A banda norueguesa de Black Metal, 1349, disponibilizou, no dia 12 de outubro de 2019, o seu sétimo full-lenght, “The Infernal Pathway”, mais uma verdadeira obra de arte do subgênero. Depois dois EPs que também saíram em 2019, “Dødskamp” e “Through Eyes of Stone”, chegou, enfim, o aguardado álbum completo. Como resultado, aqueles que esperavam um excelente disco, não se decepcionaram.
Na história, o ano 1349 foi marcado pela peste negra, a pior epidemia que a humanidade já passou das que se tem registro, já que pessoas foram enterradas vivas, famílias inteiras morreram e doentes eram simplesmente abandonados por medo. No entanto, no Black Metal, 1349 é sinônimo de qualidade técnica, lírica e musical.

Uma obra de arte que começou através de outra obra de arte
“The Infernal Pathway” começou a vir à luz, a princípio, quando, no início de 2019, as companhias Innovation Norway, Visit Norway e o museu Munch encomendaram uma canção que interpretasse livremente uma obra do pintor Edvard Munch, considerado por muitos como um dos maiores artistas noruegueses da história. Dessa forma, a banda interpretou o quadro “Dødskamp”, utilizando sua perspectiva Black Metal e canção ficou fantástica.
Além disso, entre as demais composições do álbum, não há uma única faixa que não seja excelente, desde a canção de abertura, “Abyssos Antithesis”, até a apoteótica “Stand Tall in Fire”, o massacre sonoro de Metal extremo mantém o seu nível nas alturas.
O baterista Frost precisa ser estudado pela ciência, já que sua performance sequer parece humana e é claro, todos os outros músicos não deixam a desejar de forma alguma.

Depois de “Dødskamp”, a qual já havia me conquistado anteriormente, “Towers Upon Towers” é minha canção predileta nesse disco, que figurou entre os melhores do 2019 em muitas listas das páginas especializadas.
Até aqueles que têm nariz virado para o Black Metal são capazes de enxergar, ainda assim, a tamanha qualidade desse trabalho.
Quando ouvi e escrevi a resenha do álbum “Malice Of Antiquity” do Astrophobos, achei que dificilmente algum álbum de Black Metal seria capaz de me agradar mais do que ele, mas depois da audição do “Infernal Pathway”, a dúvida nasceu dentro de mim.
Se você é, portanto, fã do gênero e não é prisioneiro do old school, você deve conferir esse disco obrigatoriamente.
Nota 9,2
Integrantes:
- Ravn (vocal)
- Frost (bateria)
- Seidemann (baixo)
- Archaon (guitarra)
Faixas:
- 1.Abyssos Antithesis
- 2.Through Eyes Of Stone
- 3.Tunnel Of Set VIII
- 4.Enter Cold Void Dreaming
- 5.Towers Upon Towers
- 6.Tunnel of Set IX
- 7.Deeper Still
- 8.Striding the Chasm
- 9.Dødskamp (album edit)
- 10.Tunnel of Set X
- 11.Stand Tall in Fire
Redigido por Cristiano “Big Head” Ruiz