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Resenha: Abbath – Outstrider (2019)

Abbath - Outstrider

Abbath - Outstrider (Season of Mist)

“Outstrider” é o segundo full-lenght da banda norueguesa de Black Metal, Abbath, a qual é homônima do vocalista e guitarrista, cujo nome verdadeiro é Olve Eikemo. Esse projeto foi iniciado desde que ele saiu do Immortal, em 2015, a lendária banda que ele fazia parte desde 1990. Olve é uma figura irreverente e mítica ao mesmo tempo e para alguns é até mais conhecido pelo seu visual e sua expressão corporal do que por seu trabalho musical. Sua atual sonoridade segue a mesma fórmula de sua ex-banda com uma pequena pitada de toque pessoal.

ABBATH / Divulgação / Facebook

“Calm In Ire Of Hurricane”

Em primeiro lugar, “Calm In Ire Of Hurricane” abre o álbum com a típica atmosfera sombria que é característica do Black Metal. Uma sonoridade tradicional da escola norueguesa com uma boa produção de estúdio que certamente faz a diferença no resultado final do registro. Um belo cartão de visita oferecido pelo segundo disco do Abbath.

“Bridge Of Spasms”

Em seguida, a canção “Bridge Of Spasms” acelera um pouco o ritmo e é mais pesada que sua antecessora, repleta de riffs e solos variados. “The Artifex” segue mantendo a receita, porém com o solo de guitarra mais bonito do álbum. As variações de andamento tornam a audição surpreendente e por essa razão, mais interessante. “Harvest Pyre” é mais cadenciada que as anteriores, sendo musicalmente um Heavy Metal ambientado para o universo insano do Metal trevoso, e por essa razão, uma canção ímpar dentro do conceito.

ABBATH / Reprodução / Facebook

“Land Of Khem”

A brutalidade mostra a sua face em “Land Of Khem”, já que seria uma faixa que seria Death Metal se fosse cantada com vocal gutural típico do subgênero, tamanha é a sua agressividade. Ukri Suvilehto demonstra com seu arranjo de bateria que nasceu para brilhar no Metal extremo.

Essa canção é de longe a minha favorita. Pois, um bonito e calmo dedilhado dá início à música que intitula o álbum, a qual também foi single do mesmo. Por outro lado, “Outstrider” já havia previamente dado uma ideia do quão interessante seria o álbum completo e tal expectativa fora confirmada com o lançamento do mesmo. Ela termina com o mesmo toque acústico com o qual começa. “Scythewinder” se assemelha a “Bridge Of Spasms” no que se diz respeito ao peso e a velocidade e por isso é uma repetição da mesma receita, o que não significa que seja uma canção ruim.

Pouco antes da finalização da obra, “Hecate” resgata todos os ingredientes old school do Black Metal norueguês, é como um retorno a década de noventa com um upgrade na qualidade de produção fonográfica. Um dos bons momentos da apreciação do conteúdo. Para encerrar, “Pace Till Death”, uma canção que tem elementos de Thrash e de Speed Metal, os quais mesclados a sonoridade da banda deram uma apoteose que combina com as demais faixas do full-lenght.

ABBATH / line-up 2019 / Reprodução

Em um ano que o Black Metal lançou petardos em série, se esperava que Abbath não decepcionasse com o seu lançamento e realmente foi o que aconteceu, pois ele é inclusive superior ao debut homônimo de 2016.

Se alguém ainda não conhece, portanto, vale a pena fazê-lo.

Nota 8,3

Integrantes:

Faixas:

Redigido por Cristiano “Big Head” Ruiz

CONFIRA A RESENHA DO ÁLBUM “DREAD REAVER” (2022):

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