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Resenha: Bloodstain – “I Am Death” (2024)

O EP “I Am Death” é o primeiro registro oficial do quarteto sueco de Thrash Metal, Bloodstain, a qual nasceu, recentemente, na cidade de Estocolmo. Não se trata somente de uma banda jovem, mas de jovens talentos que acabam de fundar uma banda, com o propósito de transformar suas influências e inspirações em música pesada.

A fim de tentarmos explicar a sonoridade desse garotos, é necessário que pensemos nos ingredientes formadores dessa receita musical. Se pudessemos colocar, ao mesmo tempo, em um mesmo recipiente, Motörhead, Metallica e Megadeth, e misturássemos até ficar homogêneo, talvez o resultado fosse algo semelhante à música que esses meninos suecos estão compondo. Pelo menos, são essas características que pudemos constatar nesse primeiro registro que saiu hoje, 22/3/2024, porém, esse pode ser somente o passo inicial de um longo caminho.

BLOODSTAIN / Divulgação / Facebook

Line-up

O timbre de voz de Linus Lindin, que também compõe a dupla de guitarras, tem certa semelhança com o da voz de Dave Mustaine (Megadeth), embora, claramente, ele busque cantar de sua própria maneira. Como guitarrista, Lindin coloca peso no riffs junto com Oskar Lindroos, que é o responsável por solos que, antes de mais nada, primam pelo feeling. Já Benjamin Norgren, por sua vez, cria linhas de bateria que remetem ao início do Thrash americano, enquanto o baixista Jonathan Thyberg lhe acompanha de forma precisa e competente.

O início de Bloodstain com “I AM DEATH”

Tão logo os acordes iniciais de “I am Death” começam a soar, as reminicências carregam os nossos pensamentos ao princípio da década de 80, quando, na America, as bandas de Thrash Metal começaram a ganhar popularidade. Além de riffs simples e poderosos, a faixa-título possui também um refrão forte e pegajoso, já que o podemos assimilar ainda na primeira audição.

Bloodstain em estúdio / Reprodução / Facebook

Thrash Metal old school segue forte e poderoso

Em seguida, temos “Stil Alive”, que é mais acelerada que a canção de abertura, mantendo alta a temperatura da audição. Contudo, a minha favorita do disco e, também, o ponto mais alto da audição, é “Betray and Behold”, a qual exala a mais pura atmosfera American Thrash Metal. Essa faixa é, inegavelmente, a protagonista do melhor momento do registro de estreia do Bloodstain.

O pequeno e bonito tema instrumental “Homicidal Lunacy” serve somente como aperitivo para a canção que chega logo depois, “Bloodstains”, que é a mais rápida e pesada no disco. Em um mescla de peso, velocidade e melodia, “Bloodstains” nos prepara para a clausura da obra.

“Black Swan” encerra o EP “I Am Death” com chaves de ouro, deixando, dessa forma, uma excelente primeira impressão do quarteto sueco Bloodstain. Como resultado pela qualidade que os garotos apresentaram nesse lançamento, esperaremos ansiosos pelo registro completo.

Lá do plano espiritual, certamente, o casal Zazula está abençoando e contemplando esse excelente trabalho.

Grattis, Bloodstain, till en utmärkt start på din diskografi.

Nota: 8,5

Integrantes:

Jonathan Thyberg (baixo)
Oskar Lindroos (guitarra solo)
Linus Lindin (vocal e guitarra)
Benjamin Norgren (bateria)

Faixas

1.I Am Death
2.Still Alive
3.Betray and Behold
4.Homicidal Lunacy
5.Bloodstains
6.Black Swan

Redigido por: Cristiano “Big Head” Ruiz

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