Na noite de ontem, 16 de abril, Brasília se transformou na capital do Rock ao receber a primeira edição do festival Arena Of Rock. O evento reuniu lendas do Rock e do Heavy Metal mundial na Arena BRB Mané Garrincha. O lineup de peso foi formado por Scorpions, Judas Priest, Europe e Kisser Clan, projeto brasileiro do guitarrista do Sepultura, Andreas Kisser, junto de seu filho Yohan.
O evento atraiu milhares de fãs sedentos por riffs poderosos, grandes hits, momentos inesquecíveis e performances marcantes. A noite prometeu e entregou um espetáculo altamente nostálgico e repleto de muita paixão pelo Rock. Provavelmente, o Arena Of Rock ficará marcado na história da região e os brasilienses esperam que a cidade se torne um novo polo para grandes festivais do gênero.
A atmosfera em Brasília foi eletrizante, com o público vibrando desde a abertura dos portões, às 16h, até os acordes finais do show de encerramento. O Arena Of Rock não foi apenas uma celebração da música, mas também um encontro de gerações, unindo fãs que cresceram com os hinos dos anos 80 e novos admiradores do Rock e Metal clássico. A escolha da capital como palco para esse evento reforça o potencial de Brasília para sediar festivais de grande porte, trazendo nomes icônicos e atraindo visitantes de outras regiões do Brasil e até do exterior.
Para os presentes, a noite de ontem foi mais do que um show: foi uma experiência completa. O festival, que compartilha atrações com o Monsters Of Rock2025, a ser realizado em São Paulo no dia 19 de abril no Allianz Parque, colocou Brasília no mapa dos grandes eventos musicais da América do Sul. Abaixo estão os setlists das principais bandas que fizeram o público delirar na capital federal.
Europe
Photo: Per Ole Hagen/Redferns/ Getty Image
O show do Europe foi uma celebração dos seus 40 anos de carreira. Os presentes relataram uma performance nostálgica e cheia de energia. O grupo é liderado pelo carismático vocalista Joey Tempest, responsável pela interação com a plateia. Aliada à já conhecida performance do vocalista, podemos destacar a precisão instrumental de John Norum (guitarra), Mic Michaeli (teclados), John Levén (baixo) e Ian Haugland (bateria).
A banda entregou um setlist que mesclou clássicos atemporais como “The Final Countdown”, “Carrie” e “Rock the Night” com faixas mais recentes, destacando sua evolução sonora rumo ao Blues Rock visto no álbum “Walk The Earth” (2018). Veja o setlist:
Intro
Rock the Night
Walk The Earth
Scream of Anger
Sign of the Times
Hold Your Head Up
Carrie
Stormwind
Ready or Not
Superstitious
Cherokee
Drum Solo
The Final Countdown
Judas Priest:
Photo: Jason Kempin
Ao contrário do que era esperado, o Judas Priest não deu início a sua turnê “Shield Of Pain” no show realizado no Arena Of Rock. Sem homenagens ao clássico disco “Painkiller” (1990), que completa 35 anos em 2025 e terá uma série de shows temáticos, o Priest seguiu promovendo seu 19º álbum, “Invincible Shield” (2024), enquanto revisitou hinos atemporais como “Breaking The Law”, “You’ve Got Another Thing Comin'”, “Victim Of Changes”, “Electric Eye” e “Hell Bent For Leather” — esta última com direito a entrada triunfal de Halford pilotando sua Harley-Davidson, momento que obviamente incendiou a plateia.
A formação atual conta com Rob Halford (vocal), Richie Faulkner e Andy Sneap (guitarras), Ian Hill (baixo) e Scott Travis. Destaque para a já conhecida potência vocal de Halford, no auge dos seus 73 anos e ainda representado de forma extremamente digna o legado da banda. O setlist foi:
Panic Attack
You’ve Got Another Thing Comin’
Rapid Fire
Breaking The Law
Riding On The Wind
Love Bites
Devil’s Child
Saints In Hell
Crown Of Horns
Sinner
Turbo Lover
Invincible Shield
Victim Of Changes
The Green Manalishi (With the Two Prong Crown)
Painkiller
Encore:
The Hellion/Electric Eye
Hell Bent For Leather
Living After Midnight
Scorpions
Photo: Frank Dunnhaupt
Uma celebração monumental dos 60 anos de carreira da lendária banda alemã foi a responsável por fechar uma noite que coroou os alemães na capital federal. Klaus Meine (vocal), Rudolf Schenker e Matthias Jabs (guitarras), acompanhados por Pawel Maciwoda (baixo) e Mikkey Dee (bateria), entregaram um setlist que equilibrou hinos atemporais como “Wind Of Change”, “Blackout”, “Big City Nights”, “The Zoo” e “Rock You Like A Hurricane”. Apenas uma menção ao álbum mais recente, “Rock Believer” (2022), foi feita, com a execução de “Gas In The Tank”. A estranheza ficou por conta da ausência de “Still Loving You”.
A energia contagiante de Meine, aos 76 anos, e os solos virtuosos de Jabs e Schenker elevaram a atmosfera, com o público cantando em uníssono e vibrando com a conexão emocional da banda, que reforçou sua paixão pelo Brasil. Podemos cravar que a primeira edição do festival foi encerrada com um espetáculo inesquecível. O setlist foi:
Coming Home
Gas In The Tank
Make It Real
The Zoo
Coast To Coast
Top Of The Bill/ Steamrock Fever/ Speedy’s Coming/ Catch Your Train
Bad Boys Running Wild
Delicate Dance
Send Me An Angel
Wind Of Change
Loving You Sunday Morning
I’m Leaving You
Bass Solo
Drum Solo
Tease Me Please Me
Big City Nights
Encore:
Blackout
Rock You Like A Hurricane
Quer saber mais sobre o Monsters Of Rock que acontecerá no próximo sábado, dia 19 de abril, em São Paulo? Acesse a matéria abaixo:
A banda belga de Death Metal, Aborted, demitiu “com efeito imediato” o baterista de longa data Ken Bedene. O substituto será Kevin Paradis (ex-Benighted). A banda emitiu um comunicado através de suas redes sociais sem entrar em detalhes sobre o motivo pelo qual decidiu demitir o baterista após 15 anos.
Veja a declaração:
“Com efeito imediato Ken Bedene não é mais um membro do Aborted. A próxima turnê europeia está a avançar como planeado, com os deveres de explosão a serem tratados por ninguém menos que Kevin Paradis.”
No post do Aborted, alguns fãs falaram sobre rumores de que Bedene estaria interagindo online com menores e enviando conteúdos inapropriados.
Outro detalhe observado pelos fãs do Aborted é que Bedene deletou sua conta no Instagram.
Desde 2018 em atividade, o Notörious usa a fama de seu país de origem a seu favor de um jeito inusitado. Se para muitos fãs, a Noruega é tida como principal berço do Black Metal, o quarteto resolveu fazer uma brincadeira com o estilo extremo e fundou o True Norwegian Glam Metal.
Poderia ser algo engraçadinho e nada mais, só que o Notörious é uma ótima banda de Hard Rock/Glam Metal. Sendo assim, tudo muda de figura e precisamos dar os louros para quem os merece. Após a chegada do impactante debut “Glamorized” em 2020 e do excelente “Marching On”, apresentado em janeiro do ano passado, os caras vem trabalhando forte para aprontar seu próximo lançamento.
E o sucessor de “Marching On” está realmente chegando. O single “Shout Out For Love” está disponível para audição e isto significa que um novo EP autointitulado deverá chegar às lojas e plataformas de streaming no próximo dia 1 de agosto. Ouça:
Extremamente bem recebido, “Marching On” teve ótimas avaliações em sites internacionais de renome. Por aqui, ele frequentou a nossa lista de melhores discos de Hard Rock lançados em 2024. Confira o ranking completo clicando AQUI.
Geralmente, bandas clássicas tem problemas quando resolvem trocar de vocalista. Os fãs demoram para aceitar e, em muitos casos, os novos integrantes jamais conseguem criar um vínculo duradouro. Vide o caso de Blaze Bayley no Iron Maiden.
Com Tim “Ripper” Owens foi um pouco diferente, já que o vocalista apresentava performances ao vivo realmente matadoras. Contudo, os discos que ele gravou com o Judas Priest dividiram a opinião dos fãs e, mesmo tendo conquistado muitos admiradores com o passar dos anos, o lendário grupo britânico jamais executou qualquer música da era Owens desde que Rob Halford retornou.
Em uma nova entrevista a Andrés Durán do El Expreso Del Rock, o baterista Scott Travis falou justamente sobre este assunto. Questionado sobre a ausência de faixas dos álbuns “Jugulator” e “Demolition”, ele disse que trata-se de um posicionamento de Rob:
“Eu só acho que não é algo que Rob Halford realmente queira fazer, e eu entendo isso totalmente. E a outra coisa é que, com o Judas Priest, temos tantas músicas ótimas para tocar que é impossível conseguir tocar todas. Você sabe, nos shows sempre teremos que tocar ‘[You’ve Got] Another Thing Comin”, ‘Living After Midnight’, ‘Breaking The Law’, ‘[The] Green Manalishi [With the Two Pronged Crown]’, ‘Victim Of Changes’ — você sempre terá que tocar esses clássicos. Porque se você não toca esses, as pessoas gritam: ‘Por que você não tocou essa ou aquela música?’ Então você tem que fazer isso, e aí você só tem um tempo limitado para encaixar as outras músicas durante um set ao vivo. Para ser sincero, simplesmente, não há tempo. Decidimos não mexer nisso.”
Tim “Ripper” Owens comentou o fato do Judas Priest jamais ter tocado qualquer música gravada por ele depois do retorno de Rob Halford à banda. Na época, em 2021, Tim estava concedendo uma entrevista a Pierre Gutiérrez, do Rock Talks, e resolveu desabafar:
“Na verdade, não acho que faça sentido que eles não toquem músicas da minha época. Quer dizer, era o Judas Priest. Olha, você está comemorando 50 anos do Judas Priest, mas está deixando de fora 10 anos. A questão é que o Rob soaria tão incrível cantando aquelas músicas… Você consegue imaginar o Rob cantando ‘Burn In Hell’? Puta merda, soaria fantástico. Então, não há nada de errado em colocar uma música como ‘Burn In Hell’ em um setlist. Eu simplesmente não sei. Mas eles têm um ótimo setlist para tocar agora, então é muito incrível ver isso.
É incrível que o Judas Priest nunca tenha feito isso. Eles nem sempre precisam fazer isso, mas é incrível que nunca tenham feito. Quer dizer, o Rob supostamente nunca ouviu a minha era do Judas Priest, e está tudo bem, porque eu nunca ouvi nada solo dele também, exceto o Fight, então estamos meio que quites. Depois de Fight eu também não ouvi nada dele, então está tudo bem.
Quando eu estava no Judas Priest, eu não ouvia muita coisa, então eu realmente não ouvia as coisas do Halford — a menos que alguém as tivesse tocando em algum lugar que eu estava. E eu adoro o Rob — o Rob é um amigo, um mentor e um ídolo. Rob Halford e Ronnie James Dio são os dois caras que realmente me inspiraram. Então, não é nada contra ele, na verdade. Não é que eu não quisesse ouvir o trabalho solo dele; eu simplesmente nunca ouvi. Era meio que: ‘Estou no Judas Priest. Não preciso’. Mas depois que saí, ouvi os discos do Judas Priest. Gostando ou não, eu os ouvia.”
No mesmo ano, Halford havia comentado que nunca tinha sequer ouvido os álbuns gravados por Tim “Ripper” Owens:
“Não. Ainda não ouvi. Pode parecer egoísmo, mas como não sou eu quem está cantando, não me sinto atraído. Pareço um babaca, mas simplesmente não estou interessado. E isso não é desrespeito ao Ripper, porque ele é meu amigo.
Eu o conheci quando a banda passou por Ohio, e Tim veio ao show. Foi constrangedor? Nem um pouco. Nos abraçamos. Ele é um grande fã do Priest, e quando surgiu a oportunidade de eu voltar, ele disse: ‘Parabéns, é ótimo. Estou feliz pela banda, estou feliz pelo Rob’. Eu respeito a qualidade dele; ele é um ótimo cantor.”
Os dois discos gravados por Tim “Ripper” Owens não estão disponíveis para audição em plataformas extremamente populares como Spotify e Deezer, assim como o vocalista não foi chamado para a introdução do Judas Priest no Rock And Roll Hall Of Fame, em 2022.
O lendário guitarrista Brian Tatler (Diamond Head), concedeu uma nova entrevista aoPowerOfMetal.cle, foi questionado sua entrada no Saxon em 2023, para substituir o também lendário guitarrista/fundadorPaul Quinn, e como está sendo fazer shows com o Saxon:
“Tem sido brilhante. Recebi a ligação em março de 2023, então já faz pouco mais de dois anos. E tem sido fantástico. Fizemos muitos shows — fomos para a América do Sul, fomos para os EUA e por toda a Europa — e fizemos o álbum ‘Hell, Fire And Damnation’ de 2024 também, e tocamos em alguns festivais enormes, como o Hellfest. E está indo muito bem. Então, estou realmente me divertindo. É uma ótima pausa para chegar na minha idade. [Risos]”
Sobre o mais recente álbum “Hell, Fire And Damnation”, o guitarrista disse que sente orgulhoso por ter participado da composição, e elogiou o trabalho do produtor Andy Sneap:
“Eu gosto. É um ótimo álbum. Estou muito orgulhoso de fazer parte do álbum do Saxon e de me envolver na composição. E acho que soa ótimo. Eu nunca tinha trabalhado com [o produtor] Andy Sneap antes, embora eu o conhecesse e tivéssemos feito shows no passado com [sua antiga banda] Sabbat, e eu sei que ele estava no Hell. E então, é claro, quando ele se juntou ao Judas Priest, eu o contatei e o parabenizei. Então eu conheço o Andy, mas nunca tinha gravado com ele. E fiquei muito impressionado. Achei que ele fez um trabalho fantástico, e acho que o álbum soa incrível.”
Ele acrescentou:
“Assim que entrei, comecei a aprender [o material do Saxon] — eles me enviaram um repertório, que eu comecei a aprender, mas talvez depois de um mês ou mais, Biff ligou e disse: ‘Estamos fazendo um novo álbum, então se vocês tiverem alguma ideia, mandem’. E foi exatamente isso que eu fiz, e ele escolheu algumas de que gostou, e então trabalhamos nelas juntos, e então eventualmente ensaiamos com a banda e selecionamos as que seriam para o álbum. Então, sim, foi muito lisonjeiro ser incluído na composição tão rapidamente.”
Sobre os planos do Saxon para um futuro próximo, Tatler disse:
“Estou sempre tentando compor material novo e faço demos quando estou em casa. E mesmo quando estou em turnê, pratico e aqueço antes de um show. E se eu tiver um riff, gravo no meu celular, como provavelmente muita gente faz. E há rumores de que o Saxon fará outro álbum. Acho que o Biff mencionou que será no ano que vem, é claro — provavelmente no final do ano que vem. Mas em algum momento, talvez nos intervalos [das turnês], nos reuniremos e tentaremos criar material para o próximo disco.”
A banda polonesa de Death Metal, Vader, irá lançar um novo EP de três faixas inéditas intitulado “Humanihility”, no dia 30 de maio. A banda compartilhou a faixa “Unbending”, que será o hino oficialMystic Festivalda Polônia este ano. .
As três faixas foram produzidas por Scott Atkins no Grindstone Studio, Reino Unido. A arte de capa é de Marcelo Vasco (Dark Funeral, Testament, Slayer).
Além disso, “Humanihility” marca a primeira gravação da banda como um quinteto com o retorno do guitarrista Mauser, além do novo baterista Michael, o vocalista/guitarrista Peter, o baixista Hal e guitarrista de longa data Spider.
Ouça a nova música:
Atualmente, o Vader está em uma turnê europeia com os convidados Rise Of Kronos e Skaphos.
Faixas:
1. Genocide Designed 2. Rampage 3. Unbending (Hino do Mystic Festival 2025)
Na noite do último dia 14, o Napalm Death se apresentou em no Teatro Rialto, em Tucson, Arizona, sem o vocalista Mark “Barney” Greenway, ausente por motivos de saúde.
No dia seguinte (15), Barney compartilhou uma mensagem com os fãs através do Facebook para explicar o ocorrido:
“Olá a todos, minhas sinceras desculpas a quem veio ao show em Tucson ontem à noite. Contraí uma infecção intestinal misteriosa pela manhã e senti um desconforto tão grande que não consegui nem cantar algumas linhas ontem à noite. Nunca é bom perder shows, mas os outros caras se esforçaram mais do que o normal. Desculpem novamente. Muito amor.”
Depois, a banda acrescentou um comentário sobre a saúde do vocalista:
” Barney está melhor agora… Nunca é fácil nessas situações. Esta noite estamos de volta aos trilhos. Obrigado pela compreensão”.
O vocalista do Exodus, Rob Dukes, abordou o andamento das sessões de composição e gravação do próximo álbum, sucessor de “Persona Non Grata”, de 2021. Dukes foi reintegrado à banda recentemente após a demissão de Steve “Zetro” Souza.
Veja o que disse Rob Dukes em uma nova entrevista com Nikki Blakk:
“Estamos gravando os vocais agora. Bem, eles estão praticamente fazendo tudo, então eles fizeram a bateria e algumas guitarras e estão fazendo os ritmos e tudo mais. E então eu e Jack, ele fazendo o baixo, nós meio que alternamos dias e dias, porque eu só consigo ficar por duas ou três horas e então estou meio exausto pelo dia até o dia seguinte.”
Dukes revelou que o novo álbum terá 11 faixas e que será “muito pesado”:
“São 11. E é pesado pra caramba, cara. Quer dizer, é pesado pra caramba, sombrio e maneiro. Mas o que me surpreendeu foi que tinha um pouco de rock estilo Motörhead. Eu pensei: ‘Ah, maneiro, cara. Isso é um pouco diferente do normal.’ Foi muito maneiro. E então eu pude sair um pouco da caixa, o que é legal. É bem maneiro. Um bom desafio.”
Abordando o som do novo disco, Dukes disse que “tem elementos de tudo”, mas soa como Exodus:
“Bem, o Exodus sempre vai soar como o Exodus porque eles não soam como ninguém mais. E isso é só Gary, e Lee. A maneira como eles fazem as coisas é simplesmente diferente.
Eu realmente não consigo comparar com mais nada, mas tem elementos de tudo, mas eles também saíram desses elementos e estão fazendo algumas coisas que eu fico tipo, ‘Uau, isso é novidade pra caramba. Tudo bem, legal. É, tô dentro.’ Sabe o que eu quero dizer?. E vai ser legal, cara. E não tira o peso da coisa nem nada. É só um pouquinho diferente, mas é legal pra caramba.”
“Bem, como você disse, já faz 20 anos desde o seu lançamento. E ‘The Black Halo’ é, sem dúvida, possivelmente o álbum mais importante do meu catálogo. Então, senti que era o momento certo para fazer algum tipo de celebração em conexão com o 20º aniversário. E é isso que faremos em São Paulo no dia 5 de julho.”
Segundo Roy Khan, “The Black Halo” resistiu ao teste do tempo:
“Acho que foi em uma fase muito importante do desenvolvimento da banda, tanto como grupo quanto como integrantes individualmente. Era a hora certa. Houve algumas novas colaborações. Foi o primeiro disco que gravamos com a SPV , então tínhamos um bom orçamento e podíamos fazer o que quiséssemos. Podíamos testar nossas próprias coisas, desmontá-las em estúdio e reconstruí-las. Tínhamos os recursos financeiros para fazer as coisas direito. E acho que a letra tocou em algum ponto sensível com o qual muitas pessoas podem se identificar. Mas, acima de tudo, acho que é um grupo de pessoas que se uniram e conseguiram criar algo realmente maior do que a soma de todas elas. E ‘The Black Halo’ definitivamente resistiu ao teste do tempo. Quer dizer, o álbum é um clássico do gênero.”
Sobre o seu atual relacionamento com seus ex-colegas de banda, Roy disse que ainda tem contato com Thomas Youngblood e CaseyGrillo:
“Thomas e eu conversamos por telefone de vez em quando. Nós meio que precisamos fazer isso, porque ainda temos negócios juntos que precisamos resolver. Eu também converso com Casey de vez em quando. Quer dizer, eu conversei com ele algumas semanas atrás quando ele estava na Noruega com o Queensrÿche. Então, sim, nós mantemos contato.”
Quando indagado sobre a possibilidade de uma reunião para um um show especial, Roy revelou eles têm coversado sobre o assunto:
“Temos conversado sobre isso, mas há muitas coisas que precisam acontecer para que algo assim aconteça. O Kamelot, com a formação atual, precisa de tempo para que Thomas faça algo diferente. Eu tenho minha agenda. Mas, como ponto de partida, tanto Thomas quanto eu estamos abertos a fazer algo em algum momento, eu acho. Mas quem vai fazer o quê? Onde vai acontecer? Quando? Finanças. Quem vai fazer o quê? Tantas coisas precisam ser resolvidas. A logística está… sim. Mas veremos.”
No próximo dia 19 de abril, no sábado, acontecerá a edição comemorativa de 30 anos do festival Monsters Of Rock. O evento foi organizado e produzido pela Mercury Concerts, que confirmou nomes mais do que tarimbados da cena Rock e Metal para a 8ª edição do fest no Brasil.
Quem comparecer ao Allianz Parque, na cidade de São Paulo, irá conferir nada menos que 7 apresentações de artistas dos mais diversos nichos dentro da música pesada. Foram confirmados os seguintes nomes: Stratovarius, Opeth, Queensrÿche, Savatage, Europe, Judas Priest e Scorpions.
Sem dúvida, um lineup de encher os olhos, principalmente, para quem tem um apego especial aos grandes dinossauros e grupos já renomados. Mas a pergunta que devemos nos fazer é: vale a pena ir ao Allianz e ver todos estes shows?
Para responder a este questionamento precisamos entender como estão cada uma destas bandas atualmente. O momento de cada grupo é importante para que o amigo leitor entenda o que esperar das performances. Sendo assim, vamos te ajudar nesta missão e apresentar uma projeção de cada um dos shows nos baseando nas últimas notícias, últimos setlists tocados e declarações de integrantes de cada uma das sete bandas do cast.
Vem com a gente!
Shows no Monsters Of Rock
Local do evento: Allianz Parque
Particularmente, gosto bastante de assistir shows no Allianz. O local é situado em uma região fácil de chegar, próximo a grandes avenidas, estações de metrô e, com bons hotéis (dos mais variados preços) para quem vem de longe e necessita de hospedagem.
O estádio é grande, confortável e com fácil acesso a banheiros, comida e bebida. Em praticamente todos os locais o espectador irá conseguir assistir aos shows com certa qualidade. As melhores escolhas são, sem dúvida, a pista premium e a cadeira inferior, onde consegue-se ter uma melhor visão do palco. Para quem adora a experiência de show ao vivo e gosta de estar no meio da galera, vá de pista premium, para quem não gosta de empurra-empurra ou possui algum tipo de limitação física, escolha cadeira inferior.
É claro que os preços destes ingressos são mais altos, sendo assim, se você não está podendo gastar muito, mas não quer deixar de prestigiar, a cadeira superior é uma boa pedida. Apesar de ficar um pouco mais distante do palco, ainda é possível ver os shows com qualidade e os telões ajudam bastante na função de não deixar você perder um só detalhe do seu artista favorito.
A pista comum é a única modalidade de ingresso que não recomendo, a não ser que seja realmente a única opção. Com o advento das pistas premium, o espaço destinado a pista comum já começa numa distância grande do palco e quem não conseguir ou não puder ficar próximo à grade, irá assistir o show pelo telão e de longe.
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Stratovarius
Crédito: Survive Pressphoto – Jarmo Katila
Os finlandeses do Stratovarius são conhecidos por conta de sua excepcional fase vivida entre meados dos anos 90 e início dos anos 2000. Da formação clássica que gravou obras do porte de “Episode” (1996), “Visions” (1997), “Destiny” (1998), “Infinite” (2000) e os dois “Elements” (2003), somente o vocalista Timo Kotipelto e o tecladista Jens Johansson ainda permanecem na banda.
O grupo apostou em uma sonoridade um pouco mais moderna em seu último trabalho de estúdio, “Survive” (2022), mas ao vivo apresenta uma mescla entre canções mais novas e grandes clássicos. Nos últimos festivais, isto é, em ocasiões onde o tempo de show é menor, a banda escolheu focar nos grandes hinos.
Esperem por faixas obrigatórias como “Black Diamond”, “Will The Sun Rise?”, “Paradise” e “Hunting High And Low”, mas não se surpreendam se aparecerem no set coisas como “Visions (Southern Cross)”, “Eternity”, “Forever Free” e outras. Eles inclusive tocaram estas nos shows mais recentes.
Opeth
Reprodução/Divulgação
Os suecos do Opeth são conhecidos por possuírem fases distintas em sua discografia. Enquanto os álbuns mais antigos trazem uma sonoridade mais crua, pesada e direta, os trabalhos intermediários são caracterizados pela técnica apuradíssima, várias mudanças rítmicas e alternâncias entre vocais guturais e limpos.
Em discos mais recentes, a banda mergulhou no Prog Metal, abandonando vocais guturais e tornando sua musicalidade cada vez mais palatável ao grande público. No entanto, o último lançamento de Mikael Åkerfeldt e seus comparsas, o bem avaliado “The Last Will And Testament” (2024), trouxe novamente o peso e os vocais de Death Metal.
Em shows recentes, o quinteto tem tocado pelo menos três músicas do novo material (“§1”, “§7” e “§3”). As indispensáveis “Deliverance” e “Sorceress” estão sempre presentes, mas é comum ouvirmos “The Leper Affinity”, do emblemático “Blackwater Park” (2001) e “Ghost Of Perdition”, presente em outro álbum aclamado pelos fãs, “Ghost Reveries” (2005).
Queensrÿche
Credito: Silly Robot Studios
Os norte americanos do Queensrÿche são uma das grandes incógnitas do festival. Com apenas o guitarrista Michael Wilton e o baixista Eddie Jackson representando a formação clássica, o grupo vem subindo de produção em seus últimos 3 discos de estúdio – desde a entrada do mega-competente vocalista Todd La Torre. Contudo, ainda não emplacaram uma obra realmente à altura de seus grandes clássicos.
Acredita-se que o quinteto não deverá fugir do óbvio e foque em faixas presentes nos seus registros mais aclamados como “The Warning” (1984), “Rage For Order” (1986), “Operation: Mindcrime” (1988) e “Empire” (1990). Mas caso os músicos escolham trazer faixas mais recentes, inevitavelmente, podem acabar proporcionando um show morno.
Embora as performances ao vivo estejam afiadíssimas, fica a dúvida sobre o setlist. Nos últimos shows, inclusive, os realizados em festivais, o Queensrÿche tem tocado composições seminais como “Eyes Of A Stranger”, “Queen Of The Reich”, “The Needle Lies” e “I Don’t Believe In Love”. Algumas que tem entrado e saído do repertório dependendo da ocasião são “Silent Lucidity”, “The Mission”, “Empire” e “Jet City Woman”. Fica a torcida para que seja algo nesta linha.
Savatage
Photo: Bob Carey
Os norte americanos do Savatage farão a sua primeira aparição ao vivo desde o anuncio do retorno às atividades no ano passado. O local escolhido foi o festival Monsters Of Rock e, dessa forma, esta talvez seja a banda do cast que carrega maior expectativa dos fãs.
Sem o vocalista, tecladista, compositor e membro fundador, Jon Oliva, com problemas de saúde, o Savatage trará para este show uma formação muito parecida com aquela que gravou os últimos trabalhos do grupo no final dos anos 90. Oliva, apesar de não estar presente no palco, está à frente de toda a preparação, detalhes e, até mesmo, na escolha do setlist. O Mountain King esteve nos ensaios e tem assumido uma função quase de diretor e produtor da banda.
Como este será o primeiro show em 10 anos, não existem performances atuais para nos basearmos, mas conhecendo à fundo a discografia e acompanhando praticamente todas as entrevistas mais recentes, pode apostar as suas fichas que o Savatage irá executar diversas canções da fase Zak Stevens. Certamente, haverá composições como “Edge Of Thorns”, “Dead Winter Dead”, “The Wake Of Magellan” e “Chance”. Por outro lado, não existe possibilidade de um show da banda sem conter hinos máximos como “Jesus Saves”, “Sirens”, “Gutter Ballet” e “Hall Of The Mountain King”.
Ainda apostamos que no meio destas músicas, apareçam algumas surpresas. Talvez um telão com alguma participação de Jon Oliva ou uma homenagem ao saudoso guitarrista Criss Oliva, falecido em 1993, são possibilidades. Vamos aguardar!
Europe
Reprodução/Divulgação
Os suecos do Europe estão em atividade desde 1979 e, desde então, são sinônimo de Hard Rock bem tocado, contagiante e feito para as massas. É verdade que nos últimos trabalhos de estúdio, muitos fãs mais antigos não conseguiram se sentir representados, mas estamos falando de uma banda com uma coleção invejável de sucessos em sua posse.
Um outro ponto que os fãs do grupo precisam estar cientes é que trata-se de um nome veteraníssimo e, portanto, com músicos com mais de 60 anos de idade. O próprio Joey Tempest não tem o mesmo vigor de antes e, em alguns momentos, as notas mais altas podem não sair com tanta perfeição. Faz parte…
Por outro lado, e é preciso frisar isso, neste show não teremos nenhum problema quanto a repertório. O fã dos suecos pode esperar um setlist óbvio, porém, altamente funcional. Não irá faltar hinos do porte de “Rock The Night”, “Hold Your Head Up”, “Carrie”, “More Than Meets The Eye”, “Superstitious”, “Cherokee” e, é claro, “The Final Countdown”.
Judas Priest
Crédito: Andy McGovern
A lendária banda britânica, Judas Priest, chega ao Monsters Of Rock para celebrar seus mais de 50 anos de serviços bem prestados ao Heavy Metal. Além de divulgar o seu novo álbum, “Invincible Shield” (2024), o Priest também irá comemorar o aniversário de 35 anos do lendário “Painkiller” (1990).
Segundo declarações recentes dos integrantes, não haverá uma execução do clássico noventista na íntegra. Porém, o quinteto irá dedicar boa parte do setlist para relembrar canções importantes do disco.
Apesar da idade avançada e da imensa dificuldade técnica que é cantar algumas das canções mais icônicas da carreira, Rob Halford, no auge dos seus 73 anos, não tem feito feio nos últimos anos. Muito pelo contrário, o Judas Priest ainda consegue entregar performances dignas do imenso legado construído no decorrer das décadas.
Espere uma ou outra faixa do novo álbum, algumas de “Painkiller” e, é claro, não faltará hinos do porte de “Breaking The Law”, “Living After Midnight”, “You’ve Got Another Thing Comin'”, “Victim Of Changes”, “The Hellion/Electric Eye” e “Hell Bent For Leather” com direito a Haley Davidson no palco e tudo.
Scorpions
Os alemães do Scorpions encerrarão a festa de 30 anos do Monsters Of Rock com clássicos de sua carreira de mais de 60 anos. A maior banda alemã de Rock em atividade precisou cancelar algumas datas no início de 2025 por conta de um problema de saúde do baterista Mikkey Dee. Felizmente, já está tudo bem com ele e o grupo chega com força máxima ao Brasil.
Com discos tão emblemáticos na carreira, fica até difícil escolher o repertório. De acordo com os shows realizados nos últimos anos e as performances mais atuais, podemos cravar que o Scorpions trará grandes hinos presentes em trabalhos como “Animal Magnetism” (1980), “Blackout” (1982), “Love At First Sting” (1984), “Savage Amusement” (1988) e “Crazy World” (1990).
Algum material referente ao último trabalho, “Rock Believer”(2022) deve ser lembrado também, mas aposte suas fichas em hinos como “The Zoo”, “Bad Boys Running Wild”, “Wind Of Change”, “Blackout”, “Big City Nights”, “Still Loving You” e “Rock You Like A Hurricane”.
Monsters Of Rock edição 2025, vale a pena?
Depois desta viagem pelos possíveis setlists e performances de todas as atrações, nosso veredito só pode ser um. Se você tiver condições de estar presente, não pense duas vezes e vá. Algumas destas bandas podem estar, inclusive, se despedindo dos palcos mais rápido do que você imagina.
Horários dos shows:
10h – abertura dos portões
11h30 – Stratovarius
12h55 – Opeth
14h20 – Queensrÿche
15h50 – Savatage
17h20 – Europe
19h10 – Judas Priest
21h25 – Scorpions
Para maiores informações, acesse o site da Mercury Concerts.