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Metallica: “em algumas vezes podemos ter ido longe demais, mas em outras sentimos que não fomos longe o suficiente”, reflete Lars sobre a carreira da banda

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Uma das grandes bençãos de se tornar uma pessoa mais velha é aprender a olhar para trás de uma maneira crítica, porém, sóbria e madura. Nem tudo que foi feito nos velhos tempos é motivo de orgulho, mas não se pode viver preso a coisas que foram passageiras. No final das contas, tudo serve como lição e somente assim evoluímos. O que passou deixou a sua marca e, certamente, serviu para nos transformar em quem somos hoje.

Muitas bandas de Rock e Heavy Metal passam por momentos de enorme sucesso, depois é a vez daquelas épocas mais conturbadas ou de menor inspiração. Este é um ciclo que se repete algumas vezes até que chega a maturidade e os músicos (quase sempre) entendem seu papel. O Metallica é uma banda que passou por inúmeras mudanças, tanto de postura quanto de sonoridade, lançou trabalhos absolutamente clássicos e outros esquecíveis, mas sempre seguiram em frente.

Um dos membros fundadores do Metallica, o baterista Lars Ulrich, falou com o jornalista japonês Masa Ito, no programa “Rock City”, e comentou um pouco sobre sua visão diante da evolução musical da banda. Ele disse o seguinte:

“Acho que dentro do METALLICA sempre houve um desejo de continuar explorando, seguindo em frente e tentando coisas diferentes. Esta é uma jornada que vem acontecendo há pelo menos 40 anos. Em diferentes momentos dessa jornada, houve mais pedras no caminho e depois essas pedras foram removidas e houve mais exploração e mais curiosidade.

outras vezes nós nos jogamos perto de nossos coletes e ficamos em uma posição mais confortável. Houve momentos em que estivemos fugindo do nosso passado. Houve momentos em que estivemos fazendo exatamente o oposto disso ou pensávamos apenas em fazer algo diferente do que o álbum anterior foi.

Então, em momentos diferentes ao longo de mais de 40 anos, essa jornada ziguezagueia em diferentes extremos, mas sempre tentamos não fazer nada além do que estava em nossos corações e nossas mentes e nossas almas. Tudo foi feito usando o melhor de nossos instintos naquele momento, sempre procuramos fazer a melhor música que representasse o espaço mental e as emoções daquele tempo.

como eu disse, em algumas vezes podemos ter ido longe demais, mas em outras sentimos que não fomos longe o suficiente, mas nunca sentimos uma obrigação para com o nosso passado. Fomos inspirados pelo passado, mas sempre quisemos seguir em frente. E acho que esse disco novo faz parte disso. estou muito orgulhoso desse disco nesse sentido.”

Lars ainda falou um pouco mais sobre essa evolução musical em relação ao novo disco, ’72 Seasons’, lançado no último dia 14 de abril:

“Posso falar sobre isso toda vez que houver um novo álbum. Não sei qual será meu relacionamento com ’72 Seasons’ daqui a um ano, dois anos, cinco anos ou 10 anos a partir de agora, mas sei que neste momento ele é muito bom. Tenho este disco no bolso acho que há seis meses, e quando o ouço soa bom, me sinto muito bem e estou muito orgulhoso dele. estou muito feliz e ansioso para compartilhá-lo com o mundo em toda a sua extensão.”

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