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Resenha: Pestilence – “Hadeon” 2018

Fundada em 1986, na cidade de Enschede, Holanda, a banda de Death Metal, Pestilence (ou Instituição do Deaht Metal, segundo a página deles no Facebook), lançou, em 2018, seu oitavo full-lenght, “Hadeon”, pelo selo Hammerheart Records.

A introdução do álbum, “Unholy Transcript”, tem uma sonoridade completamente egípcia e por cerca de dois minutos, não dá a ideia da brutalidade sonora que vem posteriormente. A segunda canção álbum é “Non Physical Existent” (minha predileta).

Imagine uma música brutalmente pesada, repleta de riffs matadores e ao meu ver, com uma sonoridade inovadora para o Death Metal.

“Non Physical Existent”

“Non Physical Existent” é a canção ideal para aberturas de shows, perfeita para incendiar a tudo e a todos. “Multi Dimensional”, a seguinte, um dos singles do disco, mata a todos os que sobrevivem a faixa anterior, pois mantêm o mesmo nível de peso, técnica e brutalidade.

“Oversoul”

A quarta música, “Oversoul”, possui um andamento diferenciado das duas anteriores, porém não menos pesada, tendo pitadas de Fuzzion, usando muitas variações rítmicas e contra tempos.

Toda essa tônica se repete na canção seguinte ,“Materialization”, em outras palavras, o registro se mantém exalando técnica, peso e brutalidade sem misericórdia alguma.

Reprodução / Facebook / PATRICK MAMELI

“Astral Projection”

“Astral Projection” alterna momentos de extrema rapidez e outros de lentidão que beiram o Doom Metal, possuindo interessantes efeitos no vocal. O baterista Septimiu Harsan se destaca em todas as canções com suas performances incríveis. “Discarnate Entity” se inicia com um lindo e técnico solo de guitarra de Calin Paraschiv, variando em seguida para o peso e a velocidade. “Subvisions” é um magnífico solo do baixista Tilen Hudrap que antecede a nona faixa, “Manifestations”, que um Thrash Metal muito técnico e visceral. “Timeless” é na minha opinião a canção mais rápida e pesada.

O rolo compressor chamado Pestilence segue destruindo tudo a sua frente até que não reste uma alma em pé, e é assim com a faixa “Ultra Demons”, outro grande destaque. “Layers of Reality” mantem a destruidora proposta e aqui faço uma pausa para mencionar que é incrível como a temperatura nunca abaixa nesse disco. A faixa de encerramento é “Electro Magnetic”, obviamente, que não se mudaria o enredo, pois é tão rápida, técnica e brutal como toda a proposta musical apresentada até então.

Reprodução / Facebook / PATRICK MAMELI / PESTILENCE

Sabe aqueles álbuns os quais você pensa: “vou ouvir uma ou duas músicas”, mas não consegue desgrudar até a última faixa acabar? “Hadeon” é um desses que nos prende do começo ao fim. Por mais que eu não encontre exatamente em qual ponto esse trabalho do Pestilence é inovação no Death Metal e na música extrema, ainda sim ele soa inovador aos meus ouvidos.

Indico a todos os amantes de Death Metal, de música extrema e àqueles que não torçam o nariz para canções extremamente técnicas.

Nota: 8,7

Integrantes:

Faixas:

Redigido por: Cristiano Ruiz

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