Tema do Madrugada Metal de hoje: Black Sabbath – Tony Martin, a era injustiçada
Criamos o quadro “Madrugada Metal” para aquelas noites de insônia, para ouvirmos e batermos as cabeças até que o sono venha, no entanto, isso vocês já estão carecas de saber.
Após a saída de Ozzy Osbourne do Black Sabbath, vários vocalistas passaram pela banda, quatro deles deixando belos registros, mas nem todos tiveram o devido reconhecimento por parte dos fãs. Ronnie James Dio, embora conseguira uma nova leva de admiradores surfando na onda da NWOBHM e três discos impecáveis, não obteve a consideração de parte dos fãs da era mais clássica. Já Ian Gillan gravou um full lenght de canções perfeitas, porém com um produção precária. Em relação a Glenn Hughes e ao disco “Seventh Star”, podemos nos referir da mesma forma.
Enfim, temos Tony Martin, que foi o mais longevo dos substitutos de Ozzy, que apesar de seu talento vocal, jamais conquistou o respeito que mereceria. Pelo menos até agora, pois o recente lançamento do pacote “Anno Mundi”, que traz 4 dos 5 álbuns da sua era em versão remasterizada, serviu para fomentar novas opiniões a respeitos dos discos. Dessa forma, elegemos 4 dos 5 para a madrugada de hoje e esperamos que vocês se divirtam muito.

Logo após a saída Glenn Hughes, antes mesmo do fim da turnê de divulgação do “Seventh Star”, Ray Gillen assumiu o seu lugar e ele foi a primeira voz a gravar “The Eternal Idol”. Contudo, ele não permaneceu na banda e foi a partir daí que Tony Martin iniciou sua história no dinossauro britânico. Assim sendo, Martin regravou as vozes e no dia 23 de novembro de 1987, “The Eternal Idol” se encaminhou para as lojas. Ainda que na época, a mídia especializada tenha criticado bastante a “mudança de sonoridade” do Black Sabbath, o disco possui canções épicas e deveria, sim, receber um melhor reconhecimento.
“Headless Cross” (1989)

Enquanto a mídia e os fãs receberam “The Eternal Idol” com certa estranheza inicial, “Headless Cross” foi, desde o início, o mais bem sucedido da era Tony Martin. A sequência inicial de faixas, “The Gates of Hell/Headless Cross”, “Devil And Daughter” e “When Death Calls”, simplesmente, caiu nas graças da galera. Ainda assim podemos considerar que foi pouco em relação a outras fases da banda, talvez pela insuficiente qualidade da produção. Em contrapartida, a presença de Brian May como convidado especial em “When Death Calls” foi um dos fatores que favoreceram a recepção do disco.
“Tyr” (1990)

Em seguida, ou melhor, no ano seguinte, foi a vez de “Tyr”. Por mais que as canções “Anno Mundi (The Vision)” e a balada “Feels Good to Me” fizeram com que o disco valesse à pena. Mas o fator produção, mais uma vez, fez com que o registro recebesse certo menosprezo. Mesmo que, de um modo geral, as músicas sejam audíveis, sua qualidade estava bem abaixo do que já se apresentava na época. Entretanto, o pacote “Anno Mundi” veio para corrigir todas as essas imperfeições e fazer justiça para a era Martin.
“Cross Purposes” (1994)

Para essa última escolha tínhamos “Cross Purposes” e “Forbidden”, desse modo, optamos pelo álbum que saiu em 1994. Mesmo que a remasterização tenha dado uma impressão bem melhor a ambos os discos, a superioridade de “Cross Purposes” e “Forbidden”, por sua vez, ainda se mostra o menos inspirado dos anos, os quais, Tony Martin foi o frontman do Black Sabbath.
Curta esses marcantes discos, nessa madrugada de inverno, mesmo que não esteja fazendo tanto frio assim, e dê uma nova chance a Tony Martin e aos seus discos no Black Sabbath.