“Legal At Last” é o décimo oitavo full lenght da banda canadense de Heavy Metal, Anvil.
Com mais de quatro décadas de história e dedicação ao Heavy Metal, os canadenses do Anvil lançaram, no dia 14 de fevereiro de 2020, seu full-lenght de número 18, “Legal At Last”. Steve “Lips” Kudlow e Robb Reiner demonstram a cada novo registro que ainda têm muita lenha pra queimar.

Início
A canção título inicia o disco em altíssimo astral, já que a pegada Speed/Heavy Metal proporcionada, principalmente, pelo arranjo de bateria de Reiner, eleva o interesse ao nível máximo para o restante da audição. Em seguida, “Nabbed In Nebraska” não acelera o rítimo quanto à anterior. No entanto, mantém o peso em seus riffs. Lips se torna, inegavelmente, um guitarrista melhor a cada novo lançamento.
O refrão de “Chemtrails”, que resgata a pegada da faixa de abertura, é outro tema com altíssima vibe, fechando uma trinca perfeita. Eu não me animava, assim, com uma trinca do Anvil, desde que eles lançaram “Hope In Hell” em 2013.
https://www.youtube.com/watch?v=17u1hj34Ygw
A segunda trinca
Logo depois temos “Gasoline”, que´é a minha favorita do álbum. “Gasoline” é daquele tipo de canção mais lenta do Anvil, que sempre funciona. “Forged In Fire”, “Thumbhang”, “This Is Thirteen”, “Hope In Hell” são exemplos que provam o que acabo de afirmar.
“I’m Alive” volta às raízes mais profundas da banda, pois tem uma sonoridade a la “Hard’N’Heavy”. Ela representa o mais puro Rock’N’Roll, sem rótulos, nem firulas.
“Talking To The Wall” encerra a segunda trinca do disco com perfeição. Meio disco já passou e a minha animação não caiu em nenhum instante.
Terceira trinca
O riff de “Glass House” não soa como o Anvil que acostumei a ouvir, pois a produção dos vocais nessa canção a tornam diferente das demais. A banda fez questão de não soar repetitiva em nenhum momento dessa produção, embora eles não tenham trazido nada de absolutamente novo.
“Plastic In Paradise” segue essa mesma receita, se diferenciando das demais, como resultado, tendo sonoridade ímpar dentro do contexto geral. Desse modo, me arrisco a dizer que Lips se encontrou, claramente, como guitarrista solo nesse disco.
A pegada do debut voltou a dar as cartas em “Bottom Line”, encerrando mais um trinca, absolutamente, impecável.

Trinca de encerramento
Mais um riff avassalador introduz a rápida “Food For The Vulture”. Robb Reiner gravou a sua melhor bateria nessa canção e estando ele entre precursores do pedal duplo, prova que continua evoluindo ainda que os anos passem.
A faixa “When All’s Been Said And Done” remete a música “Lord Of This World” do Black Sabbath. Lips, certamente, fez isso de forma proposital, como já havia feito na canção “Through with You” do “Hope In Hell”, a qual tem o riff muito semelhante com o do clássico “Smoke On The Water” do Deep Purple. Embora os desavisados possam acreditar que se trata de plágio, não é. Mas sim, é uma menção descarada e maravilhosa. “No Time”, citada como bônus track, fecha a quarta e última trinca e encerra esse ótimo full-lenght do Anvil.
Em suma, para ser bem sincero, não tenho esperado algo impressionante da banda nos últimos anos, talvez por essa razão, as repetidas audições do “Legal At Last” tenham me deixado tão contente.
Indico essa obra, portanto, aos fãs de Anvil e de Heavy Tradicional. Vale à pena conferir.
Nota 8,5
Integrantes:
- Steve “Lips” Kudlow (vocal e guitarra)
- Robb Reiner (bateria)
- Chris Robertson (baixo)
Faixas:
- 1.Legal At Last
- 2.Nabbed In Nebraska
- 3.Chemtrails
- 4.Gasoline
- 5.I’m Alive
- 6.Talking To The Wall
- 7.Glass House
- 8.Plastic In Paradise
- 9.Bottom Line
- 10.Food For The Vulture
- 11.When All’s Been Said And Done
- 12.No Time
Redigido por Cristiano “Big Head” Ruiz