O novo álbum do Opeth, “The Last Will And Testament”, tem gerado bastante expectativa nos fãs ao redor do mundo. Não apenas pelo retorno dos vocais guturais de Mikael Åkerfeldt, mas também por conta da temática sombria que envolve o trabalho. Muitos consumidores da música do grupo enxergam estes fatores como positivos e a aposta é que o álbum seja bem mais pesado que os anteriores.
O disco sofreu um atraso em seu lançamento e deve chegar às lojas e streamings no próximo dia 22 de novembro, através do selo Reigning Phoenix Music/ Moderbolaget.
Åkerfeldt concedeu uma nova entrevista ao programa Full Metal Jackie. Entre outras coisas, falou sobre a participação do veterano músico Ian Anderson, do Jethro Tull, no novo trabalho.
Ao que se sabe, Anderson toca flauta nas faixas “§4” e “§7”, mas também faz narrações nas canções “§1” , “§2” , “§4” e “§7”. Mikael Åkerfeldt foi questionado se a participação de Ian tocando flauta foi uma espécie de reflexão tardia, sendo que ele foi procurado apenas para fazer as narrações. O vocalista e guitarrista do Opeth disse o seguinte:
“Não é nenhum grande segredo, se você conhece essa banda, que Ian é uma das maiores influências para mim, e em mais maneiras do que apenas ser um grande músico, o que ele é como compositor, assim como um líder de banda também. Então eu sou um desses caras, que, se eu for no YouTube, eu não verifico o “Fail Army” ou seja lá como for chamado, eu vou para ver entrevistas com pessoas como Ian Anderson, Ritchie Blackmore, Joni Mitchell e coisas assim.
Mas neste caso, as entrevistas de Ian Anderson que eu encontrei, eu apenas pensei que sua voz era, tipo, essa é uma voz que soa muito legal. E uma vez que o aspecto narrativo deste álbum surgiu na minha cabeça, eu pensei em algo como, ‘tem que ser ele’. Então é por isso que eu o procurei. Ele só tinha uma voz foda nesse primeiro ponto. Então eu o coloquei lá, ou pedi para ele fazer isso. E eu acho que ele ficou um pouco surpreso, pelo menos ele me disse que ficou.
Ele realmente disse que era surpreendente que alguém, ao invés de pedir que ele fizesse alguma coisa de flauta, pela qual ele é realmente famoso, é claro, estivesse pedindo para ele apenas falar em um disco. E ele disse, tipo, ‘Não me lembro se já tive essa experiência antes’. Então ele aceitou, e eu fiquei tão feliz, e saiu tudo tão bem. Mas então ele perguntou em um e-mail, tipo, ‘você precisa de uma flauta também?’. E eu disse, tipo, ‘Sim, sim, sim, Ian, eu preciso. Eu preciso de uma flauta’. Mas na época, eu realmente não tinha uma parte para isso.
Eu só sabia que não podia desperdiçar essa oportunidade. Então eu apenas embaralhei as músicas e encontrei essa parte na música chamada ‘Paragraph 4’ que tinha uma seção mais lenta que seria perfeita para ele. Então enviei isso para ele e ele me enviou de volta um solo de flauta incrível.”