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Resenha: Razgate – “After The Storm… The Fire” (2020)

A banda italiana de Thrash Metal, Razgate, lançou no dia 27 de março de 2020 o seu terceiro full-lenght, “After The Storm … The Fire”, que é sucessor do álbum “Welcome Mass Hysteria”, lançado em 2018.

Thrash Metal sujo, agressivo e direto. Essa é a melhor maneira de definir a sonoridade do Razgate. Sem rodeios e direto ao ponto. O tema instrumental, “Lacrimosa Dies”, que dá início ao álbum, não dá sequer sinais do que vem adiante. “Rising Death” invade o cenário com sua tempestade de riffs rasgados, peso e velocidade.

Giacomo “Capo” James Burgassi

A voz de Giacomo “Capo” James Burgassi, que também é guitarrista, lembra a de Tom Araya, no timbre, assim como na maneira agressiva de interpretar do clássico vocalista chileno do Slayer. O guitarrista Francesco Monaci protagoniza a cena com seus riffs e solos executados, ao mesmo tempo, com brutalidade e perfeição. Enquanto isso, baterista Iago Bruchi e o baixista Niccolò “Snacchio” Olivieri constroem o alicerce capaz de suportar todo o peso dessa massa sonora. Em seguida, “Broken By Fire” supera a selvageria da faixa anterior, elevando a audição a um nível estratosférico.

Reprodução / Facebook / RAZGATE

“After The Storm”

A violência dos riffs iniciais da canção “After The Storm” avisa que a pancadaria sonora sequer começou, ja que é incrível a atuação visceral da banda em sua interpretação.

Eles transbordam Thrash Metal por todos os poros do corpo. Há trechos nessa quarta faixa nos quais o baterista Iago destaca sua técnica de pedais duplos, acompanhado pelo trabalho sincronizado do trio de cordas.

“Grinding Metal”

“Grinding Metal” começa ligeiramente mais cadenciada que suas sucessoras, porém não menos avassaladora. O vocal de Giacomo varia mais nessa faixa, porém sem fugir de suas características.

“Shredding Praise” volta a acelerar, e bastante, o andamento, pois Iago Bruchi parece bater cada vez com maior violência.

“Behind The Walls Of Terror” é singular dentro do disco, ela adiciona novos ingredientes à sonoridade, mostrando mais cartas que estavam escondidas na manga.

Ela é uma daquelas magníficas canções presentes em alguns dos melhores discos de Thrash da história, por isso é de longe minha favorita nesse álbum e está entre as melhores desse subgênero em 2020.

“The Rope!” me lembra o Slayer do álbum “Divine Intervention”, no qual a banda norte-americana reinventou a sua sonoridade.

Ainda que nem semelhante seja, a faixa me remeteu a “Dittohead”, uma das minhas favoritas daquele trabalho.

“Bloodsheed & Deliverance” mal inicia e eu já decido que voltarei a escutar o álbum inteiro assim que ele terminar.

Esse tipo de deleite é que faz com que discos se eternizem em nossa memória. A qualidade dos riffs da dupla de guitarrista se mantém no topo durante toda a duração do full-lenght. Ou seja, não há um único segundo da audição em que a vibe abaixe um milímetro sequer. Não há canção melhor para o encerramento de um álbum desse pique que um Speed/Thrash Metal raivoso e impiedoso. A apoteótica “Crucify (The Master Deceiver)” cabe direitinho dentro dessa definição.

Divulgação / RAZGATE

O álbum “After The Storm… The Fire” foi meu primeiro contato com o trabalho do Razgate. Certamente, farei a resenha de seus álbuns que forem lançados, posteriormente,

Aprovado com méritos e indicado a todos os enfermos por Thrash Metal iguais a mim.

Nota 9,0

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Faixas:

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