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Resenha: Suicide Attack – No More Room In Hell (2020)

Suicide Attack, enfim, lança seu debut completo.

Quem ama o Thrash Metal old school, tanto da América, quanto da Europa, tem como audição obrigatória o álbum “No More Room in Hell”, o qual é primeiro full-lenght da banda holandesa, Suicide Attack, que tinha um único registro anterior, EP “Prepare For Attack!”, em 2015.

Essa audição é muito prazerosa do começo ao fim. Riffs simples e detonadores, sem invencionice, modernismos ou firulas. O vocal de Frans Swaters, que também é guitarrista, tem certa semelhança com o de Gerre do Tankard, sendo como um vocal de Thrash Metal deve ser, cantando, nitidamente, sem tentar soar extremo. A dupla de guitarras de Swaters e Eelco Klis funciona perfeitamente bem nos riffs e nos solos. A cozinha formada pelo baterista Jordy Zoethout e o baixista Stefan Rijnsburger é precisamente equilibrada.

“Last Dawn”

A sessão de pancadaria abre com “Last Dawn”. Uma canção com um riff que reúne peso e melodia assim como os solos. A bateria se destaca em “Bliss Of Death” e não posso deixar de mencionar algo positivo nessa produção. Ela consegue ser limpa e não perder o peso de forma alguma. As faixas nem se aproximam de parecerem repetitivas. “Violation” tem um ritmo mais cadenciado que as duas faixas anteriores, flertando mais com o Heavy Thrash, porém sendo tão excelente quanto às mesmas. Suicide Attack demonstrou possuir um arsenal de diferenciados riffs, por mais simples que eles sejam.

Reprodução / Facebook / SUICIDE ATTACK

A rapidez voltou a comandar em “Recognition”. A semelhança com Tankard, a qual se resume ao vocal, não chega a incomodar a audição. “Extreme Hatred” introduz bem lenta e se converte em pura velocidade e peso. “Evil Within” segue mais a linha do Thrash americano, não contendo aquela veia Speed Metal mais comum no Thrash europeu, principalmente no alemão. Ela é a faixa mais trabalhada do disco. “Wake Up” retoma a velocidade das primeiras músicas, a qual persiste em “Extermination”.

Divulgação / SUICIDE ATTACK

Não há como não começar a bater a cabeça assim que se inicia o riff de “Perfect Kill”. Aí está uma definição do mais puro Thrash Metal. Ela é de longe minha canção favorita do álbum. “Yhwh” tem uma pequena veia Hard Core, mas sem perder os ingredientes de um Thrash exterminador de almas. Como eu já esperava, a faixa de encerramento seria tão especial quanto à de abertura. O tema de clausura pode ser definido com uma mescla homogênea de Slayer e Tankard. Não houve nessa audição um único momento que não fosse dá mais intensa vibração.

Você é fã de Thrash? Então essa audição é obrigatória pra você. Vale à pena cada segundo.

Logo depois do lançamento, fui informado que, infelizmente, a banda encerrou suas atividades. Esperamos que eles mudem de ideia e voltem o mais rápido possível com outro registro nesse nível.

GO BACK TO THRASH US, SUICIDE ATTACK!

Nota 8,8

Integrantes:

Faixas:

Redigido por Cristiano “Big Head” Ruiz

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