- Canção: Praise of Filth
- Álbum: As Gomorrah Burns
- Ano: 2023
- Gravadora: Nuclear Blast
- Banda: Cryptopsy
- Subgênero: Brutal Technical Death Metal
- Localidade: Montréal/Quebec Canada
- Idioma: Inglês
Integrantes:
- Flo Mounier (bateria)
- Christian Donaldson (guitarra)
- Olivier Pinard (baixo)
- Matt McGachy (vocal)
Sobre a música (“Praise of Filth”):
“Praise of Filth” é a oitava faixa do oitavo álbum da banda canadense de Brutal Technical Death Metal, Cryptopsy, “As Gomorrah Burns”, de 2023, que saiu pela Nuclear Blast Records, ao passo que findou um hiato que já durava onze anos, desde o homônimo “Cryptopsy” de 2012.
Sobre a letra:
“Praise the Filth” (“Elogie a Sujeira”, em português) trata de um tema que cresceu junto com a internet, embora ele já existisse antes de outras formas. A letra se refere as pessoas que usam as redes sociais para impressionar e para passar uma impressão falsa sobre si mesmas, com a intenção de conseguir popularidade, ainda que só enganem a si mesmas, pelo menos a grande maioria delas.
“A luz perfeita, o local ideal / Alguns filtros rápidos, outra foto / A intenção focada obtém todos os gostos / A marca é tudo, a marca acerta / Momentos silenciosos cercados por todos / No centro das atenções a vida é exibida alta / A sensação eufórica de fazer conexões / A obsessão contínua de atenção / Outro dia, outro post, meu estilo de vida impecável / Um deus sem brilho ao qual rezo me consumiu inteiro.”
Alguns, ou seja, muitos, querem passar uma imagem de realidade feliz e perfeita, uma utopia em meio ao caos da realidade, ocultando as dores, os problemas e o vazio interior. A depressão é o mal do novo milênio e, dessa forma, as pessoas procuram um caminho, nem que seja artifical, de se sentirem melhor consigo mesmas.
“Outro like, outro seguidor / Não me traz alegria, não me traz esperança / No entanto, eu ainda continuo a agir como ele faz / Mas nada é o que parece, há escuridão por toda parte / Apesar do que eu brilho, esta existência branda está me destruindo / Eu grito sozinho, enquanto sorrio para as massas / Eu coloquei gritos sutis no ar na esperança de que alguém notasse / Qual é o sentido, estou isolado / Preso à vista de todos / Hoje é o dia, eu já estive aqui antes / Eu tenho todos eles bem alinhados, vou sufocá-los / Consistentemente.”
Esse trecho que acabamos de ver é suficiente para sustentar a interpretação proposta, pois nem é tão difícil chegar a tais conclusões obtidas. No trecho final, que está abaixo, quando se menciona, “eu coloquei um saco na minha cabeça”, é na verdade a máscara que se coloca para se esconder a verdadeira vida do mundo real e, principalmente, da realidade nua, crua e vazia de cada um daqules que tem se esconder atrás de tais alegorias, ao ponto de, enfim, ser consumido pela própria dor e vencido pela depressão, chegando ao ponto de desistir da própria existência, de forma a encurtá-la.
“Eu coloquei o saco na minha cabeça / É tão difícil de ver porque estou chorando / Espero que eles se lembrem de mim / Outro para todos os meus chamados amigos /
Outro para todos os meus inimigos / Já é hora de isso acabar, vamos fazer apenas uma última postagem / Enquanto eu desapareço lentamente / O sino continua tocando incessantemente…”
Agora, basta curtir a sonzera que Cryptopsy gravou nesse seu excelente mais recente registro:
“Praise the Filth”
“The perfect light, the ideal spot
A few quick filters, another shotFocused intent gets all the likes
The brand is all, the brand makes right
Silent moments surrounded by all
In the limelight life is showcased tall
The euphoric feeling of making connections
The continuous obsession of attentionAnother day, another post, my flawless lifestyle
A lackluster god to which I pray, has consumed me wholeAnother like, another follower
Brings me no joy, brings me no hope
Yet I still continue to act like it doesBut nothing’s what it seems, there’s darkness everywhere
Despite what I shine, this bland existence is destroying meI scream alone, while I smile for the masses
I put subtle cries in the air in hopes someone will noticeWhat is the point, I am in isolation
Trapped in plain sightToday’s the day, I’ve been here before
I have them all neatly lined up, I’ll choke them down
ConsistentlyI’ve put the bag over my head
It’s so hard to see because I’m weeping
I hope they’ll remember meAnother one for all my so called friends
Another for all my foes
It’s time for this to end, let’s just make one last postAs I slowly fade away
The bell keeps ringing incessantly…”