Vamos relembrar alguns momentos de uma das melhores entrevistas do saudoso Lemmy Kilmister, vocalista, baixista e líder do Motörhead, a Jeb Wright da Classic Rock Revisited em 2008.
Lemmy foi indagado se o fato do Metallica ter chegado ao mainstream e alcançado fama e fortuna de uma forma que nunca aconteceu com o Motörhead, era algo que o incomodava, ele respondeu:
“É só uma questão de sorte; é simples assim. Você tem que estar no lugar certo na hora certa. Chegamos tarde demais para a primeira invasão britânica e cedo demais para a segunda.”
Wright observou que a banda se tornou mais popular na América como Lemmy do que como Motörhead.
“Sou grato pelo que tenho; não estou reclamando. Acho que me tornei popular porque não decepciono as pessoas. A pior coisa é admirar alguém e depois essa pessoa te decepcionar; isso é horrível. Você conhece alguém que acha que vai ser excelente e acaba sendo um completo babaca.”
Sobre não terem embarcado nas “tendências”, ele disse:
“Tendências são besteira. A mais engraçada foi quando tentaram nos fazer cortar o cabelo. Tínhamos um antigo empresário que achava que poderíamos atingir um público muito maior se cortássemos o cabelo. Eu disse: “É isso então, acho que não vamos atingir um público muito maior.”
Lemmy sempre se deu bem com as mulheres, ele contou o segredo para se sair bem nessa área:
“Não pare de falar. Apenas bombardeie-as e seja um cavalheiro. Seja um cara certo, pois as garotas veem muitos caras errados. Eu sempre fui um cavalheiro. Hendrix também era um cavalheiro. Você não imaginaria isso. Hendrix costumava pular e puxar cadeiras para as garotas e eu sempre fui assim também. Existem algumas feministas radicais que diriam que isso é paternalista, mas eu não vejo dessa forma. Eu apenas vejo isso como boas maneiras. Todos os que reclamam são filhos da puta feios que não conseguiriam nenhum encontro de qualquer maneira.”