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Opeth: “sou um defensor do som humano. É por isso que não sou louco por discos de metal modernos”, diz Mikael Åkerfeldt

Opeth sou um defensor do som humano. É por isso que não sou louco por discos de metal modernos, diz Mikael Åkerfeldt

Photo by by Ekaterina Gorbacheva

Durante uma recente entrevista ao Music Radar, o vocalista do Opeth, Mikael Åkerfeldt, admitiu não ser um grande fã do metal moderno e do modelo de “perfeição” dos discos atuais.

Segundo Åkerfeldt, os discos de metal moderno não soam bem porque “tudo é quantizado até o limite”. Para ele, a “imperfeição” é o que torna um disco “humano”. Há humanidade na imperfeição.

“Sim, e isso é algo que você não vê na demo. Se você ouvir minha demo, ela é perfeita pra caralho, e eu sou – de novo – um defensor do som humano, e é por isso que não sou necessariamente louco por discos de metal modernos, onde tudo é quantizado até o limite, e é perfeito, é computadorizado. Simplesmente não soa certo para mim.”

Ele acrescentou:

“As demos que eu faço são assim. É bom ter um modelo perfeito e então você meio que fode um pouco quando grava, e ele se torna um disco com som humano no final.”

A discussão se deu quando Åkerfeldt falava sobre seu solo na faixa “Paragraph Six” do próximo 14º álbum de estúdio do Opeth, “The Last Will and Testament”. Mikael afirmou que é o único solo que ele não regravou das fitas demo. Ele gravou o solo usando uma Telecaster e um amplificador virtual. O resultado, para ele, ficou bastante satisfatório.

Sobre seu retorno aos vocais guturais, que empolgou os fãs mais antigos da banda quando ouviram o single “§1”, ele disse:

“Eu queria experimentar. Eu estava pensando, e nós estávamos conversando na banda que deveríamos, talvez pudéssemos tentar e ver o que acontece se escrevermos algo um pouco mais pesado. E eu senti que queria tentar e ver se eu poderia escrever música e encaixar esse tipo de vocal em uma música nova. E eu não fazia isso há muitos anos… Já faz um tempo. Então eu escrevi algumas partes e tentei os vocais de Death Metal, e soou incrível. Além disso, também forneceu uma voz diferente para esse personagem na história. Tornou-se um trunfo que eu realmente não precisava, nos últimos quatro álbuns. Mas agora era um trunfo que realmente poderia ser benéfico para todo o conceito, para todo o disco. Soou incrível também. Estou feliz.”

O novo álbum do Opeth, “The Last Will and Testament”, será lançado em 22 de novembro pela Reigning Phoenix Music.

Faixas:

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