Apesar de ser realizado em um local de muita movimentação e com um cast de invejar, o evento realizado durante 3 dias no México ficou marcado pelas incontáveis falhas organizacionais que atrapalharam e muito a experiência por trás das cortinas. A Metal Injection realizou uma matéria explicando muito bem o contraste entre a excelente apresentação das bandas e esses problemas ocorridos. Nós da Mundo Metal decidimos trazer para vocês um pequeno resumo sobre o que foi dito por eles. Se quiserem ler na integra essa matéria, só clicar aqui.
Todas as bandas que se apresentaram passaram ao público uma experiência única, realizando de forma impecável suas apresentações. Mostrando profissionalismo e paixão pelo Metal. Agora vamos falar dos pontos negativos.
Transporte:
Não havia infraestrutura para auxiliar os participantes do evento. Isso acarretou em um trânsito colossal. Além disso, os ônibus – que seriam para transporte das bandas e equipes – eram inexistentes. Tentar pegar um Uber exigiria esperar pelo menos 1 hora. Segundo a equipe da Metal Injection, “muitos membros da banda recorreram a caminhar alguns quilômetros para pegar um táxi local em um esforço para voltar aos hotéis”.
Tratamento às bandas e equipes:
Muitas bandas reclamaram que o serviço de bufê foi caótico, com comida quente sendo reservada apenas para os headliners e obter vales-refeição levou horas e uma luta para conseguir. Segundo nosso companheiros da Metal Injection, “as pulseiras dos artistas mudavam todos os dias, assim como acontecia com a imprensa e a mídia, e o acampamento do festival não queria que bandas e membros da equipe ficassem e curtissem o show fora de seu horário.” Além da questão do frio estarrecedor, e a organização não se preocupar com isso.

Problemas Técnicos:
Não precisamos falar muito sobre isso, bandas como Cradle of Filth, Pain, Trivium foram as redes sociais falar sobre os problemas que tiveram e como isso os afetou.
Problemas com a Imprensa:
Apesar de algumas coisas boas, infelizmente, a área dedicada a imprensa passou por muitas dificuldades. Como nenhum serviço de wi-fi e sinal de celular inexistente. Por ser um evento tão grande, ao menos esperava-se que existisse algum suporte do gênero. Um problema mencionado pela Metal Injection é que havia muitos aprovados para estar no ambiente reservado para mídia e fotógrafos, mas que não estavam trabalhando profissionalmente (muitas vezes apenas curtindo o evento) e por isso acabavam atrapalhando. O excesso de pessoal na área de mídia era tão absurdo que filas eram formadas e alguns, que decidiam não ficar nelas, acabavam por não consegui acesso ao fosso de fotos, nem mesmo na próxima banda (que iria entrar quase uma hora depois!).
Uso de pulseiras como carteiras:
Algo já conhecido em alguns parques no Brasil e utilizado em festivais no EUA e Europa é o uso de pulseiras como carteiras, visto que o uso de cartões e dinheiro é controlado ou evitado. No evento, esse uso foi escolhido, porém, a principio, ao recarregar sua pulseira, era cobrado uma taxa de 25 pesos mexicanos pelo serviço. Mas caso você deixasse dinheiro em sua pulseira após o evento, era cobrado outra taxa de 30 pesos de “fins administrativos” para reaver o seu dinheiro, e isso não foi divulgado antes.
O evento possuía muita possibilidade de se tornar impecável, tanto em quesito de bandas quanto de organização, porém, infelizmente, isso não ocorreu. Todos nós esperamos que os organizadores do evento aprendam com seus erros e mudem, caso aja outra edição, para que o Metal e seus festivais não fiquem marcados como desorganizados e malfeitos.
