Ícone do site Mundo Metal

Resenha: Abyssus – “Death Revival” (2022)

“Death Revival” é o segundo disco da banda grega de Death Metal, Abyssus.

Há algum tempo, a Grécia nos presenteia com boas bandas em todos os subgêneros de Metal. Já que Septic Flesh, Suicidal Angels, Doomocracy, Silent Winter, Warrior Path, entre outras, tem nos apresentado lançamentos de ótima qualidade. No entanto, o grupo ateniense de Death Metal, Abyssus, chegou para fazer parte desse time em 2011, tendo lançado seu primeiro registro, o EP “Monarch to the Kingdom of the Dead”, no ano seguinte. Em 2015, foi a vez do primeiro full lengh, “Into the Abyss” e, enfim, no dia 21 de janeiro de 2022, chegou o segundo disco, “Death Revival”, pelo selo Transcending Obscurity Records.

Kostas Analytis

Semelhantemente, a voz de Kostas Analytis lembra John Tardy, vocalista da banda americana de Death old school, Obituary. A sonoridade como um todo também lembra Obituary, porém com uma nítida pegada particular do Abyssus.

Chris Liakos e Panos Gkourmpaliotis

A dupla de guitarristas Chris Liakos e Panos Gkourmpaliotis prima, ao mesmo tempo, por riffs e solos simples e pesados, os quais funcionam muitíssimo bem para o estilo eleito pelo atual quinteto. Além disso, a cozinha do baixista Kostas Ragiadakos e do baterista Jan Westermann ajuda, com sucesso, a inflar toda essa massa sonora pesada. Destaco, do mesmo modo, a produção limpa que deixa todos os instrumentos nítidos, sem colocar em risco a intensidade do som em momento algum.

Phoyo By: Petros Elathan Photography

“Metal Of Death”

“Metal Of Death” é a canção incumbida de abrir o registro, possuindo uma irresistível veia Thrash/Death, a qual adiciona uma pequena fagulha de Punk, que eleva o interesse da audição em mais de oito mil, como diria um de nossos sayajins favoritos. Pois, não haveria melhor escolha para iniciar o disco. Pensem em uma música que não enjoa. Logo depois, “The Ten Commandments” inicia mantendo a mesma pegada de sua antecessora, para depois sofrer variações de riffs e velocidade. Aliás, seu solo de guitarra é totalmente 80’s, matador. A primeira trinca finaliza com “Uncertain Future”, a qual vai abandonando aos poucos a pitada de Thrash presente no início, ao passo que abraça a pureza do Death Metal, cada vez mais. Mas, que delícia de álbum, senhores!

A pureza do Death Metal segue persistente

O riff de “The Beast Within” leva a audição a outro nível. Se as primeiras faixas já estavam agradando, essa aqui me deixou completamente em transe, no exuberante bom sentido da palavra. Enquanto isso, a levada de bateria Westermann faz a diferença junto com o riff e o solo de guitarra que dessa vez soou um pouco mais melódico. Uma introdução “árabe” traz “Genocide” á luz.

O puro Death Metal atinge seu ápice, embora batida ainda possa lembrar vagamente Thrash. Kostas intensifica discretamente o peso de seu gutural, tornando perfeito o que já estava prazeroso. E o solo de guitarra? Mais uma vez destruidor.

Divulgação / Facebook / ABYSSUS

Mais Death Metal

“The Witch” introduz fuzilando tudo que encontra adiante, sendo uma das mais aceleradas do full lenght. Quem ouviu as duas primeiras faixas e achou que tivesse ouvido tudo o que iria rolar no restante do disco, se enganou veementemente. “When Wolves Are Out To Hunt” (“Quando Os Lobos Estão Fora Para Caçar”) inicia bem mais cadenciada que as demais, em uma pegada totalmente Doom. Possivelmente, por isso, ela deve ter sido escolhida para finalizar o segundo registro completo do Abyssus. Aos 2m30s de seus 6m49s duração, aproximadamente, ela acelera moderadamente e os vocais de Kostas surgem, trazendo o Metal da Morte de volta a audição. A mais longa canção do full é também a mais trabalhada em todos os aspectos, potencializando em qualidade todos os elementos utilizados na fórmula até o momento.

Como diria meu amigo Gigio Vieira, um disco inteiro para ouvir no modo REPLAY, “over and over again”. Obrigatório para fãs de Death Metal old school. Adorei! Parabéns, Abyssus por seu lindo trabalho.

Nota 9,1

Integrantes:

Faixas:

Redigido por Cristiano “Big Head” Ruiz

Sair da versão mobile