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Opeth: para Åkerfeldt, Morbid Angel é a melhor banda do estilo, “David Vincent é melhor que Chuck Schuldiner”

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O guitarrista e vocalista do Opeth, Mikael Åkerfeldt, juntamente com Fredrik Åkesson, guitarrista da banda, concederam uma entrevista a Metal Hammer e relembraram sua introdução ao gênero Death Metal.

Muitas pessoas possuem diferentes histórias e influências, mas é interessante para nós brasileiros perceber que Åkerfeldt menciona o Sepultura como uma de suas portas de entrada. Ele explicou:

“Eu estava bem atrasado com relação ao Death Metal. Eu queria me formar no Thrash e no Speed Metal, realmente, é quase uma evolução, ficando mais e mais pesado. Eu ouvi ‘Schizophrenia’ e ‘Morbid Visions’ do Sepultura, mas por mais que eu ame esses discos, é um pouco desleixado demais!

Ironicamente, foi provavelmente o segundo álbum do Bathory que realmente me ajudou a entrar nesse mundo. Eu não entendi quando saiu, deve ter sido em 87 ou algo assim quando eu o peguei. Ele me assustou pra caramba! Eu achei que era um disco realmente assustador e maligno e tinha uma música assustadora lá chamada ‘Possessed’ onde ele grita, ‘Estou possuído’, e eu pensei que era real mesmo. ‘Meu Deus!’

Há também uma banda sueca de Death Metal chamada Mefisto que era associada ao Bathory naquela época. Um dos amigos de Fredrik tocou guitarra nela, um cara chamado Omar Ahmed que era brilhante. Ouvi a demo deles, ‘The Puzzle’, alguns anos depois de seu lançamento em 86 e achei incrível, musicalidade incrível, soava realmente malvada e apenas ótimas músicas.”

Uma das influências do Opeth foi o Sepultura – Reprodução

Fredrik Åkesson demonstrou ter ingressado no Death Metal através de sonoridades mais tradicionais. O músico era um fã inveterado de Heavy tradicional e adentrou a música extrema mais tarde. Ele contou:

“Conhecemos um cara que morava na rua que curtia muito Venom e até tinha crucifixos invertidos em seus canteiros de flores! Mas o primeiro álbum que eu realmente gostei foi ‘Individual Thought Patterns’, do Death. Eu comprei esse porque Andy LaRocque do King Diamond tocou guitarra nele e eu sou um nerd total de guitarra.”

Os primeiros shows de Mikael também foram mencionados nesta entrevista:

“Fui ver a banda Merciless, pouco antes de eles lançarem seu segundo disco, ‘Realm Of The Dark’. Eles estavam tocando em um clube novo com uma banda chamada Beyond, mas essa é a primeira coisa que me vem à mente. Devo ter visto Entombed pela primeira vez naquela época também. Fiquei impressionado com a camaradagem entre fãs e bandas, quase não havia pessoas lá, mas todos eram muito devotados à música.”

Photo By: Catherine McGann

Quando o assunto mudou para que os músicos nomeassem a melhor banda de Death Metal de todos os tempos, ambos concordaram. Åkerfeldt disse:

“No final das contas, a melhor banda de Death Metal de todos os tempos é o Morbid Angel. ‘Altars Of Madness’ tinha tudo o que eu queria daquele tipo de som, a musicalidade, mas também uma intensidade que eu estava atrás. Além dos melhores vocais de Death Metal que eu já tinha ouvido. David Vincent é melhor que Chuck Schuldiner, e Chuck é foda pra caralho! David Vincent é o rei do Death Metal e eu moldo meus próprios vocais em homenagem a ele.”

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Fredrik acrescentou:

“Eu tenho que concordar com Mikael, Morbid Angel foi a melhor. Eu também amei Domination, e ‘Where The Slime Lives’…

Fizemos uma turnê com o Morbid Angel na época do Domination. Achamos que iríamos arrasá-los no palco com nosso álbum Morningrise, uma mistura de Folk, Rock e Metal. Nem preciso dizer que isso não aconteceu.”

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