O novo álbum da banda dinamarquesa de Death Metal Baest, intitulado “Colossal”, será lançado no dia 15 de agosto via Century MediaRecords.
“Colossal” foi produzido por Tue Madsen no Antfarm Studio a apresenta 9 faixas distribuídas em 42 minutos. O novo disco conta com os convidados Jesper Binzer do DAD em “King Of The Sun” e de ORM em “Misfortunate Son”. Solomacello é o artista responsável pela arte de capa.
Depois dos dois primeiros singles “Imp Of The Perverse” e“Colossus”, agora a banda disponibilizou a sua terceira amostra “Misfortunate Son” feat. ORM. Confira abaixo:
1. Stormbringer 2. Colossus 3. In Loathe And Love 4. King Of The Sun (feat.Jesper Binzer of D-A-D) 5. Imp Of The Perverse 6. Misfortunate Son (feat. ORM) 7. Mouth Of The River 8. Light The Beacons 9. Depraved World
Durante uma entrevista recente para a Guitar World, o guitarrista doMetallica, Kirk Hammett, foi questionado sobre o melhor solo que ele já gravou. O guitarrista gravou solos memoráveis como em “One“, “Enter Sandman”, “Master of Puppets”, “Fade To Black”, “Battery”, entre outros, mas… Nenhum deles é o solo favorito de Kirk:
“O solo em ‘Fuel’ foi feito na Strat verde do clipe de ‘I Disappear’. Eu amo muito essa guitarra. Ainda a tenho; parece uma velha amiga. Então, eu realmente adorei como esse solo ficou. Mas é uma pergunta difícil, mano.
Acho que vou dizer que é o do ‘Hero of the Day’. Cada nota conta e se encaixa perfeitamente. Sinto que tudo está no lugar certo e o solo eleva a música a outro nível, o que sempre tento fazer – mesmo que nem sempre consiga. A faixa tem um nível de intensidade diferente depois.
Tem outro solo que eu gosto muito – tentei reaprender, mas não consigo. É o do The Unforgiven III’. Parte da execução está fora de sincronia, mas soa supereficaz.
Pode acontecer: você toca algo fora do tempo, mas funciona pra caramba. É uma loucura. E, como está fora do tempo, é difícil para mim reaprender, porque sempre quero tocar no tempo. Parece artificial, mesmo sendo eu quem tocou originalmente!
Sou fã de tocar com o coração. Adoro ver técnica – muitos músicos mais jovens colocam as duas mãos no braço, fazendo essas coisas malucas. Também adoro todos aqueles músicos de percussão acústica. Adoro tudo isso. Mas, cara, acima de tudo, adoro ouvir solos simples que cantam.”
Apesar do berço do Death Metal ter sido realmente nos Estados Unidos (a região de Tampa na Flórida não nos deixa mentir) há outros lugares no mundo onde o gênero se destacou com o surgimento de muitos nomes importantes. A Suécia, obviamente, é tido como a segunda escola mais relevante, a Inglaterra revelou nomes seminais e até mesmo o Brasil pode reivindicar alguns louros. Mas quando pensamos na Espanha, somente um nome pode ser posicionado na mesma prateleira dos essenciais: o Avulsed.
Com “Phoenix Cryptobiosis”, o Avulsed inaugura uma nova fase
Na estrada desde 1991, o Avulsed foi formado por David Sánchez González (ou apenas Dave Rotten, como é conhecido). Apesar de nunca ter havido um período de hiato ou parada duradoura na carreira da banda, a discografia não é muito grande se pensarmos apenas nos álbuns oficiais de estúdio. “Phoenix Cryptobiosis” (2025) é apenas o oitavo disco do Avulsed, aliás, é o primeiro depois de uma reformulação geral que resultou na permanência apenas de Rotten como membro remanescente da formação original.
Reprodução/Facebook
A dupla de guitarristas Jose “Cabra” e Juancar, presente em todos os discos até então, foi abruptamente substituída pelos competentes Víctor e Alejandro Lobo. O baixista Tana deu lugar a Alex Nihil, assim como o baterista Jorge Utrera saiu para a chegada de GoG. Este último, parceiro de Rotten no Holycide, banda de Thrash Metal onde a dupla também atua.
A arte de tocar Death Metal em alto nível
Com uma mudança drástica como esta, era esperado que o Avulsed demorasse um pouco para adquirir o entrosamento necessário para produzir um sucessor à altura do ótimo “Deathgeneration” (2016). No entanto, a química é algo inexplicável e parece que é exatamente isso que temos entre esta nova formação. Parece que estes músicos tocam juntos há décadas.
Serei cuidadoso nas palavras, mas a realidade é que “Phoenix Cryptobiosis” eleva o Avulsed a um patamar novo, mais alto e, certamente, jamais alcançado nos discos anteriores. O álbum mergulha na essência musical do grupo, mas traz novas direções e apresenta uma variedade incrível de ritmos, viradas, linhas e riffs. Em resumo, tudo isso sem se afastar do Death old school e sem adicionar elementos modernosos desnecessários.
Faixas como “Blood Monolith”, “Unrotted”, “Phoenix Cryptobiosis”, “Devotion For Putrefaction” e “Dismembered”, inegavelmente representam o puro creme da violência sonora. Com uma abordagem crua, direta e brutal, o quinteto soa renovado ao mesmo tempo em que despeja canções absolutamente atualizadas e compatíveis com o melhor que o gênero tem apresentado nos últimos anos.
“Lacerate To Dominate”, “Guts Of The Gore Gods” e “Neverborn Monstrosity”, trazem técnica na medida certa e, desse modo, não soam como virtuosismo exacerbado. O disco ainda deixa para o final da audição duas de suas melhores composições, “Bio-Cadaver” e “Wandering Putrid Souls”, ambas extremamente agressivas, viscerais e, conforme o previsto, tocadas na mais alta velocidade. “Bio-Cadaver” possui variações que misturam partes épicas e, além disso, despeja sobre nossas pobres carcaças aquela bateria no estilo metralhadora capaz de maltratar como nunca os nossos pobres pescoços. Já “Wandering Putrid Souls” é uma miscelânea criativa das boas, com diversos andamentos e riffs excelentes, a canção serve para finalizar um disco que nos deixa literalmente em êxtase.
Um dos favoritos ao pódio
Com 11 músicas e pouco mais de 44 minutos de duração, “Phoenix Cryptobiosis” chegou às lojas e plataformas de streaming no último dia 4 de março através do selo Xtreem Music. Apesar de ter chegado há pouco tempo, já se coloca facilmente entre os melhores álbuns de Death Metal do ano (senão o melhor). E digo mais, este disco não será desbancado facilmente. E faço esta afirmação mesmo tendo plena consciência da ótima fase do estilo, assim como sabendo da quantidade exorbitante de discos acima da média que nos tem sido apresentada. Sendo assim, parabéns a Dave Rotten & cia., e obrigado por nos lembrar sobre o quanto o Avulsed pode ser avassalador à sua maneira.
Scott Travis, baterista do Judas Priest, conversou com aNación Metalpara falar sobre o sucessor de “Invincible Shield”, lançado em março 2024 via Sony Music. Segundo o baterista, a banda está trabalhando “no tempo” dela, mas ele acredita que o próximo disco deve sair em 2026:
“Hum, nenhum desafio real. Nós levamos nosso tempo e fizemos isso ao longo de um ano e meio. E fizemos isso em todos os lugares diferentes. Fizemos algumas em Nashville, fizemos algumas na Inglaterra. Fizemos algumas até mesmo em quartos de hotel quando estávamos viajando em turnê, porque, tendo [o produtor e guitarrista em turnê] Andy Sneap na banda, que obviamente é o produtor, ele tem muitas maneiras de gravar guitarras, baixo, bateria, vocais. Então, gravamos algumas em Phoenix, Arizona, eu me lembro disso também. Mas nenhum desafio real além de levar nosso tempo, e pareceu ser a decisão certa. Então, esperamos fazer isso de novo em 2026 e ter outro novo lançamento.”
“Eu acho que um pouco dos dois, na verdade. Essas turnês tendem a crescer e evoluir com o tempo — quanto mais fazemos, mais ofertas recebemos de diferentes territórios e coisas assim — então tenho certeza de que haverá mais turnês. E sempre há ideias surgindo, sempre há sucos criativos fluindo. Então, se pudermos, podemos entrar e juntar algumas ideias e ver onde estamos. Tem outro disco? Eu sei que temos ideias surgindo o tempo todo — riffs e melodias e ideias de músicas e coisas assim. Somos pessoas criativas — como um grupo de pessoas criativas, isso vai acontecer. Então eu acho que, espero que se tivermos algum tempo no começo do ano que vem, seremos capazes de reunir essas ideias e ver o que temos e então, esperançosamente, pegar a estrada novamente em outro lugar.”
O The Misfits se apresentou no famoso e tradicional festival Coachella na noite do último sábado, 12 de abril, diante de mais de 7.000. A banda subiu ao palco logo após a apresentação do Green Day.
As lendas do punk rock tocaram vários sucessos, incluindo “Where Eagles Dare”, “Horror Business”, “Astro Zombies” e “Hybrid Moments”. O Setlist contou com 20 músicas no total.
Momentos antes da apresentação dos Misfits, o baixista Jerry Only foi entrevista por Nicole Alvarez, da rádio KROQ, e foi questionado se ele sente surpreso de alguma forma com o legado da banda:
“Posso ser sincero com você? Me surpreende. Bem, porque não planejamos. Quando nos juntamos, estávamos fazendo isso porque amávamos, e eu ainda amo.
Acho que nosso legado é algo que vai resistir ao teste do tempo. Quer dizer, se você olhar para coisas que são icônicas hoje, como, por exemplo, o logotipo dos Rolling Stones. E eles disseram que tocariam por 50 e poucos anos e disseram: ‘Bem, estamos tocando há 50 e poucos anos, mas na verdade só tocamos dois anos. O resto está parado, esperando.'”
Jerry relembrou os primórdios dos Misfits, quando eles ainda ensaiava em uma garagem:
“Bem, costumávamos ensaiar na nossa garagem. E muitas bandas da Costa Oeste, como o Social Distortion, que tinha, tipo, 14 anos, vinham e ficavam na nossa casa. E nós praticamente nos conhecemos por meio de um amigo em comum, que era baterista, e ele veio até mim e disse: ‘Ei, estamos começando uma banda’. Era algo totalmente novo. Eu estava tocando baixo por cerca de um mês. E o que aconteceu foi que eu conheci o Glenn, e começamos a ensaiar, e a próxima coisa, você sabe, lançamos um disco e bingo — a próxima coisa que fizemos foi pegar a estrada.”
O guitarrista do Uriah Heep, Mick Box, revelou que sofreu um assalto na cidade de Curitiba. Ele fez uma publicação em sua conta pessoal nas redes sociais, e explicou o ocorrido. Além disso, Mick ofereceu uma recompensa para quem devolver o seu colar:
“Infelizmente eu estava voltando do almoço em Curitiba Brasil quando um ciclista passou por mim em velocidade e arrancou e roubou meu colar cruz que tem um grande valor sentimental para mim. É ouro com diamantes inseridos na cruz. Se alguém tiver alguma informação sobre isso em Curitiba haverá uma recompensa muito valiosa no seu retorno. Ele pode tentar vendê-lo ou penhorá-lo e obrigado por ler isto! Se isto pudesse ser compartilhado com algum site do Facebook de Curitiba brasileiro, eu agradeceria muito. Desde que estou aqui conheci tantas pessoas maravilhosas mas são sempre as poucas que estragam tudo onde quer que esteja. Entre em contato comigo pelo site www.uriah-heep.com ou www.mick-box.net ou até mesmo pelo Facebook. O Mick.”
A banda está no Brasil para sua turnê de despedida“The Magician’s Farewell”com passagem por cinco cidades: Rio de Janeiro, Porto Alegre, São Paulo, Curitiba e Belo Horizonte.
O grupo já realizou quatro dos cinco shows programados e, nesse domingo, 13 de abril, a banda encerra sua passagem pelo Brasil em Belo Horizonte no Mister Rock.
Prestes a lançar um novo trabalho de inéditas (o sexto da carreira), o Ghost, banda sueca de Rock/Hard/Occult Rock/Retro Rock, liderada pelo genial Tobias Forge, acaba de lançar um novo single e de cara é preciso dizer que menos de dois dias após suas estreia o mesmo já contabilizava a marca de quase 2 milhões de visualizações no Youtube e mais de 1 milhão de streaming no Spotify.
Lançada oficialmente no dia 11 de abril, a faixa “Lachryma” é a sucessora de “Satanized”, single de estreia de “Skeletá”, novo e aguardado disco de inéditas previsto para o próximo dia 25 de abril.
Ao adentrar na sonoridade da composição, logo notamos que o sucesso dos trabalhos anteriores certamente foram primordiais para que Forge & Cia mantivessem a mesmíssima fórmula musical de outrora. Dessa forma, fica claro que não há nenhum interesse em querer reinventar a roda e os fãs agradecem o bom senso.
Referências ao terror oitentista
Cheio de referências às produções cinematográficas oitentistas, o videoclipe mostra claramente que a banda se inspirou e/ou pensou em longa metragens como A Hora do Pesadelo, Amityville, Sexta Feira 13 e O Massacre da Serra Elétrica. Também é perceptível notar alguns flertes com o clássico Nosferatu. Ou seja, o lado sombrio e suas referências ao terror visto nos vídeos anteriores, felizmente, continuam intactos também por aqui
Dono de uma produção simples e direta, o clipe mostra o novo “look” dos Nameless Ghous, agora trajando fraques e cartola. Destaque para a ambientação voltada ao mundo dos mortos vivos e zumbis (bacana, diga-se de passagem), além da performance do Papa V Perpetua, personagem principal de Tobias Forge, que apresenta um misto entre Pennywise (It, A Coisa) e Leatherface (O Massacre da Serra Elétrica).
Dono de excelente direção, o clipe utiliza de cores como o azul, verde e o vermelho. Sendo assim, ele define suas ambientações densas e sombrias que se dividem em momentos particulares, casando perfeitamente com a atmosfera a qual a música pede.
Mergulhando no lado musical/instrumental/melódico da banda, tudo permanece como antes. Nada mudou quando pensamos nos timbres de guitarras, teclados, baixo, bateria e também nos backing vocals bem executados. Ou seja, o Ghost, continua fiel a sua sonoridade, pelo menos é isso que notamos nos referidos singles.
“Skeletá” é no mínimo promissor!
Ainda é cedo para dizer algo sobre “Skeleta”, porém está claro que a banda não pretende lançar um disco aquém do estupendo “Impera”. Aliás, o quinto registro da banda lançado em 2022 tem análise completa feita pelo Mundo Metal, acesse clicando AQUI
A missão de representar o novo material através dos singles “Satanized” e “Lachryma” foi concluída com sucesso, já que ambas as faixas mostraram-se espetaculares, ao mesmo tempo em que servem de aperitivo para o que vem a seguir.
O baterista Herman Rarebell esteve no Scorpions entre os anos de 1977 e 1995. Com ele, o lendário grupo alemão de Hard Rock gravou alguns de seus maiores clássicos. Discos inegavelmente icônicos como “Taken By Force” (1977), “Lovedrive” (1979), “Animal Magnetism” (1980), “Blackout” (1982) e “Love At First Sting” (1984), são alguns dos grandes registros com a participação do baterista.
E sejamos justos, não estamos falando de um músico que simplesmente estava ali presente, Rarebell era um dos principais compositores da banda e assina hinos do porte de “Rock You Like A Hurricane”, “He’s A Woman, She’s A Man”, “Passion Rules The Game”, “Blackout”, assim como “Bad Boys Running Wild” e outras.
Em uma nova entrevista a David E. Gehlke, do Blabbermouth, Rarebell falou sobre seu novo álbum que homenageia os anos 80. Seria muito leviano de nossa parte chamar o trabalho de disco de covers. A intenção real do baterista é muito maior e mais nobre do que apenas gravar algumas músicas de outros artistas.
Herman Rarebell é um dos maiores entusiastas dos anos 80. Desse modo, através do novo disco, “What About Love?”, ele quer resgatar a magia daquela que, para ele, é a melhor de todas as décadas. Comentando sobre as faixas escolhidas para o álbum, ele disse o seguinte:
“Como músico, esta era foi a melhor época para criar canções. As canções ainda são populares; ainda podem ser tocadas hoje. Nos divertimos muito transmitindo a mensagem de acreditar em um futuro brilhante e no amor. Acho que a melhor coisa dos anos 80 era a música. Sinto muita falta dela hoje, pois raramente a ouço no rádio. Quase fizemos um cover de ‘I Want My MTV’ (referindo-se a ‘Money For Nothing’, do Dire Straits) e eu poderia fazer um cover de cem músicas dos anos 80. Para mim, é pessoal. Toquei com todos os músicos aqui. O Foreigner e eu nos apresentamos em muitos festivais na Alemanha. A canção ‘I Want To Know What Love Is’ é uma das melhores canções já escritas na história do Rock. Além disso, ‘Love Is A Battlefield’, de Pat Benatar, é excepcional.
Tenho um jovem cantor muito talentoso, e agora tornamos a canção nova e com pegada Rock. Trouxemos mais guitarras para torná-la diferente, e ela ganhou uma ótima direção. A próxima música, ‘What About Love?’, claramente ressoa com Jim. Ele foi um dos compositores de ‘Crazy World’ para o Scorpions. Foi uma grande honra para mim que ele tenha aparecido no vídeo. Ele nunca fez isso com ninguém — nem mesmo com o Aerosmith. Ele me disse: ‘Este é melhor que o original’. Para mim, este é o maior elogio que posso receber.
Então, é claro, ‘Every Breath You Take’ é uma obrigação dos anos 80. Pensei: ‘Que bateria posso usar?’. Quando ouvi ‘In The Air Tonight’, reconheci aquele preenchimento (ele imita o preenchimento de bateria); todo baterista sabe disso. Eu disse: ‘É isso que você tem que fazer’. Eu a tornei mais pesada porque sou um baterista pesado. Além disso, “I Love Rock ‘N’ Roll”, de Joan Jett, foi tocada todas as noites em nossa turnê europeia em 1984, enquanto eu estava sentado no camarim. Mesmo quando ela interrompeu o show, as pessoas continuaram cantando. Eu decidi: ‘Isso tem que estar no álbum. Tem que ser a última música tocada ao vivo’. É a maneira perfeita de deixar a multidão com essa música.
Também incluímos ‘These Dreams’, do Heart. Naturalmente, a gravadora insistiu: ‘Vocês têm que fazer duas músicas do Scorpions’. Selecionei as minhas de maior sucesso: ‘Rock You Like A Hurricane’ e ‘Passion Rules The Game’. Em ‘Passion’, temos a garota e o homem respondendo um ao outro, e introduzimos novas guitarras. É demais. Eu a escrevi em 1987. Klaus Meine escreveu a letra, enquanto eu contribuí com a minha parte. É uma honra trazer todos de volta aos anos 80.”
Confrontado com a ideia que essas músicas mais pesadas do Scorpions estão certamente ao lado de canções mais lentas, o músico foi convidado a responder sobre a identidade musical da banda. Talvez, tamanha diversidade tenha sido influência de bandas que eventualmente excursionaram com o grupo. Rarebell explicou o seguinte:
“Eu posso explicar: Klaus escreveu as baladas! A grande foi ‘Wind Of Change’. Antes disso, foi ‘Still Loving You’. Eu era o cara que escrevia as músicas de Rock pesado. Eu tinha mais músicas incríveis. Minhas letras vão nessa direção; começou com ‘He’s a Woman, She’s a Man’, depois você ouviu isso em ‘Rock You Like a Hurricane’. Eu compus algumas das músicas que teriam sido chamadas para o Parental Advisory!
A capa de ‘Lovedrive’, onde você pode ver o peito. Foi um grande choque na época. Mas, vamos lá! Chegou e isso. Foi nosso primeiro disco de ouro. Quando olho para trás, para essa época, era tudo nos anos 80. Todas as bandas que conhecíamos, Motley Crue, Bom Jovi, Metallica, todas abriram para nós. Eu os conheço há muito tempo. Foram meus anos dourados. Eu tive todos os meus sucessos nos anos 80 — meus maiores sucessos até hoje. É uma boa maneira de refletir sobre a minha idade. Talvez em cinco anos eu nem consiga mais tocar. Veja o Phil Collins — ele não sabe mais tocar.”
Questionado sobre o videoclipe de “Big City Nights”, onde Rarebell parece estar em uma enorme festa, ele não se retrai e surpreendentemente diz:
“Eu vivi o lema sexo, drogas e Rock and Roll. Só posso falar pela minha vida. Não me arrependo de um segundo sequer dos anos 80. Foi maravilhoso estar nos Estados Unidos e conhecer todas as groupies e mulheres bonitas. Eu podia fazer o que quisesse todos os dias. Tenho memórias fantásticas dos anos 80. Queria trazer esse sentimento de volta para o álbum.”
Inegavelmente, o Pantera foi uma das maiores bandas de Metal dos anos 90. Foi a primeira e única a tocar música extrema no mainstream e conseguir emplacar um disco na primeira posição da Billboard, batendo todos os artistas pop do momento. Isto aconteceu no lançamento de “Far Beyond Driven”, em 1994, e jamais se repetiu até hoje.
Porém, todos sabem que o início do Pantera não foi com uma musicalidade muito pesada. No começo, principalmente, nos três primeiros discos, o grupo executava um Glam Metal ou uma espécie de Hard Rock mais pesado.
As coisas só começaram a mudar de fato após a chegada do álbum “Ride The Lightning”, do Metallica, um disco que chamou muito a atenção dos jovens músicos. E, mais tarde, certamente, com a adição do vocalista Phil Anselmo ao lineup.
Em uma nova entrevista a Scott’s Bass Lessons, o baixista Rex Brown falou justamente sobre este período inicial do grupo. Brown relembrou os primórdios do Pantera e a relação com os irmãos Abbott. Ele disse o seguinte:
“Os irmãos Abbott tocavam mais coisas do tipo Loverboy, em 1981, 1982, com um pouco de Van Halen — muito de Van Halen, muito de Def Leppard — mas o senso pop ainda estava lá. Éramos uma banda popular. Estávamos apenas tentando compor boas músicas nesse sentido, e isso é difícil de fazer, cara. Então, por volta de 84, quando ‘Ride The Lightning’ do Metallica foi lançado, foi quando tudo mudou — esses riffs pesados apareceram e foi quando tudo mudou. Como éramos tão jovens, mantivemos aquela progressão natural. Nós tínhamos uma banda unida; todos nós podíamos tocar muito bem juntos. Tínhamos um vocalista diferente nos três primeiros discos e então encontramos um cara maluco em Nova Orleans chamado Philip Anselmo. Ele não era tão maluco assim; só estou dizendo. Ele era diferente porque ele não era do mesmo bairro. Todos nessa banda, basicamente, morávamos a menos de oito quilômetros de distância uns dos outros no Texas.
O mais legal de tudo isso é que toquei em uma banda de jazz do sétimo ao décimo segundo ano. E eu conseguia ler partituras à primeira vista muito, muito bem. Vinnie e eu nos conhecíamos desde o ensino fundamental. Tínhamos uma das melhores bandas de laboratório para o ensino médio no norte do Texas. E eles tinham professores muito bons. Foi lá que Vinnie e eu tocávamos naquela banda de laboratório. E o pai dele, por acaso, era engenheiro de som no único estúdio por quilômetros no Texas. Acho que pode ter havido outro. Isso é meio louco para o final dos anos 70. Mas tudo mudou naquela época. E ele era um engenheiro de som muito bom, mas era mais country. Ele não estava pronto para o Rock dos filhos. Então, acho que foi daí que surgiu um pouco de angústia e rebelião naqueles primeiros anos, porque brigávamos com o pai, só para tentar conseguir alguns sons lá. Ele não estava acostumado a gravar aquele tipo de música.
Eles foram os primeiros garotos com um PA na cidade. Mas quando entrei na banda, eles me disseram: ‘Bem, você não pode fumar e não pode beber’. E então eu apareci no primeiro ensaio com um maço de seis Löwenbräu e um cigarro na boca… Foi divertido. Tínhamos 17, 18 anos e queríamos fazer um nome para nós mesmos. E para fazer um nome para si mesmo, você tem que sair e praticar, praticar, praticar e aprender as músicas de outras pessoas. Minha irmã era 17 anos mais velha que eu, e eu tinha todo esse material ótimo para extrair — desde os Rolling Stones e os Beatles. Quer dizer, qualquer coisa dos Beatles até os anos 60, estava tudo acabado. Então eu simplesmente vasculhava esses discos, cara, e aprendia a tocar. Eu era guitarrista primeiro antes de começar a tocar baixo. Eles queriam que eu tocasse guitarra na banda do laboratório… E eu também queria estar na bateria por causa dos rudimentos e todo esse tipo de coisa… Eu fiz aulas de música do sétimo ao décimo segundo ano. Era tudo música.
Foi muito difícil — foi mesmo. Acho que as coisas acontecem por um motivo: estar no lugar certo na hora certa e ter a perseverança de seguir em frente e ver o que realmente é, mas continue… Meu Deus, estávamos compondo coisas incríveis, e a química só melhorava. Aos 25 anos, tínhamos um contrato com uma grande gravadora.”
Apesar do sucesso conquistado à partir do álbum “Cowboys From Hell”, de 1990, poucas pessoas sabem que o quarteto foi rejeitado por nada menos que 28 gravadoras até finalmente assinar um contrato com a modesta Atco Records. Rex confirmou esta história e disse o seguinte:
“Nós sabíamos que íamos fazer isso, mas como íamos fazer? Então começamos a vender todas as nossas fitas cassete nos shows. Vendemos 46.000 cópias do banco de trás do nosso carro. E foi aí que alguém disse: ‘Bem, é claro, preferimos ganhar dinheiro do que deixar vocês fazerem isso sozinhos’. Mas, uma vez que nós demos o primeiro passo, não era hora de dizer: ‘Ufa, somos estrelas do Rock’. Era hora de começar a trabalhar. E isso estava tocando em todas as rádios… Mas ainda tínhamos o senso melódico que sobrou dos anos 80 na nossa música. E então incorporamos coisas assim. Quer dizer, até uma música como ‘Fucking Hostile’. Você pega essa música — é uma música pop. Ela se tornou popular. Sim, se tornou — mesmo não tocando na rádio. Ninguém a tocava. Ninguém tinha coragem naquela época para fazer isso. Philip e eu ainda carregamos isso conosco. Com certeza.”
Após um hiato significativo e uma jornada pessoal intensa, Marko Hietala retorna ao cenário musical com “Roses from the Deep”, seu segundo álbum solo. O disco mantém sua identidade sonora única, misturando elementos do Metal tradicional, influências sinfônicas e a atmosfera sombria que caracteriza o estilo nórdico. Acompanhado por músicos experientes e com uma produção impecável, Marko entrega um trabalho sólido e diversificado que, embora não revolucionário, reforça sua relevância no gênero.
Desde a faixa de abertura, “Frankenstein’s Wife”, fica evidente que Hietala não tem medo de explorar novas direções. O peso das guitarras e a grandiosidade dos refrãos fazem dela uma introdução memorável. O álbum segue com “Left On Mars”, um dos momentos mais aguardados pelos fãs, pois traz um dueto com Tarja Turunen, sua ex-companheira de Nightwish. A química entre os dois ainda é inegável, e a canção carrega uma carga emocional significativa, tanto pelo reencontro quanto pela melodia envolvente.
Equilíbrio no tracklist
Ao longo das dez faixas, “Roses From The Deep” apresenta um equilíbrio bem dosado entre momentos pesados e introspectivos. “Proud Whore” se destaca com sua abordagem mais crua e sombria, enquanto “Dragon Must Die” aposta em uma construção épica, evocando cenários fantásticos e atmosferas cinematográficas. “Two Soldiers”, por sua vez, resgata um lado mais folk e narrativo, destacando o talento de Hietala para criar melodias melancólicas e cativantes.
A produção é um dos pontos altos do álbum. Cada instrumento encontra seu espaço na mixagem, proporcionando uma experiência imersiva. O baixo de Hietala continua sendo um diferencial, adicionando camadas ricas às composições. A participação dos músicos de apoio, especialmente Tuomas Wäinölä nas guitarras e Vili Ollila nos teclados, reforça a solidez do trabalho.
Vale mencionar que, apesar de sua coesão e variedade, “Roses From The Deep” ainda carece de um conjunto de canções realmente marcantes que o elevem ao patamar de um clássico instantâneo. Algumas faixas são fortes isoladamente, mas, como um todo, o álbum poderia se beneficiar de temas mais impactantes. “Tammikuu” (Janeiro em português), por exemplo, que é cantada no idioma nativo de Marko, não diz a que veio e falha ao tentar demonstrar relevância.
Aproximação com Tarja
Fora do estúdio, Marko tem se aproximado de Tarja, não apenas na gravação do álbum, mas também em turnês conjuntas, o que demonstra uma tentativa de reconectar-se com o público que o acompanhou durante sua trajetória no Nightwish. Essa estratégia tem funcionado bem, pelo menos do ponto de vista dos fãs, que celebram esse reencontro histórico. Apesar disso, Hietala recentemente admitiu certo arrependimento por sua saída da banda, embora um retorno ao Nightwish pareça improvável no momento, já que a banda segue estável e lançando trabalhos bem recebidos.
No fim das contas, “Roses From The Deep” é um álbum forte, original e bem executado. Marko Hietala reafirma sua posição como um artista solo competente, ainda que precise lapidar um pouco mais seu repertório para criar um disco verdadeiramente memorável. Para os fãs de sua obra e do Metal sinfônico, este é um lançamento que definitivamente merece ser ouvido.
Nota:“Roses From The Deep” está sendo lançado no Brasil pela Shinigami Records. O CD se destaca pelo excelente acabamento e, certamente, o encarte, cuidadosamente elaborado, reflete o bom gosto de Marko na escolha da arte e do design. Para os colecionadores, fica a recomendação.