O guitarrista Adrian Smith do Iron Maiden, viveu passou por um período conturbado em que lutou com as pressões da fama e do sucesso e que o levou a deixar a banda em 1990 para retornar somente nove anos depois. Durante uma nova entrevista à Classic Rock, ele refletiu sobre sua saída da banda e o processo difícil pelo qual teve que passar:
“Os anos oitenta foram muito intensos. Para todo mundo. Você tem que ser mentalmente forte para sair e se apresentar toda noite. E eu definitivamente tive alguns problemas. Muitas vezes eu me retraía para dentro de mim mesmo. Mas às vezes eu simplesmente surtava.”
Smith se jogou de cabeça no álcool e na cocaína, o que piorou ainda mais a situação, ele acabou se isolando e não conseguia externar tudo o que pensava e sentia:
“Nós apenas continuamos martelando. É o que você tem que fazer. E todo mundo tem seus próprios problemas. Eles estão tentando se manter juntos.
Comecei a me sentir sufocado na banda. Eu não sabia o que queria fazer. Eles sentaram comigo e disseram: ‘Você está a fim? Você tem que estar cem por cento a fim. Vamos sair em turnê por mais nove meses.’
Então… foi isso. Não foi como se eu tivesse dito: ‘Certo, estou saindo da banda.’ Houve muita agonia. E como eu disse antes, as coisas nem sempre são preto e branco.
Fiquei meio aliviado. Porque eu não estava feliz. Todo mundo sabia disso. Então comprei uma casa, me casei, tive filhos…”
A Run For Your Lives Tour em comemoração dos 50 anos de história do Maiden, começará em Budapeste no dia 27 de maio do próximo ano, seguida por 27 shows em estádios, festivais e arenas por toda a Europa. O Maiden tocará músicas de seus nove primeiros álbuns de estúdio — de “Iron Maiden”, de 1980, a “Fear of the Dark”, de 1992.
A turnê marcará a estreia do baterista Simon Dawson no lugar de Nicko McBrain, que se aposentou dos shows ao vivo em dezembro passado.