Os veteranos britânicos do Saxon, apesar dos mais de 45 anos de carreira e 24 discos lançados, ainda demonstram ter muita lenha para queimar. Os últimos registros do grupo receberam ótimas avaliações e, inclusive, adentraram diversos charts mundo afora. Além disso, obras como “Hell, Fire & Damnation”, “Carpe Diem” e “Thunderbolt”, aparecerem em várias listas de melhores do ano.
Biff Byford, vocalista da banda, falou recentemente com o jornalista brasileiro Gustavo Maiato e, entre outros assuntos, abordou a recente troca de guitarristas do grupo. O icônico Paul Quinn foi substituído por outro nome bastante influente do Metal oitentista, Brian Tatler, do Diamond Head. Mas ao que tudo indica, Quinn ainda está em contato com seus antigos colegas e possui uma relação amistosa com o grupo.
Questionado sobre o assunto, Biff contou que o antigo guitarrista ainda envia ideias de músicas para a banda:
“Sim, Brian está na banda em tempo integral, mas Paul continua enviando ideias. Ele me enviou uma ideia outro dia para uma música. Depende de quão boa ela é, podemos usá-las. Eu rejeito muitas ideias até que as pessoas apresentem aquela que eu amo. Queremos sempre fazer álbuns melhores, então estamos sempre em busca de músicas melhores, se é que você me entende.”
Devido a decisão de Paul em se aposentar, a banda cancelou a turnê sul-americana que aconteceria em abril de 2023, além de sua apresentação no cruzeiro Monsters Of Rock. No próximo mês de maio, o Saxon estará de volta ao Brasil como integrante do cast do Bangers Open Air, que acontece no Memorial da América Latina, em São Paulo.
O Iron Maiden está na estrada há praticamente 50 anos e, goste você ou não, o grupo possui uma das mais sólidas discografias do Heavy Metal mundial. Entre outros feitos relevantes, o Maiden foi um dos grandes do gênero que não ficou estagnado e se adaptou perfeitamente a nova maneira como a indústria da música se comporta nos dias de hoje. O tipo de negócio, assim como entender a maneira como as pessoas consomem música foi vital para se manter no topo.
Dito isso, podemos mencionar que o guitarrista Adrian Smith, apesar de entender o atual cenário, tem uma opinião muito sólida sobre determinadas tecnologias. Sua opinião sobre o uso de I.A., por exemplo, pode ser considerada longe da realidade por alguns, mas precisa ser considerada.
Em uma nova entrevista concedida a Andrew McKaysmith, do podcast Scars And Guitars, Adrian disse o seguinte:
“Usar I.A.? De jeito nenhum. Não sei, mas Nem quero pensar nisso. Quer dizer, sobre I.A., O que foi que alguém me disse outro dia? Alguém, como presente de aniversário mandou uma música escrita pela I.A. para cada um dos amigos, usando a voz deles. E é simplesmente inacreditável. É como o começo do fim. Quer dizer, as redes sociais já são ruins o suficiente. Mas isso é só outro nível e Não consigo ver nenhum efeito. Quer dizer, até a gravação digital e o Pro Tools agora permitem que qualquer um crie algo… você pode apresentar algo que soe respeitável, mas é feito por computadores. Já eu cresci na velha escola onde você tinha que tocar no estúdio; não dava para afinar depois. Então isso te torna mais um artesão. Só Usamos gravação digital porque é conveniente, economiza tempo e dinheiro.”
Adrian Smith acaba de lançar o segundo disco de estúdio com o projeto Smith/Kotzen. “Black Light/White Noise” representa a união de Adrian com o guitarrista/vocalista Richie Kotzen (The Winery Dogs). O disco chegou às lojas e plataformas de streaming no último dia 4 de abril através do selo BMG.
John Corabi, conhecido por ter cantado no Mötley Crüe, atualmente está envolvido com o The Dead Daisies. O músico confirmou que tem planos de lançar um novo disco solo em breve e andou revisando seu catálogo.
Após dois singles, “Cosi Bella (So Beautiful)” e “Your Own Worst Enemy”, compartilhados em 2021 e 2022, ele se prepara para mais um passo. Embora jamais tivesse a real perspectiva que um dia chegaria próximo de seu vigésimo lançamento, Corabi demonstra ter fôlego para mais.
John revelou o seguinte em nova entrevista ao The Rockpit:
“Acabei de assinar um contrato para gravar outro disco solo, e então meu empresário e eu estávamos conversando sobre isso, relembrando e recapitulando. E é engraçado — estávamos meio que revisando uma lista de quantos discos eu já fiz… Eu fiquei sentado ali pensando: ‘Porra’. Eu estava olhando os discos que fiz só com os DAISIES desde 2015. E são ‘Revolución’, ‘Make Some Noise’, ‘Live & Louder’ e ‘Burn It Down’.
Aí, quando eu saí, eles gravaram ‘Locked And Loaded’. E agora temos ‘Light ‘Em Up’ e ‘Lookin’ For Trouble’. Sete discos em 10 anos. Nada mal. Mas eu estava contando todos os discos que fiz, e quando eu lançar esse disco solo, serão literalmente 20 discos que fiz desde o início da minha carreira. É estranho. E, pensando bem, tem alguns discos ao vivo, sei lá, e depois o ESP [ERIC SINGER PROJECT], que era basicamente covers.
O disco de blues também é só de covers. Então não é como se eu tivesse escrito todas essas músicas, mas se você tirar tudo isso, ainda são 15, 16 discos originais que eu fiz. Então é bem incrível. Eu, um moleque da Filadélfia — eu pensei que talvez tivesse um ou dois discos na cabeça e depois talvez morresse de overdose de fentanil. Mas aqui estou eu, 40 anos depois, ainda vibrando como o coelhinho da Energizer, então está tudo bem.”
James Leslie Binks, ex-baterista do Judas Priest e conhecido pelos fãs de Heavy Metal como Les Binks, faleceu no dia 15 de março de 2025.
O canal The Metal Voice deu a notícia em primeira mão. Segundo o apresentador Jimmy Kay, não foi um trabalho muito fácil chegar na confirmação:
“A fonte para esta notícia era a seção de obituários, eu acredito que seja em sua cidade natal, Portadown, na Irlanda do Norte, então essa era a fonte. Eu não tinha muita certeza, então eu liguei para muitas pessoas, muitos amigos me ligaram de volta e foi confirmado por várias pessoas próximas a ele que ele realmente faleceu.”
Neste momento, o outro apresentador Alan Dixon comentou que já faz um mês desde o ocorrido e, certamente, foi algo que passou despercebido por todos. Jimmy Kay ainda mencionou que, ao que tudo indica, Les Binks sofreu um ataque cardíaco ou derrame. Contudo, não se tem a causa da morte 100% confirmada.
A família publicou no obituário de sua cidade natal a seguinte mensagem:
“James Leslie Binks morreu pacificamente em um hospital em Londres, anteriormente, ele esteve em Portadown. Irmão muito amado de Stefan, Moven, Irene e das falecidas Tamara e Carol, o funeral é estritamente privado, sem flores por favor. Doações, se desejarem, pagáveis na associação Chest and Heart and Stroke, aos cuidados de Allan Ray e companhia, na funerária.”
Les Binks entrou para o Judas Priest durante a turnê de divulgação do álbum “Sin After Sin” (1977), gravou “Stained Class” (1978) e “Killing Machine” (1978), além de ser o baterista do mítico disco ao vivo “Unleashed In The East” (1979).
O baterista é creditado pela composição do hino “Beyond The Realms Of Death” e ficou conhecido pela comunidade do Metal pela introdução de bateria avassaladora presente na faixa “Exciter”, uma das precursoras do Speed Metal.
O falecimento já consta na página oficial de Les Binks no Wikipedia, assim como no Metal Archives. Provavelmente, uma nota oficial chegará em algum momento, mas ao que tudo indica, a família optou por adotar o silêncio.
Quando o Judas Priest foi introduzido ao Hall da Fama do Rock N’ Roll em 2022, Les Binks estava presente, assim como o ex-guitarrista da banda, KK Downing. Ambos participaram da apresentação do Priest naquela ocasião, veja:
A turnê de despedida do maior de todos os nomes do Metal brasileiro, o Sepultura, vem causando bastante comoção e alguns questionamentos por onde passa. Desde seu início em 2024, a “Celebrating Life Through Death” esteve em diversas cidades brasileiras e também se aventurou por países da América Latina. Além disso, o quarteto foi também aos Estados Unidos, Europa e muitas outras localidades.
A ideia é prolongar a excursão até 2026 e finalizar a epopeia com um show final na cidade de São Paulo, onde esperançosamente poderemos conferir ex-integrantes (uma grande incógnita se pensarmos nos nomes de Max e Iggor Cavalera, além do baterista Eloy Casagrande) fazendo uma jam com os atuais membros e brindando os fãs com momentos únicos. Será?
Bem, nesta semana o grupo faria dois shows na região norte do Brasil, um em Manaus (Amazonas) no dia 16 e outro em São Luiz (Maranhão) no dia 18, mas ambas as apresentações foram canceladas pela banda. O motivo, segundo um comunicado oficial emitido em suas redes sociais, é que as produtoras locais descumpriram cláusulas contratuais.
Veja a nota publicada pelo Sepultura na íntegra:
“O Sepultura informa ao público e aos fãs que, infelizmente, os shows marcados para os dias 16 de maio em Manaus/AM e 18 de maio em São Luís/MA estão cancelados.
A decisão foi tomada após descumprimentos contratuais por parte das produtoras “D Music” e “M2F”, responsáveis pela realização dos eventos.
Desde o início, a banda agiu com total profissionalismo, respeito ao público e comprometimento, inclusive concedendo prazos extras e buscando soluções para que os compromissos fossem mantidos.
Reforçamos que o cancelamento não foi uma escolha da banda, mas sim uma consequência da falta de cumprimento das obrigações contratuais por parte dos organizadores.
Orientamos a todos que já adquiriram ingressos que entrem em contato diretamente com a @dmusicshows e @m2f_producoes para solicitar o reembolso.
Agradecemos pela compreensão e pelo apoio de sempre.”
O guitarrista sueco Yngwie Malmsteen, conversou recentemente comEddie Trunk, e relembrou amizade com os membros doDeep Purple. Vale lembrar que o guitarrista Ritchie Blackmore é uma das influências de Malmsteen no instrumento, conforme o sueco já disse em diversas entrevistas. Trunk o questionou se houve, em algum momento, a possibilidade de que ele se juntasse ao Deep Purple:
“Sim, houve conversas aqui e ali. Eu andava com Ian Gillan por anos e anos quando ele estava realmente fora da banda por um tempo e depois voltou. E Roger Glover sempre foi um cara muito legal.
Na verdade, eu tinha uma foto muito boa do Japão, onde estou no palco com… Sou eu, Roger Glover, Ian Paice e John Lord. Porque John Lord subiu ao palco naquela noite, muito tempo depois de ele ter saído.
Então, sim, sempre foi uma vibe boa. E simplesmente, sei lá… Simplesmente não aconteceu, sabe?”
Yngwie Malmsteen também revelou que prefere álbuns ao vivo , em vez de álbuns de estúdio. Ao se referir ao “Made in Japan” (1972) do Deep Purple, ele disse:
“O engraçado é que, de todas as bandas que eu achava ótimas, os álbuns ao vivo eram sempre os que eu mais gostava. Poderia ter sido UFO, Thin Lizzy, Judas Priest ou qualquer outro. O show deles sempre foi o que eu mais gostei.
E sem falar em ‘Made in Japan’, é claro. ‘Made in Europe’ também é bom.
Então, sim, eu costumava achar que havia algo diferente no álbum ao vivo. Você sente o gostinho de como é o show. É um som, uma forma de tocar, uma sensação e tudo mais um pouco diferentes. Eu sempre gostei.”
O novo single da banda Halestorm, “Darkness Always Wins”, será lançado na próxima terça-feira (22). A faixa é extraída do novo álbum do Halestorm com previsão de lançamento no final do ano pelaAtlantic. O guitarrista Joe Hottinger comentou sobre a nova música:
“Escrevemos isso em Savannah, Geórgia. Foi a primeira música que compusemos para o que viria a ser o álbum. Foi como uma sessão de testes… fomos até lá para ver como estava funcionando com Dave Cobb . Escrevemos e gravamos isso em dois dias em seu então novo estúdio. Foi o início de um lindo relacionamento que se transformou em um lindo álbum.
Mal posso esperar para que todos ouçam o que estamos fazendo.”
Discutindo sobre a direção musical do novo álbum (o sexto da carreira da banda), durante uma entrevista recente, a vocalista Lzzy Hale, revelou:
“É muito difícil descrever este. Fizemos o disco com Dave Cobb, que é um novo produtor para nós. O TDAH dele combinou muito bem com o nosso. Mas não fizemos isso tradicionalmente como sempre fazemos nesses álbuns. No primeiro dia, entramos e eu sempre tenho, tipo, um monte de músicas meio escritas ou músicas completas, ou, ‘Aqui está um riff ou algo assim’ — você chega com seu saco de truques. E Dave Cobb diz, ‘Oh, não vamos fazer nada disso.’ E eu, tipo, ‘O que você quer dizer?’ Ele, tipo, ‘Não estamos fazendo demos. Eu odeio demos. O que vamos fazer é começar e escrever, e enquanto escrevemos, estamos gravando ao mesmo tempo.’ Então foi isso que fizemos. No primeiro dia, acabamos escrevendo nosso primeiro single, que será lançado em breve. Mas, é, começamos tipo, ‘Ok, quem tem uma fala?’ ‘Ah, tenho isso que pensei ontem.’ ‘Legal. Vai funcionar. Vamos lá.’ Prepare a bateria, prepare a guitarra, aqui estão os vocais. E assim gravávamos enquanto escrevíamos, e depois terminávamos e passávamos para o dia seguinte. E então há músicas que nem têm uma faixa de clique ou um guia porque esquecemos.”
Segundo Lzzy, o novo apresentará algumas das músicas mais pesadas que a banda já compôs:
“Há tantos elementos diferentes nas músicas que costumávamos compor quando éramos crianças, mas, obviamente, como adultos — muito desse sentimento. Foi uma espécie de montanha-russa emocional. Também acho que há algumas das músicas mais pesadas que já compusemos lá, algumas com andamentos médios realmente lindos. Muitas personalidades que eu sempre quis colocar em um disco, mas nunca tive liberdade ou tempo para isso, porque geralmente, quando fazemos um disco do Halestorm, é tipo: ‘Ok, temos que ter todas as músicas escolhidas. Temos que ensaiá-las’. Entramos e fazemos como uma linha de montagem. Tipo: ‘Ok, você faz o baixo, faz a bateria, faz a guitarra, faz os vocais e pronto’. Então, não há tempo para realmente sentar e pensar nas coisas antes de pensarem: ‘Ok, já decidimos que vamos fazer isso’. E então a liberdade e o elemento meio estressante do fato de não haver realmente um plano acabaram sendo o ingrediente especial deste álbum, porque estávamos apenas correndo atrás de tudo que nos empolgava. E se não era um ‘claro que sim’, era um ‘claro que não’. Então, não há nada neste álbum sobre o qual não sintamos total responsabilidade. Não há nada neste álbum que alguém nos tenha forçado a fazer. Não há nada neste álbum que não faça parte das nossas personalidades.”
Lzzy Hale, vocalista do Halestorm, participou de um descontraído bate-papo recentemente com Courtney LaPlante (vocalista do Spiritbox) e Cristina Scabbia (vocalista do Lacuna Coil). Durante uma conversa no Spotify, elas abordaram os desafios enfrentados pelas mulheres na cena metal ao longo dos tempos.
Lzzy Hale comparou as mulheres na cena metal à dentes-de-leão, que crescem em meio ao concreto, passam por muitas intempéries e, de alguma maneira, sobrevivem:
“Está em seu legado e em seu sangue – força feminina e mulheres no metal. Pense na força que um dente-de-leão tem crescendo através do concreto no meio de um estacionamento do Walmart sem água, sem sustento, mas de alguma forma ainda sobrevive, e é isso que todas nós fizemos. E apenas existindo no palco e mostrando a essas jovens: ‘Ei, é difícil. A vida é difícil, mas não desistimos’, eles podem se ver refletidos em nós.”
Mas Lzzy nunca foi levar desaforo para casa. relembrando os primórdios da banda, ela contou que às vezes era “confundida” com “a garota dos produtos”, ou “a garota que carrega os equipamentos do namorado”:
“Então, como isso virou moda, em vez de começar com a banda no palco, eu começava no fundo da balada, ou de moletom com o microfone, e começava a cappella. Ninguém sabia de onde vinha a música. E aí todo mundo ficava de frente para o palco, tipo: ‘Que diabos está acontecendo?’. E aí eu chegava e dizia: ‘Olá! Sou a vendedora de produtos’ ou ‘Eu sou a namorada’.
A coisa linda que os homens nunca entenderão, porque nunca tiveram que passar por isso, é que é preciso pisar em você, te esconder, te acorrentar a algo, te incompreender tanto que você passa por essa fase de: ‘Estou triste com isso. Estou frustrada, mas também estou com raiva. Agora, o que vou fazer a respeito?'”
Lançado em 14 de abril de 1980, “British Steel” é, sem sombra de dúvidas, um dos álbuns mais icônicos e influentes da história do Heavy Metal. O sexto trabalho de estúdio do Judas Priest marcou uma virada na sonoridade da banda e estabeleceu um novo padrão para o Metal dos anos 1980, com músicas mais diretas, refrães memoráveis e uma atitude rebelde que se tornaria sinônimo do estilo.
A Produção e a Sonoridade
“British Steel” foi gravado no lendário estúdio Tittenhurst Park, uma propriedade anteriormente pertencente a John Lennon. A escolha do local não foi por acaso: o Judas Priest queria um ambiente isolado e inspirador para canalizar suas ideias. A produção ficou a cargo de Tom Allom, que já havia trabalhado com a banda em “Unleashed in the East” (1979) e sabia como capturar sua energia ao vivo dentro de um estúdio.
A proposta era clara: criar um álbum com músicas mais curtas, acessíveis e com ganchos cativantes. O som, embora ainda pesado e afiado como uma navalha (trocadilho inevitável), era mais enxuto e objetivo do que os trabalhos anteriores. A banda trocou os riffs complexos e estruturas longas por composições mais diretas, o que acabou funcionando incrivelmente bem.
Photo: Fin Costello/Getty Images
Faixa a Faixa
O álbum abre com “Rapid Fire”, um petardo de velocidade e agressividade que prenuncia o Thrash Metal que surgiria anos depois. A bateria de Dave Holland é precisa e marcial, e os riffs de Glenn Tipton e K.K. Downing mostram uma sintonia invejável.
Na sequência, “Metal Gods” surge como um verdadeiro hino. A faixa tem uma levada cadenciada, quase hipnótica, e traz Rob Halford evocando imagens futuristas de dominação metálica, uma temática que se tornaria clássica no Metal.
“Breaking the Law” é uma das músicas mais conhecidas do Judas Priest e inegavelmente um verdadeiro manifesto de rebeldia. Com seu riff icônico e refrão direto, tornou-se um sucesso instantâneo e está até hoje presente nos shows da banda.
“Grinder” segue com um groove pesado e letras sobre individualismo e autossuficiência. “United” é quase um hino de torcida, com seu refrão grudento e mensagem de união dos metaleiros.
“You Don’t Have to Be Old to Be Wise” é uma pedrada sobre experiência e autonomia, enquanto “Living After Midnight” é talvez a música mais pop do álbum, com uma pegada dançante e celebração da vida noturna. Se “Breaking the Law” é o grito de revolta, “Living After Midnight” é o grito de festa.
As últimas faixas, “The Rage” e “Steeler”, encerram o álbum com maestria. A primeira mistura linhas de baixo quase reggae com explosões de peso, enquanto a segunda volta à velocidade e agressividade do início, fechando o álbum de forma incandescente.
Integrantes e a Formação Clássica
O Judas Priest estava em uma de suas formações mais clássicas no momento da gravação de “British Steel”:
Rob Halford – vocais
Glenn Tipton – guitarra
K.K. Downing – guitarra
Ian Hill – baixo
Dave Holland – bateria
Halford, com seu vocal afiado e versátil, brilha em cada faixa, alternando entre agudos cortantes e linhas melódicas cativantes. Tipton e Downing formam uma das duplas de guitarristas mais icônicas do Metal, mas suas performances no disco mostram equilíbrio perfeito de técnica e feeling. Ian Hill mantém a base firme com seu baixo, e Dave Holland, mesmo com um estilo mais contido que o de seus predecessores, trouxe consistência e peso ao som da banda.
Photo: Fin Costello/Redferns
Impacto e Legado
“British Steel” foi um divisor de águas. Além de atingir grande sucesso comercial, entrando nas paradas britânicas e americanas, o álbum ajudou a consolidar o Heavy Metal como um gênero dominante na década de 1980. As músicas certamente tornaram-se trilhas sonoras de gerações inteiras e o visual da banda — couro, tachas e atitude — foi replicado por bandas em todo o mundo.
As canções de “British Steel” viraram hinos, sendo constantemente incluídas em setlists ao vivo e coletâneas. Em 2009, a banda fez uma turnê especial tocando o álbum na íntegra, comemorando seus 30 anos. Foi um momento de celebração não apenas da banda, mas de toda uma era do Metal.
Curiosidade
Uma curiosidade bastante comentada é que os efeitos sonoros de “Metal Gods” foram feitos de forma totalmente artesanal: a banda usou bandejas de metal, talheres e correntes, batendo em objetos nos estúdios para criar os sons mecânicos e industriais que ouvimos na faixa. Dessa forma, esse espírito DIY mostra a criatividade da banda e sua busca por atmosferas que ampliassem a narrativa das músicas.
Outra curiosidade é que a arte da capa, com a famosa lâmina de barbear gigante atravessada por dedos, foi uma ideia simples mas de grande impacto visual. Representava bem o nome do álbum e dava o tom de agressividade e estilo direto que o disco carrega.
Conclusão
“British Steel” é mais do que um clássico: é um marco. Um álbum que ajudou a definir o Heavy Metal moderno, abriu caminhos para novas bandas e permanece atual e poderoso mesmo décadas depois de seu lançamento. Suas músicas são cantadas em uníssono por multidões, seus riffs ainda inspiram novos guitarristas e sua atitude segue viva em cada canto onde o metal é celebrado. Se existe um álbum que representa o espírito indomável do gênero, “British Steel” certamente está entre os primeiros da lista.
Recentemente, a lendária banda Dark Angel compartilhou a primeira música (faixa-título) de seu primeiro álbum em 34 anos. Intitulado “Extinction Level Event”, o disco será lançado ainda em 2025 pela Reversed Records.
Após tantos anos de espera, é claro que a expectativa dos fãs estava nas alturas, tendo na memória o glorioso Dark Angel dos anos anos 80 e início dos 90. Porém, a nova música dividiu opiniões e, os fãs mais tradicionais parecem ter ficado um tanto chateados com o que ouviram. Alguns, usaram como parâmetro de comparação o clássico “Time Does Not Heal”. Claro, os fãs foram às redes para mostrar sua insatisfação:
“Eu estava ouvindo ‘Time Does Not Heal‘ esta semana, cara, os vocais do Ron estavam de primeira. Ouvindo essa música, eu pensei: ‘É realmente o Ron? O que aconteceu com a voz dele?’ Vamos torcer para que o álbum tenha músicas melhores, esta era chata e genérica. Não vale a pena esperar 34 anos.”
Um outro fã, também expressou seu descontentamento:
“Todo esse hype, então isso. Bocejo. Nada de Durkin, nada de Dark Angel. Desligue isso.”
Outro fã escreveu o seguinte:
“Tudo bem. Se fosse uma banda jovem, eu diria que é um ótimo começo, mas para o Dark Angel, é decepcionante. Ninguém espera uma nova joia do thrash como ‘Darkness Descends’ ou um clássico cult da tecnologia como ‘Time Does Not Heal’, mas algo como ‘Leave Scars’ seria incrível e respeitado.”
Outros fãs procuraram enaltecer as coisas positivas:
“Sim, os vocais são um pouco loucos, mas os riffs estão perfeitos.”
Outro fã disse:
“O vocal é um pouco diferente do que Ron Rineheart soava, mas isso foi há 34 anos. Soa como Dark Angel, o que significa que eles têm seu próprio som particular, em vez de soar como outras 1.000 bandas de metal padrão. Mal posso esperar para ouvir o álbum.”
Esse também prefere para ouvir o álbum completo antes de criticar:
“Teria que crescer em mim, mas atualmente minha opinião é inventada a partir de sua própria fórmula, com vocais menos bons no geral. Sem fraseado cativante ou riffs coesos. Não significa que não vai crescer em mim ou que o resto do álbum não será bom. No geral, estou satisfeito que eles estejam de volta e espero que façam mais algumas tentativas.”
Um outro fã também comentou:
“As pessoas podem reclamar o quanto quiserem, mas eu gosto. Algumas décadas se passam e as pessoas esperam que tudo continue exatamente igual? Besteira. É metal e destrói a maioria das novidades que existem hoje em dia.”
Mais um fã declarou:
“Eu tenho que me perguntar se as pessoas estão criticando a nova música do Dark Angel só porque seus amigos online estão, em vez de formarem suas próprias opiniões com base em uma tentativa real… Bandas tradicionais definitivamente NÃO estão reinventando a roda com novas músicas.”
O baixista do Dark Angel, Michael Gonzalez, respondeu a esse comentário:
“É o que é. Fizemos um álbum para nós e para onde estamos agora. Seja amado ou odiado, tenho orgulho do que fizemos.”