Em 2014, quando o guitarrista Chris Broderick saiu do Megadeth, a justificativa foi que o músico estava partindo “devido a questões artísticas e diferenças musicais.”.
Chris Broderick e Shawn Drover uniram forças e formaram o Act Of Defiance. Apesar de basicamente Thrash Metal, a banda possui sonoridade mais moderna e, talvez por isso, não arrebatou tantos fãs quanto era esperado. Após dois álbuns, um de 2015 assim como um de 2017, o grupo foi colocado na geladeira.
Por sua vez, Broderick continuou sua busca por liberdade criativa. Em 2019, enfim, entrou para o In Flames como músico de turnê para fazer as guitarras base. Após a pandemia, ele se juntou oficialmente à banda substituindo Niclas Engelin.
Em uma nova aparição ao “My 3 Questions To”, com Jonathan Montenegro, Broderick foi questionado se após dez anos desde que deixou o Megadeth, ele, finalmente, encontrou a liberdade artística que tanto queria. Broderick disse:
“Acho que eles, o In Flames, definitivamente, me dão muito mais liberdade porque posso acompanhá-los do meu próprio jeito. acho, porém, que no final do dia eles sempre escreverão um álbum que será musicalmente In Flames. E então serão eles que realmente examinarão o que entrará no disco no final, porque eles são uma das bandas originais com esse tipo de som sueco, e nada que eu pudesse fazer poderia realmente criar isso, eu adoraria acrescentar, e eles já me permitiram para fazer isso, eu adoro isso. Ao mesmo tempo, eles dizem, ‘olha, se você quiser escrever um álbum solo ou algo assim’, eu tenho a oportunidade de fazer isso também.”
Há cerca de sete anos, Chris Broderick concedeu uma entrevista ao site Ultimate-Guitar.com e falou sobre as circunstâncias que levaram à sua decisão de sair do Megadeth. Nesse sentido, ele disse:
“Eu não diria que são necessariamente diferenças artísticas e musicais, mas sim a capacidade de expressar minhas escolhas musicais e artísticas. Todo mundo sabe que o Megadeth é realmente Dave Mustaine e está tudo bem com isso.
Eu sabia que Mustaine era o capitão do navio ao entrar. Mas chega um momento em que você pensa: ‘eu fiz isso e é ótimo, mas sou um músico e artista de coração e eu preciso me expressar de outra maneira. Então, preciso ter essa saída para mim e não apenas fazer isso para apoiar outra pessoa’.”
Opinião Mundo Metal:
No final das contas, sete anos e meio depois de sua saída do Megadeth, os dois discos em que Chris Broderick finalmente expressou suas escolhas musicais e artísticas não renderam bons frutos. Me refiro ao Act Of Defiance.
Em 2024, temos novamente Chris em uma banda que possui dono. Ele toca apenas a guitarra base e diz que está tudo bem.
Analisando friamente, Broderick pode dizer o que quiser, mas foi um péssimo negócio para ele. No Megadeth, sua visibilidade era muito maior, ele todos os solos dos outros guitarristas que passaram pela banda antes dele e ainda dividia a criação e execução dos solos nos discos em que era membro.
A vida é feita de escolhas…