Judas Priest interessados em inteligência artificial? Parece que sim. Pelo menos um de seus integrantes.
Não há dúvida que este é o assunto do momento, mas como isto poderia ser usado dentro do Heavy Metal? O guitarrista do Judas Priest, Richie Faulkner, opinou à respeito e suas análises são bastante pertinentes.
Como não se interessar por Inteligência Artificial?
Desde o aumento da popularidade do chatGPT, o tema inteligência artificial começou a ser tratado como se deve, de forma séria. Contudo, ainda não temos uma noção exata de todos os avanços que este tipo de recurso pode nos proporcionar.
O programa tem capacidade de criar histórias do zero, sana dúvidas, responde questionamentos específicos, pode aconselhar, resolver problemas e equações matemáticas e por aí vai.
A linguagem usada pela inteligência é bastante natural e muito parecida com a humana. O chatGPT se tornou tão popular nos últimos tempos que, em apenas uma semana de lançamento, bateu a marca de 1 milhão de usuários.
Obviamente que apareciam muitos interessados em Inteligência Artificial.
IA no Heavy Metal funcionaria como?
O que esperamos é que os músicos continuem sendo músicos e, principalmente, continuem criando as suas músicas, mas a IA poderia fazer isso por eles, com certeza.
Durante uma recente aparição no podcast Rock Of Nations com Dave Kinchen e Shane McEachern, o guitarrista do Judas Priest, Richie Faulkner, opinou acerca do atual debate em que as pessoas usam inteligência artificial (IA) para criar música.
O músico está atualmente promovendo o álbum de estreia do Elegant Weapons e trabalhando no novo registro do Judas Priest.
Ele foi questionado sobre o impacto dos geradores de música de IA na indústria da música e o que o futuro reserva. Mesmo não sendo uma grande autoridade no assunto, seus comentários chamam a atenção para algo ao qual precisamos ter cuidado.
Segundo Faulkner:
“Realmente é uma ótima pergunta, porque eu venho colocando bateria em faixas demo há anos, e não sou um baterista. Então eu tenho tocado bateria de teclado… Para mim, é quase a mesma coisa. Tenho certeza de que alguém tem um argumento contra isso.”
“Mas estamos criando coisas, como bateria, por exemplo… e Não dediquei tempo para aprender a tocar paradiddles ou afinar uma caixa ou microfonar uma bateria. Posso apenas jogar minha idéia em um programa e tocar uma caixa perfeitamente microfonada, perfeitamente afinada, vai soar bem e posso tocar um kit e colocá-lo em uma demons para expressar minha ideia e o que eu quero para a música.”
“Agora, isso é o mesmo que um programa de Inteligência Artificial? Provavelmente é diferente. Mas pode ser assim que as coisas estão indo, e cabe a nós descobrir como fazer as nossas coisas… Não sei o que estou tentando dizer, Acho que há prós e contras com o uso da IA”
Reprodução/Youtube – Richie Faulkner comentando sobre seu interesse por inteligência artificial
“Eu acho que é bom expor suas ideias, como o programa de bateria, por exemplo, mas ainda deve haver algum tipo de mérito artístico para as coisas. Ou talvez não haja mais isso. talvez as pessoas não se importem com isso. Eu não sei. É o tempo em que vivemos.”
Richie então usa a arte da capa do disco de estreia do Elegant Weapons como exemplo para comentar sobre a suposta legitimidade de algo criado por IA:
“nA capa do disco de estreia do Elegant Weapons, juntei várias ideias para enviar ao artista que faz a capa e ele disse: ‘Devemos usar isso!’ Então eu disse: ‘Sim, mas eu os fiz em um gerador de IA e então consertei alguns deles com o Photoshop, então eles ficaram um pouco diferentes’. E ele disse: ‘Não importa. está ótimo assim’.”
“A questão é que era apenas uma representação do que estava na minha cabeça, como o caso da bateria, mas acabou sendo a capa do álbum. Então eu não sei… Isso é legítimo? Algumas pessoas diriam que não. Não fui para a escola de arte para aprender a fazer isso. Mas aí está.”
“Não sei se é legítimo ou não, ou para onde vai, eu sei que vou produzir música do jeito que eu sei até não poder mais. Ou até sermos invadidos pelas máquinas. Então, quem sabe o que o futuro reserva?”