Em tempos chatos onde o politicamente correto invadiu o Rock e o Metal ao ponto de pessoas em pleno ano de 2023 se escandalizarem por conta do Motley Crue ter dançarinas no palco “sensualizando”, nos perguntamos várias e várias vezes o que esses tais fiscais de música pensariam quando ouvissem à fundo o conteúdo lírico presente nos discos do Steel Panther.
Em uma nova entrevista concedida ao The Metal Voice do Canadá, Michael Starr, vocalista da polêmica banda de Hard Rock/Glam Metal, Steel Panther, cujas canções contêm o que alguns pseudo-críticos dizem serem letras racistas, machistas, sexistas, misóginas e obscenas, foi questionado se ele e seus companheiros de banda foram afetados de alguma maneira pela tal “cultura do cancelamento”, um termo que descreve os esforços para evitar, silenciar ou desmonetizar pessoas que expressam crenças impopulares ou irreverentes.
Michael Starr comentou o seguinte:
“Não, não mesmo. Quer dizer, eu não quero dizer com tanta certeza, o que quero dizer é que a única resistência que tivemos foi para um plug-in que Satchel (guitarrista do Steel Panther) projetou chamado ‘Pussy Melter’. O site da TC Electronic e uma certa guitarrista viram e ficaram extremamente ofendidos. ela escreveu para a empresa e eles retiraram o plug-in do site porque uma pessoa estava chateada com isso. E assim Satchel surgiu com outra ideia e disse, ‘Por que não fazemos a porra de um pedal de guitarra?’ Então entramos no negócio de pedais de guitarra. Cara, essa coisa voou das prateleiras tão rápido quanto o pensamento. foi tipo assim, as pessoas estavam tentando nos cancelar e então Nós só fizemos uns dez mil deles ou algo assim, apenas um pequeno pedido porque não é fácil conseguir todo esse capital para fazer a quantidade que gostaríamos. Então fizemos, tipo, dez mil e fizemos uma edição limitada e cortamos em um certo número. E vendemos tudo em, tipo, duas semanas. Esta foi uma situação em que alguém tentou nos cancelar e óbvio que o tiro saiu pela culatra para eles.”
Starr continuou dizendo que as pessoas que vão aos shows do Steel Panther estão totalmente cientes do que vão ver nas apresentações:
“As pessoas que vêm aos nossos shows sabem o que esperar, Ninguém sai na rua e diz, ‘Oh, isso parece um show divertido. Eu vou entrar.’ aí essa pessoa compra um ingresso, entra e diz: ‘Oh meu Deus! Estou tão ofendido por eles dizerem ‘foda-se’ ou o que quer que seja. ‘Eles disseram ‘prostituta asiática’. Isso é tão racista.’
As pessoas que vêm aos nossos shows já sabem no que estão se metendo. Elas sabem que estão vindo para um show onde vão rir e ouvir algum humor profano e o politicamente incorreto reina. E se é a primeira vez deles, é porque um amigo os trouxe. E as pessoas estão bem cientes do que está acontecendo. Então, acho que todos estão lá para participar da mesma festa.”
“Nossos shows estão esgotando nesta turnê E eu gosto de atribuir isso à aparência do meu cabelo. Mas não é isso, é claro. É mais como se as pessoas estivessem cansadas de não serem ouvidas ou não poderem falar o que pensam e elas querem algo com que possam contar. elas sabem que podem contar conosco para isso.”
Bem, é bom ver que o verdadeiro espírito do Rock permanece vivo e ele continua perigoso e polêmico. Mesmo que muitos nomes reconhecidos tenham adotado a cartilha do bom mocismo exagerado, todos sabem que o gênero sempre foi confrontador, transgressor e rebelde por natureza. Os que não entenderam isso, na verdade, não entenderam o básico sobre o Rock e, caso você seja um destes, passe muito longe do Steel Panther. Ou as letras podem causar danos severos em seu cérebro. Esteja avisado!
Confira entrevista completa no canal do Youtube :
