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Resenha: Behemoth – “I Loved You At Your Darkest” (2018)

A banda polonesa de Black Death Metal, Behemoth, lançou seu décimo primeiro álbum, “I Loved You At Your Darkest”, que é o sucessor do “The Satanist” de 2014, considerado por muitos, o melhor álbum da banda. Fundada em 1991, a princípio como Baphomet, mudou rapidamente para Behemoth. Já que existiam muitas bandas com o mesmo nome.

O álbum introduz com a faixa “Solve”, que tem um clima sombrio e vozes de crianças proclamando blasfêmias. Behemoth sendo Behemoth, como todos os admiradores da banda esperam. Logo após a faixa introdutória, “Wolves Of Siberia” já empolga o ouvinte com peso e velocidade em uma atmosfera que tem a assinatura do Behemoth.

Single

“God = Dog” foi o single muito bem escolhido do álbum. Inferno demonstra o porquê de ser considerado um dos melhores bateristas de música extrema. Ele possui um técnica fora do comum, mesmo para bateristas virtuosos.

Pois tive a oportunidade de assistir o Behemoth em 2015 na turnê do “The Satanist” e Inferno é um show a parte. “Ecclesia Diabolica Catholica” dá sequência a pancadaria harmônica.

Me impressiona como o Behemoth consegue produzir peso extremo sem perder a característica melódica em nenhum instante sequer. Ao passo que, os arranjos de guitarra de Nergal, que também é o vocalista da banda, são perfeitos nesse canção. Os riffs, as partes de guitarra acústica e o solo são todos impecáveis.

“Batzabel”

Em seguida, “Batzabel” introduz com um sombrio dedilhado de guitarra e se converte em uma bela música pesada e de ritmo mais cadenciado, caracterizando um clima de puro Black Metal. Destaque para o solo de Nergal. “If Crucifixion Was Not Enought”, em seu início, dá a impressão que vai manter a cadência da faixa anterior, mas intercala momentos bastante velozes.

“Angelvs XIII”

“Angelvs XIII” traz o Death Metal a tona novamente, pois é rápida e pesada em quase toda a sua duração. Nergal sola usando efeito de pedal awa e assim como em “Bertzabel”, demonstra influência em guitarristas clássicos dos anos 70.

“Sabbath Master”, como o nome já sugere, introduz com um riff a la Iommi. O instrumental dessa canção tem muito de Heavy Metal adaptado a vertente extrema do Behemoth. A banda demonstrou, dessa forma, que tem muitas cartas na manga e o resultado é realmente impressionante.

Reprodução / Facebook / Adam Nergal

Atmospheric/Symphonic Death Metal

“Havohej Pantocrator” é o que defino como Atmospheric/Symphonic Death Metal e se assemelha a banda grega Septicflesh. Ela é a canção mais complexa do álbum e certamente impressiona até quem declara não gostar de Metal extremo. “Rom 5:8” retoma a habitual mistura de Black e Death Metal a qual fez com que o Behemoth obtivesse tanto destaque no cenário extremo. A canção tem partes narradas que lhe adicionam um toque ainda mais sombrio. “We Are The Next 1000 Years” é a faixa mais brutal do “I Loved You At Your Darkest”, pois, além de ser rápida e pesada da primeira a última nota, atenua um pouquinho a característica melódica presente nos instrumentais anteriores. O álbum encerra com uma sombria canção instrumental. A canção “Coagvla” mistura um pouco de todos os diversos elementos utilizados na produção do álbum. Belíssimo encerramento.

Divulgação / Facebook / BEHEMOTH

Os temas das letras do Behemoth continuam os mesmos habituais: paganismo, história, satanismo, assim como ocultismo.

Quando em um lançamento, o resultado apresentado condiz com o que esperamos da banda, a sensação é muito prazerosa. Durante toda a audição do “I Loved At Your Darkest”, mantive minha empolgação em alta e não houve instantes nos quais ela tenha decaído, mas, ao contrário disso, houve momentos nos quais a temperatura subiu ainda mais.

Se os amantes da música extrema ainda não conhecem esse disco do Behemoth, não devem perder mais tempo.

Nota: 8,9

Integrantes:

Faixas:

Redigido por Cristiano “Big Head” Ruiz

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