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Resenha: Avulsed – “Phoenix Cryptobiosis” (2025)

Apesar do berço do Death Metal ter sido realmente nos Estados Unidos (a região de Tampa na Flórida não nos deixa mentir) há outros lugares no mundo onde o gênero se destacou com o surgimento de muitos nomes importantes. A Suécia, obviamente, é tido como a segunda escola mais relevante, a Inglaterra revelou nomes seminais e até mesmo o Brasil pode reivindicar alguns louros. Mas quando pensamos na Espanha, somente um nome pode ser posicionado na mesma prateleira dos essenciais: o Avulsed.



Com “Phoenix Cryptobiosis”, o Avulsed inaugura uma nova fase

Na estrada desde 1991, o Avulsed foi formado por David Sánchez González (ou apenas Dave Rotten, como é conhecido). Apesar de nunca ter havido um período de hiato ou parada duradoura na carreira da banda, a discografia não é muito grande se pensarmos apenas nos álbuns oficiais de estúdio. “Phoenix Cryptobiosis” (2025) é apenas o oitavo disco do Avulsed, aliás, é o primeiro depois de uma reformulação geral que resultou na permanência apenas de Rotten como membro remanescente da formação original.

Reprodução/Facebook

A dupla de guitarristas Jose “Cabra” e Juancar, presente em todos os discos até então, foi abruptamente substituída pelos competentes Víctor e Alejandro Lobo. O baixista Tana deu lugar a Alex Nihil, assim como o baterista Jorge Utrera saiu para a chegada de GoG. Este último, parceiro de Rotten no Holycide, banda de Thrash Metal onde a dupla também atua.

A arte de tocar Death Metal em alto nível

Com uma mudança drástica como esta, era esperado que o Avulsed demorasse um pouco para adquirir o entrosamento necessário para produzir um sucessor à altura do ótimo “Deathgeneration” (2016). No entanto, a química é algo inexplicável e parece que é exatamente isso que temos entre esta nova formação. Parece que estes músicos tocam juntos há décadas.



Serei cuidadoso nas palavras, mas a realidade é que “Phoenix Cryptobiosis” eleva o Avulsed a um patamar novo, mais alto e, certamente, jamais alcançado nos discos anteriores. O álbum mergulha na essência musical do grupo, mas traz novas direções e apresenta uma variedade incrível de ritmos, viradas, linhas e riffs. Em resumo, tudo isso sem se afastar do Death old school e sem adicionar elementos modernosos desnecessários.

Faixas como “Blood Monolith”, “Unrotted”, “Phoenix Cryptobiosis”, “Devotion For Putrefaction” e “Dismembered”, inegavelmente representam o puro creme da violência sonora. Com uma abordagem crua, direta e brutal, o quinteto soa renovado ao mesmo tempo em que despeja canções absolutamente atualizadas e compatíveis com o melhor que o gênero tem apresentado nos últimos anos.

“Lacerate To Dominate”, “Guts Of The Gore Gods” e “Neverborn Monstrosity”, trazem técnica na medida certa e, desse modo, não soam como virtuosismo exacerbado. O disco ainda deixa para o final da audição duas de suas melhores composições, “Bio-Cadaver” e “Wandering Putrid Souls”, ambas extremamente agressivas, viscerais e, conforme o previsto, tocadas na mais alta velocidade. “Bio-Cadaver” possui variações que misturam partes épicas e, além disso, despeja sobre nossas pobres carcaças aquela bateria no estilo metralhadora capaz de maltratar como nunca os nossos pobres pescoços. Já “Wandering Putrid Souls” é uma miscelânea criativa das boas, com diversos andamentos e riffs excelentes, a canção serve para finalizar um disco que nos deixa literalmente em êxtase.

Um dos favoritos ao pódio

Com 11 músicas e pouco mais de 44 minutos de duração, “Phoenix Cryptobiosis” chegou às lojas e plataformas de streaming no último dia 4 de março através do selo Xtreem Music. Apesar de ter chegado há pouco tempo, já se coloca facilmente entre os melhores álbuns de Death Metal do ano (senão o melhor). E digo mais, este disco não será desbancado facilmente. E faço esta afirmação mesmo tendo plena consciência da ótima fase do estilo, assim como sabendo da quantidade exorbitante de discos acima da média que nos tem sido apresentada. Sendo assim, parabéns a Dave Rotten & cia., e obrigado por nos lembrar sobre o quanto o Avulsed pode ser avassalador à sua maneira.



Audição obrigatória para fãs de Metal extremo!

Nota: 9,4

Integrantes:

  • Dave Rotten (vocal)
  • GoG (bateria)
  • Alex Nihil (baixo)
  • Alejandro Lobo (guitarra)
  • Víctor Dws (guitarra)

Faixas:

  1. Limbs Regeneration (Instrumental)
  2. Lacerate To Dominate
  3. Blood Monolith
  4. Unrotted
  5. Guts Of The Gore Gods
  6. Phoenix Cryptobiosis
  7. Devotion For Putrefaction
  8. Neverborn Monstrosity
  9. Dismembered
  10. Bio-Cadaver
  11. Wandering Putrid Souls
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