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Morbid Angel: “As pessoas têm períodos curtos de atenção agora, e acho que dez músicas são quase músicas demais para elas absorverem”, diz Steve Tucker

Morbid Angel: "As pessoas têm períodos curtos de atenção agora, e acho que dez músicas são quase músicas demais para elas absorverem", diz Steve Tucker

reprodução

O vocalista/baixista do Morbid Angel, Steve Tucker, refletiu sobre as mudanças na indústria musical no decorrer dos últimos anos e, também observou como o comportamento dos ouvintes também mudou com relação à forma de consumir músicas nos dias de hoje.

Em uma entrevista com o Into The Combine, Steve abordou todas essas transformações, e mencionou como a capacidade de atenção das pessoas está cada vez menor atualmente:

“Parece-me que os tempos estão mudando, cara. A maneira como um álbum é feito e coisas assim podem mudar. Não sei se nos próximos dez anos, as pessoas ainda estarão entrando e fazendo álbuns de dez músicas. Acho que veremos… EPs e singles e coisas assim possivelmente serão os novos formatos.

As pessoas têm períodos curtos de atenção agora, e acho que dez músicas são quase músicas demais para elas absorverem. Talvez cinco? Faça cinco e lance cinco músicas por ano ou algo assim. Parece que seria o suficiente para manter as pessoas felizes que estão procurando por novas músicas, o suficiente para manter a criatividade fluindo e não ficar preso na monotonia de estar [no estúdio] por um longo tempo fazendo um monte de músicas.”

Segundo Steve, a música não é tão valorizada hoje como era antes:

“A música hoje em dia não parece ter um valor muito alto para muitas pessoas. Embora as pessoas estejam constantemente andando por aí com fones de ouvido querendo se divertir, elas simplesmente não querem fazer nenhum esforço para obtê-lo ou [gastar] dinheiro para obtê-lo hoje em dia. Felizmente, com o death metal, muitos fãs querem o produto. Eles querem aquele produto, cara. Eles querem o CD, eles querem segurá-lo em suas mãos. Eles querem o vinil. Na verdade, eu tenho uma fita cassete do [último disco do Morbid Angel] Kingdoms Disdained e eu acho que é foda. É realmente uma pena que esse formato tenha acabado porque isso parece fantástico, sabe? Kingdoms Disdained e eu acho que é foda. É realmente uma pena que esse formato tenha acabado porque isso parece fantástico, sabe?

É muita coisa para filtrar e é tipo, ‘ei cara, gravei isso na minha casa’. Odeio dizer isso, mas muitas vezes consigo ouvir isso. Consigo ouvir que não são baterias de verdade, consigo ouvir que não são amplificadores de verdade. Consigo ouvir esse tipo de coisa. Aprendi por meio de desastres que a produção significa muito. As pessoas esperam a melhor coisa que podem obter assim que conseguem, e tanto quanto conseguem e pelo mínimo que podem pagar. De preferência, nada. Parece que estou reclamando do mundo, mas não estou. Estamos falando da indústria musical, e a indústria musical é uma entidade completamente diferente do resto do mundo.”

O Morbid Angel lançou seu último álbum “Kingdoms Disdained” em dezembro de 2017 pela Silver Lining Music.

Em 2019, Steve Tucker revelou que a banda estava trabalhando em um novo álbum durante uma entrevista à Metal Wani:

“Eu vou mesmo começar a escrever novas músicas, e acho que Trey provavelmente começará a escrever novas músicas também. Provavelmente faremos mais algumas turnês ao longo do ano. Temos algumas coisas que estão sendo comentadas agora, mas nada de concreto. É aquela época. Faz um pouco mais de um ano desde que o último álbum saiu. Eu meio que tenho o desejo e a necessidade de escrever mais algumas músicas. Então, vamos começar a fazer isso e continuar fazendo shows.”

Questionado sobre novas músicas do Morbid Angel em uma entrevista com “That Metal Interview” em março de 2023, ele disse:

“Espero que sim, cara. Estamos com algumas ideias para serem mostradas. No momento, apenas tentando acabar com a porra da ferrugem – voltar e fazer shows e a se acostumar a estar em uma banda. Há muita política social em uma banda. Você tem vários membros e, às vezes, precisa voltar a essa vibração, a esse ritmo e se acostumar a trabalhar juntos e estar juntos novamente.”

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