde ele reúne listas de reprodução de vários gêneros de suas canções favoritas. Em agosto de 2018, o programa foi distribuído em mais de 90 estações de rádio

* Longe dos palcos, Hagar é um grande empreendedor , mandando bem quando o assunto é negócios. Fundou a marca e cadeia de restaurantes Cabo Wabo Tequila, o Sammy ‘s Beach Bar Rum, também é o apresentador de Rock & Roll Road Trip, na Rede de TV a Cabo Mark Cuban AXS TV.

Abaixo, Sammy Hagar em ação!
Redigido por Geovani Vieira