Durante os últimos tempos, a famigerada prática do playback foi amplamente discutida entre músicos pertencentes à cena Rock e Heavy Metal.
Muitas bandas e artistas consagrados foram acusados de fomentar tal prática e um extenso debate se formou onde músicos diversos opinaram sobre o quão ruim isto pode ser para o gênero. Enquanto isso, alguns nomes respeitados como Blackie Lawless, do WASP, não ficou nada inibido e defendeu descaradamente o playback, inclusive, assumindo que usa do artifício.
Bandas como KISS e Motley Crue, talvez os dois maiores nomes envolvidos em toda essa discussão, preferiram desmentir a acusação, afinal, a repercussão negativa poderia ser maior do que o previsto. Isso não adiantou muita coisa, já que são muitos os relatos de fãs e pessoas presentes nas apresentações. No caso específico do Motley Crue, o ex-guitarrista da banda, Mick Mars, acusou seus antigos colegas de serem adeptos do playback.
Em uma nova entrevista concedida a Dave Gleeson, o vocalista do Iron Maiden falou um pouco sobre este tema e emitiu suas opiniões sinceras. Apesar da pergunta se relacionar com o fato do Maiden montar um setlist repleto de músicas novas com facilidade, Bruce foi além. Ele aproveitou o gancho para provocar os adeptos do playback.
Bruce disse o seguinte:
“Bem, sim, isso é porque os nossos fãs, estranhamente, eles realmente gostam das novas músicas (Risos). O que é bizarro, não é? Eu sei que é um conceito muito estranho hoje em dia, onde as pessoas ainda vão a um show para ouvir música. Mas é porque não somos ícones da moda ou qualquer outra coisa assim.
Sempre fomos, como posso dizer? Não somos como chefs com estrela Michelin, tipo comida sofisticada em restaurantes caríssimos, somos apenas carne e batatas. E é simples, o que as pessoas vêm ver é isso. Quer dizer, as músicas não são necessariamente diretas como eram, mas a atitude ainda é. E ainda tocamos todas as músicas no tom original, nós não dropamos, não abaixamos tons ou coisas assim.
Ainda tocamos tudo muito rápido, porque ainda estamos todos animados. Nunca tocamos ao vivo clicando em faixas pré gravadas ou como ‘time code’ e tudo mais que se tenha agora, porque vejo muitas bandas hoje em dia e quando eu olho mais atentamente, é algo como, ‘espere um minuto. Ei, você cantou isso sem mover os lábios?’. Então, há todos esses playbacks voando por aí em todas as direções. Mas nós não fazemos nada disso. Tudo é analógico e real. Então, somos meio ‘old school’ nesse aspecto. Acho que isso paga dividendos, porque o público entende que a realidade é cada vez mais rara nos tempos atuais.”
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