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MUNDO METAL ENTREVISTA: TODD MICHAEL HALL (RIOT V/USA)

Reprodução/Youtube

Todd Michael Hall, atual vocalista da banda americana de Heavy/Power Metal, Riot, cedeu entrevista ao redator do Mundo Metal, Cristiano Ruiz, falando sobre a sua história com o quinteto, desde que, após a sua entrada, passou a se chamar Riot V. Além disso, Todd falou rapidamente sobre sua carreira solo e sobre a visita que eles farão ao Brasil ainda em 2024. A fim de saber mais a respeito, confira o nosso bate-papo abaixo.

Atualmente, Riot V conta com o seguinte line-up: Don Van Stavern (baixo), Mike Flyntz (guitarra) Frank Gilchriest (bateria), Todd Michael Hall (vocal) e Nick Lee Guitars (guitarra).

Todd Michael Hall – Photo By – Unai Endemaño

Questões:

Antes de mais nada, gostaríamos de parabenizar a banda pelo seus mais recente lançamento, o excelente “Mean Streets”.

Mundo Metal: após longos seis anos de espera, chegou “Mean Streets”, décimo sétimo full lenght da histório do Riot, terceiro desde quando ele passou a se chamar Riot V. Como está a recepção do disco por parte da imprensa especializada e dos fãs?

Riot V (Todd Michael Hall):

“Recebemos muitos comentários excelentes dos fãs e da imprensa. Tocamos três de nossas novas músicas ao vivo e elas estão indo bem, então estamos recebendo um bom feedback dessa forma também. Embora estejamos enraizados na era do power metal dO Riot, queríamos ter um álbum diversificado que mostrasse outros aspectos do legado. Acho interessante que muitas músicas diferentes do álbum tenham sido destacadas como favoritas das pessoas.”

Mundo Metal: de “Unleash the Fire” até “Mean Streets”, ou seja, a partir do momento que você passou a ser o vocalista, como você avalia a evolução do Riot V?

Riot V (Todd Michael Hall):

“Quando entrei na banda e comecei a escrever músicas com eles no outono de 2013, não tínhamos certeza do que as pessoas pensariam se a banda continuasse sem Mark Reale. Donnie Van Stavern escreveu a maior parte da música para ‘Unleash The Fire’, então estávamos enraizados no estilo power metal que ele trouxe para Riot no álbum ‘Thundersteel’. Quando fizemos nossos primeiros shows em fevereiro de 2014, recebemos uma resposta calorosa dos fãs, o que foi muito encorajador. Desse ponto em diante, fizemos o nosso melhor para impulsionar a banda com novas músicas, ao mesmo tempo que honramos o grande legado musical de encarnações anteriores da banda.”

Mundo Metal: como tem sido a turnê de divulgação do atual lançamento, quais são os planos futuros da banda e esses planos incluem o Brasil?

Riot V (Todd Michael Hall):

“As pessoas estão gostando dos clássicos, mas também estamos recebendo uma recepção calorosa por nossas novas músicas. Buscamos fazer muitos shows de divulgação de ‘Mean Streets’. Queremos visitar territórios onde nunca estivemos e outros que não visitamos há algum tempo. Visitamos a América do Sul pela primeira vez em 2016. Estamos entusiasmados em retornar a essa parte do mundo e desta vez visitaremos o Brasil, o Chile e o Peru pela primeira vez, além de retornarmos ao Paraguai, Argentina e Colômbia.”

RIOT V / Divulgação / Facebook

Mundo Metal: como foi para a banda decidir continuar posteriormente ao falecimento de Mark Reale? A mudança do nome para Riot V tem, primordialmente, relação com o direito do uso da marca? Há uma relação próxima dos atuais integrantes do line-up com Mr Reale, pai do Mark?

Riot V (Todd Michael Hall):

“Demorou um pouco para Donnie decidir continuar. Antes da morte prematura de Mark, ele esteve com Donnie e eles escreveriam músicas e discutiriam o futuro da banda. Também se falou em continuar, pois Mark sabia que estava doente. Mike Flyntz (guitarrista) tocou a maior parte das partes de guitarra em ‘Immortal Soul’, porque Mark estava doente demais para tocar. Através de muita reflexão, conversas com o pai de Mark, Tony, e por causa do comentário de Tony de ‘Não deixe a música morrer junto com meu filho’, Donnie e Mike decidiram continuar.”

“Tony Reale queria que a música de seu filho continuasse viva, então ele apoiou a continuidade da banda. Ele não queria que o nome fosse retirado, mas queria algo que significasse a mudança. Donnie e Mike também queriam fazer algo, como sinal de respeito por Mark. O numeral romano V foi adicionado para significar a atual era do Riot, já que eu sou o quinto cantor a passar pela banda. Não há problemas legais porque Tony era dono do nome e o passou para nós, então agora somos os proprietários.”

Mundo Metal: alías, como é carregar uma história com um legado tão grande como a do Riot? Isso, certamente, influencia na hora de compor um disco novo? Em qual momento de sua vida, você conheceu o trabalho musical do Riot?

Riot V (Todd Michael Hall):

“É uma bênção estar na banda e levamos muito a sério o papel de continuar o legado da Riot. Donnie conheceu Mark e começou a tocar com ele no início dos anos 80 e ele era fã dos primeiros álbuns do Riot. Mike começou a tocar ao vivo com a banda em 1989 e apareceu em todos os álbuns desde ‘Nightbreaker’. Por causa de sua longa história com a banda, Donnie e Mike têm um bom entendimento do jeito Riot de fazer as coisas e isso transparece na música que ainda lançamos até hoje.”

“Ouvi falar da Riot pela primeira vez por volta de 1982, quando meu irmão mais velho costumava tocar ‘Swords & Tequila’ com sua banda cover. Mesmo tendo apenas 13 anos, lembro-me de cantar junto a música. Meu irmão também era um grande fã de ‘Restless Breed’ e ‘Thundersteel’, então eu também ouvi muito esses álbuns enquanto crescia.”

Mundo Metal: acreditamos que os set lists do shows contenham, ao mesmo tempo, músicas da nova era do Riot e clássicos antigos da banda. Porém, essa mescla acontece, geralmente, em qual proporção?

Riot V (Todd Michael Hall):

“Donnie foi o principal compositor dos álbuns Thundersteel e Privilege of Power. Mike esteve em todos os álbuns lançados depois desses dois. Se olharmos dessa forma, então 75% ou mais das músicas que tocamos foram escritas enquanto Donnie ou Mike estavam na banda. Em uma recente turnê pela Europa, tocamos 17 músicas, sendo 3 ou 4 das primeiras eras do Riot (antes de Mike e Donnie entrarem na banda) e seis músicas da era Riot V.”

Reprodução

Mundo Metal: quanto a carreira solo de Todd Michael Hall, quando chegará o sucessor do excelente debut “Sonic Healing”, que assim como “Mean Streets” do Riot V, esteve entre os álbuns mais bem avaliados nas resenhas do Mundo Metal?

Riot V (Todd Michael Hall):

“Obrigado por perguntar. Fico feliz em saber que vocês gostaram do ‘Sonic Healing’. Kurdt Vanderhoof (Metal Church) e eu escrevemos outro lote de músicas, então tenho um álbum seguinte, chamado ‘Off The Rails’, que será lançado nos EUA neste outono. Espero que seja lançado no Brasil também.”

Mundo Metal: esse espaço serve para que você avalie a entrevista, fale sobre algo que não perguntamos, da mesma forma para que fique a vontade e diga o que sentir que deve dizer:

Riot V (Todd Michael Hall):

“Obrigado por fazer esta entrevista. Queremos enviar um agradecimento especial (obrigado) a todos os nossos amigos no Brasil. Agradecemos muito o seu apoio e esperamos visitar o Brasil pela primeira vez e tocar ao vivo para vocês em setembro. Certifique-se de vir ao show. Estamos ansiosos para dizer olá pessoalmente.”

Mundo Metal:

Do mesmo modo, nós, do Mundo Metal, estamos muito felizes de saber que Riot V estará por aqui. Esperamos que possamos, realmente, estar presentes a esse evento imperdível.

Entrevistado: Riot V (Todd Michael Hall):
Entrevistador: Cristiano “Big Head” Ruiz

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