Em uma entrevista ao Heavy Music, o guitarrista Kiko Loureiro falou sobre o processo de composição do disco “The Sick, The Dying… And The Dead!” e sobre sua participação nele.
Kiko disse:
“No começo, bem no começo, mesmo antes de nos reunirmos em Nashville em 2019, eu estava selecionando riffs. E então às vezes é mais MEGADETH, às vezes não é muito MEGADETH. Então, quando gravo idéias – pode ser uma idéia simples – eu tento rotulá-las, tipo, ‘MD’, isso é mais tipo MEGADETH. Quando eu conheci o Dave, Antes de ir para Nashville, eu estava trazendo algumas ideias e gravando isso com o produtor de forma a apresentar os riffs e idéias de guitarra… A maneira como Dave trabalha com suas idéias, ele meio que as organiza, rotula os riffs, os nomes; ele é bem organizado. Então comecei a trabalhar da mesma forma, colocando minhas ideias com os nomes e os tempos. É assim que Dave organiza suas ideias; ele tem seu jeito. Então coloquei minhas ideias em sua forma de organização com o produtor. Então eu acho que esse é o primeiro passo. Então eu estava trazendo algumas ideias que eu tinha. Eu as gravei novamente. E então estava adicionando mais idéias. todos aqueles riffs de guitarra de ‘Night Stalkers’ ou ‘We’ll Be Back’ e ‘Célebutante’ e ‘Killing Time’ vieram dessas ideias, daquelas ideias que eu trouxe antes de nos reunirmos. E então, quando nos reunimos, começamos a ouvir as ideias e a montá-las e estruturá-las. Dave tinha, é claro, muitas ideias. E então Dirk contribuiu também.”
Ainda sobre o ambiente de composição e concepção do disco, Kiko disse:
“Então foi um bom ambiente. Nós trazemos nossas ideias, mas colocamos nossas ideias da maneira que Dave gosta de organizá-las, o que é muito metódico, o que é muito bom. Então foi uma coisa boa para mim também. Porque ele pensa as músicas em pedaços, em partes. Se eu vou escrever uma música, eu meio que toco uma parte, então eu tento me inspirar com outra. E então essa parte me inspira para a terceira. E eu tento continuar e tento conseguir o mesmo impulso… eu tento sentir a música, sentir a música e tento terminar a música. Dave não trabalha assim. Ele cria uma boa parte, ele para e grava aquela boa parte. Ele não fica tentando para, ‘Oh, qual é a próxima parte deste?’ e se inspirar e tocar para sempre. Ele apenas mantém essa, e depois rotula isso… Ele é muito organizado e metódico. Até músicas como ‘Célebutante’, eu criei uma música assim uma parte após a outra, e depois cortei em pedaços, então é mais fácil de entender também. Então também porque Dave às vezes, ele canta em cima, às vezes ele fica tipo, ‘Oh, vamos colocar um solo em cima disso.’ Então começamos a brincar com essas idéias. Pode ser, tipo, ‘Oh, isso pode ser uma introdução, mas também pode ser um pré-refrão.’ E então você começa a rotular a maneira como sente as partes. É bem interessante. É um pouco diferente do que eu fazia no passado.”