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Mayhem: Attila Csihar relata como ficou sabendo da morte de Euronymous

Após 30 anos, o assassinato do guitarrista Euronymous (Mayhem), cometido por Varg Vikernes (Burzum), ainda causa curiosidade e gera polêmica.



Os músicos da cena Metal da Noruega no início dos anos 90 ficaram marcados pelos diversos crimes e tragédias ocorridos. Ao mesmo tempo em que o Black Metal se tornava finalmente um subgênero dentro do Metal, com padrões musicais e alicerces robustos, seus principais desbravadores andavam por caminhos tortuosos.

Foi uma época sombria e, mesmo com toda a relevância oriunda da parte musical daquelas bandas, as ações de seus integrantes jamais devem ser romantizadas.

Em meio a todo aquele caos, alguns músicos estavam apenas de passagem e sequer imaginavam as consequências de tudo aquilo.



Este foi o caso do vocalista Attila Csihar, que relembrou como foi seus primeiros encontros com Euronymous e Varg e também relatou o momento em que ficou sabendo do assassinato de Euronymous.

Reprodução

A recente entrevista foi transcrita pelo Blabbermouth e trouxemos alguns dos principais trechos para vocês:

“É tão louco que isso tenha acontecido há 30 anos. É isso. Eu estou apenas de passagem. O problema é que, pensando bem, estive na Noruega por duas semanas. Morava na casa do Euronymous. Fiquei junto com o Euronymous e com o Varg. Éramos amigos. Eu era um grande amigo do Euronymous. Ele era de longe meu melhor amigo na banda. Ele me contatou e me convidou para cantar no Mayhem. Saímos juntos e conversamos sobre o que deveríamos fazer e o futuro. Também conversamos sobre as ideologias e a direção da música. Ele tinha todas essas ideias.

Adorei sua coleção de discos. Ele tinha essa incrível coleção da Tangerine Dream. Fiquei surpreso que ele gostasse de música eletrônica. Então, quando conheci Varg, ele também gostava de música eletrônica. É uma coisa estranha. Ele gostou da minha banda, Plasma Tool. Esta era a música eletrônica pré-computador. Foi uma era diferente da música eletrônica quando não havia computadores. Isso foi desafiador. Eu amei. Foi um projeto dark electro e Varg adorou.



Euronymous estava muito interessado em eu cantar no disco do Mayhem, mas seu outro interesse era lançar o Tormentor, minha outra banda. Ele achou que era importante lançá-lo, já que não poderíamos lançá-lo na Hungria comunista. Eu trouxe para ele a fita master e o DAT. Então de repente Varg também ficou super interessado. Não sei se já era a competição deles, mas ele chegou e me disse: ‘quero o Plasma Tool, cara. Você precisa liberar isso para mim’. Eu estava tipo, ‘Claro’. Fiquei tão feliz que meu material seria lançado. Estamos falando do início dos anos 90, quando lançar algo era um grande negócio. Não havia CDs. Bem, eles vieram alguns anos antes de tudo isso. Foi difícil conseguir um bom contrato ou qualquer coisa liberada. Conversei com Varg e com Euronymous.

Vou te dizer uma coisa: eles conversaram um pouco um contra o outro comigo. Varg chegou a dizer algo como: ‘você não acha que o outro cara é um pouco estranho?’. Eu fiz uma piada sobre o outro cara e então estávamos rindo. Ao mesmo tempo, Euronymous disse em seguida: ‘você não acha que Varg é estranho?’ Então fiz outra piada (risos). No final, pensei: ‘gente, não sou a porra de um padre. Talvez vocês devessem conversar. Não foi tão ruim assim esses encontros. A situação não parecia tão ruim assim. Houve um pouco de tensão, mas achei que era algo normal e iria passar. Mas isso vinha acontecendo há anos.

Dead havia cometido suicídio. Todos os problemas, todos os incêndios nas igrejas. Foi uma época diferente. Eles ferraram com grupos cristãos e em troca, os grupos cristãos ferraram com a loja do Euronymous, então ela estava cheia de toda essa porcaria de Jesus. Foi outra época. Eles colocaram todo o seu esforço, Euronymous pediu dinheiro emprestado ao pai para pagar o estúdio, Grieghallen, que era caro. Eu fiquei maravilhado. Mas a coisa com Euronymous e Varg, nunca pensei que iria tão longe.

Eu sempre conversei com Euronymous. De repente, chegou o verão. Eu tinha o contato de Euronymous, Blackthorn e Varg. O único telefone que eu não tinha era do baterista Jan Axel. Eu conversava de vez em quando com Euronymous. De repente, não consegui falar com eles mais. Eu estava tipo, ‘tanto faz’, percebi que não conseguia falar com ninguém, mas ainda era verão. Achei que estava tudo bem, talvez eles voltem em setembro e veremos o que acontece. Mas aí chegou outubro e foi aí que eu disse: ‘que porra está acontecendo?’. Eu não estava muito nervoso, mas pensei: ‘o álbum tem que vir’. Foi estranho não termos conversado.



Então um amigo meu veio à minha casa na Hungria. Ele disse: ‘você tocou no Mayhem?’ Eu disse: ‘Sim. Gravei o disco com eles’. Ele disse: ‘acabei de ler as notícias em uma revista de Metal da Hungria. Há uma pequena nota dizendo que o baixista matou o guitarrista’. Eu estava tipo, ‘cara. Você entendeu errado. Não tem nada ver com o baixista ou o guitarrista. Foi o vocalista quem cometeu suicídio’. Aí meu amigo disse: ‘não sei. Isto foi o que eu li’. Ele não tinha a revista em mãos. Eu pensei, ‘não merda. O que é essa besteira? Desci e comprei a revista. Quando li, não pude acreditar no que via’. Então comecei a pensar: ‘merda. Talvez seja por isso que não tenho notícias de ninguém e ninguém me atende (risos).”

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