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Resenha: Cirith Ungol – “Forever Black” (2020)

“Forever Black” é o quinto full lenght da discografia do Cirith Ungol.

Após um hiato de 29 anos, a banda americana de Heavy/Doom Metal , Cirith Ungol, lançou o seu quinto álbum, “Forever Black”, sucessor de “Paradise Lost”, de 1991.

Atualmente, o line-up conta com três remanescentes da formação original, o vocalista Tim Baker, o baterista Robert Garven e o tecladista/guitarrista/baixista Greg Lindstrom. Além disso, completam a formação: Jim Barraza, que já havia tocado no álbum anterior, é o guitarrista e Jarvis Leatherby (Night Demon) é o baixista.

Cirith Ungol vive

Quem apostou que Cirith Ungol modernizaria sua sonoridade nesse novo disco, após tanto anos, se equivocou completamente, pois a banda continua a seguir a linha sonora que é sua marca registrada desde os anos oitenta. Sendo assim, se você aprecia os álbuns “Frost And Fire” e “King Of The Dead”, certamente deve conhecer “Forever Black”.

CIRITH UNGOL / Reprodução / Facebook

O início

Logo após a pequena introdução “The Call”, a canção “Legions Arise”, um legítimo Heavy Metal 80’s made in USA, já me aprisiona na audição. Uma canção acelerada, com um riff poderoso e o vocal de Tim Baker sendo o mesmo que sempre foi. Só por essa faixa, o álbum já não teria sido um total desperdício. Em seguida, “The Frost Monstreme” dá continuidade ao trabalho em altíssima vibração, mesmo sendo mais cadenciada que a sua antecessora. Os riffs misturam, ao mesmo tempo, tendências sonoras 70’s e 80’s. O guitarrista Jim Barraza esbanja feeling e pegada em seus solos.

Já “The Fire Divine”, por sua vez, prova que o atual álbum do Cirith Ungol agradaria da mesma forma que seus clássicos dos anos 80, caso tivesse sido lançado naquela época. Embora a banda não tenha se fastado durante um único segundo de sua já conhecida personalidade sonora, ela não soou como cover de si mesma.

A canção “Stormbringer” se distingue das demais do disco, já que ela não introduz com um riff, mas sim com dedilhado de guitarra, sendo bem mais lenta e direcionada ao Doom Metal. Além disso, ela tem os solos mais bonitos do disco e uma épica interpretação vocal de Baker. O Heavy/Doom igualmente marca a presença na música “Fractus Promissum”. Os solos com efeito de pedal wah wah são os pontos fortes dessa bela faixa.

CIRITH UNGOL / Reprodução / Facebook

A trinca final

Quase chegando ao fim, “Nightmare” dá inicio a derradeira trinca do full-lenght. Como resultado, um Doom Metal que exala peso, deixando a atmosfera sombria. O modo como Cirith Ungol faz Doom é completamente singular, não possuindo, portanto, semelhanças nítidas com outras bandas. Quase com ares de despedida, “Before Tomorrow” persiste com a pegada das três faixas anteriores, mantendo o ambiente macabro e a audição deleitosa. O álbum encerra com a faixa título, “Forever Black”, brindando a espera daqueles que por quase 30 anos ansiaram por uma nova bolacha da banda, pois ela saiu e não decepcionou.

Em suma, se você é a apreciador de Heavy/Doom Metal, o álbum “Forever Black” do Cirith Ungol é uma audição obrigatória. Certamente, ele permanecerá em sua play list por um bom período.

Nota: 8,7

Integrantes:

Faixas

Redigido por Cristiano“Big Head” Ruiz

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