O baterista Lars Ulrich do Metallica é subestimado como músico? Ele é, além de líder, um ditador no Metallica? O tema “líderes ou ditadores?” foi o assunto debatido em uma nova live do canal do crítico musical Regis Tadeu com a participação dos convidados Sérgio Martins e Fábio Cristianini, onde Regis abordou o papel dos líderes de bandas e se existe, de fato, alguma democracia na tomada decisões.
Regis abordou o papel de Lars Ulrich na maior banda de metal de todos os tempos, e Sérgio Martins começou com a seguinte observação:
“Muitas vezes, o líder da banda é o músico menos capacitado. Nós colocamos o Lars Ulrich, é ‘o mais grosso’ do Metallica, mas é o cara que decide tudo.”
Regis emendou elogiando o trabalho de Lars como um “excelente homem de negócios” e que o som do Metallica só se tornou o que é por causa de Lars:
“É o cara que decide tudo. Não é o James Hetfield. Inclusive, temos que tirar o chapéu… Primeiro pelo seguinte: eu acho uma injustiça as pessoas falarem que o Lars Ulrich toca bateria mal. Eu acho isso uma injustiça total. O que ele NÃO é, é um cara técnico. Mas não é um presepeiro. O som do Metallica jamais seria o que é se não fosse pelo Lars Ulrich. E ele é um cara que, com o passar dos anos, demonstrou ser um excelente homem de negócios. Porque todas as iniciativas que você vê do Metallica, desde meet e greet até lançamento de Whiskey, e blá blá, blá. E em termos de marketing o Metallica é quase tão bom quanto o Iron Maiden, ele se mostrou um excelente homem de negócios.”
Um pouco adiante, Sérgio Martins comentou:
“Nós estamos falando do Lars Urich, ‘Ah, o Lars é um cara complicado, ele é o líder.’ Mas foi o Lars que moldou toda a sonoridade do Metallica. Eu li as biografias, e foi o Lars que foi atrás do cara do Hellhammer para saber como é que era era feito, Diamond Head… Como é que é essa sonoridade? Como é que a gente faz? Como não devemos fazer? Então tem isso. O cara é um ditador, mas se não for ele, meu amigo… Não vai para a frente.”