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O Iron Maiden é uma democracia? Para Bruce Dickinson não!

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Uma das grandes discussões à respeito do direcionamento do Iron Maiden, pelo menos, nos últimos 20 anos, é a respeito da banda ser dirigida com mãos de ferro pelo baixista e membro fundador, Steve Harris.

Muitas críticas dão conta que a atual musicalidade da banda poderia ser mais dinâmica e menos progressiva. Isso só ocorreria caso Harris não se metesse em absolutamente todas as composições (mesmo aquelas em que ele não fez parte da criação).

Para muitos fãs isso não chega a ser um problema. Principalmente, se estamos nos referindo à parcela de fãs que gostam dos trabalhos mais recentes e abraçaram com afinco esta faceta mais branda e experimental.

Já os amantes da era clássica criticam muito os registros atuais e pedem para que Steve Harris se envolva menos com cosas relacionadas a produção. Se possível, que ele não se envolva nada com as composições dos outros integrantes.

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Em meio a opiniões divergentes, teorias, discussões e muita especulação sobre como seriam os reais bastidores do grupo britânico, o vocalista Bruce Dickinson concedeu uma nova entrevista ao programa Global “Conversa com Bial” e, ao ser questionado se o Iron Maiden é uma democracia, revelou o seguinte:

“Uh, em última análise, você não pode ver um time como uma democracia. Um time de futebol não é uma democracia. Você precisa ter um técnico, você precisa de um capitão, você precisa ter um plano de jogo e as pessoas precisam segui-lo. Agora você pode discordar, pode discutir e dar a suas opiniões, porque quando você é apaixonado por alguma coisa, você tem argumentos. Mas às vezes, tem áreas onde o treinador vai dizer: ‘quer saber? Eu não sou o responsável pelo departamento de fisioterapia e se o responsável pelo departamento de fisioterapia me disser que preciso que todo mundo faça isso, isso e isso, será assim’. Então, com o Maiden, nós dividimos as coisas e as coisas parecem funcionar muito naturalmente agora, organicamente, como se Steve Harris realmente fosse o louco responsável por ‘eu vou fazer isso, isso e isso’, e musicalmente, eu digo, tipo, ‘Ok’. Então, eu e Adrian Smith escreveremos coisas, e se servir, ótimo, se não servir, não há problema. Então, é muito legal aprendermos a ser tolerantes um com o outro. Nós convivemos uns com os outros, basicamente, não somos iguais. Todos nós temos interesses diferentes, todos temos atitudes ligeiramente diferentes. Nós não nos conhecíamos desde a infância ou algo assim. Eu provavelmente nunca teria conhecido Steve Harris se não tivesse sido o vocalista do Iron Maiden. Eu nunca teria conhecido Nicko McBrain se ele não fosse o baterista da banda. Mas todos nós crescemos como pessoa juntos. Acabou se tornando uma espécie de família, porque nos toleramos, olhamos uns pelos outros e cuidamos uns dos outros.”

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