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Resenha: Bronze – “In Chains and Shadows” (2024)

“In Chains and Shadows” é o primeiro full lenght do trio internacional de Heavy Metal, Bronze, que saiu no dia 24 de abril de 2024, em formato independente. Anteriormente, a banda, que de 2012 a 2023 usou o nome de Kramp, gravou o EP “Wield Revenge” (2016) e o álbum completo “Gods of Death” (2020). Desde que trocou o seu nome para Bronze, o baixista Lap, a vocalista Mina Walkure e o guitarrista sueco Cederick Forsberg (Blazon Stone, Cloven Altar e Rocka Rollas) compõe o line-up do Bronze.

Mina Walkure / Bronze / Reprodução

Destaques do Bronze

Dentre os músicos que integram o projeto Bronze, devemos destacar, em primeiro lugar, a vocalista espanhola Mina Walkure. Embora não possua uma técnica impressionante, apesar de boa, e tampouco uma voz inalcançável, a frontwoman é competente em sua função vocal e parece carregar a alma do Heavy Metal consigo para dentro da música que interpreta. O baixista Lap, por sua vez, é preciso em suas linhas de baixo e, mesmo que não encha as canções de frases soladas de efeito, ajuda a construir a harmonia musical do Bronze de forma agradável à audição. Finalmente, devemos comentar os trabalhos do guitarrista e multi instrumentista, Cederick Forsberg, cujo trabalho nas bandas Blazon Stone, Cloven Altar e Rocka Rollas já conhecíamos há algum tempo. Em suma, Kramp não somente mudou para Bronze como elegeu uma formação que tem tudo para fazer um excelente trabalho.

Pic by @frames.by.fred – Cederick Forsberg

Faixas de “In Chains and Shadows”

Assim que clicamos o play para iniciar a audição do álbum “In Chains and Shadows”, nos deparamos com o mais puro Heavy Metal tradicional, contendo nítidas influências na década de 80, principalmente na NWOBHM. Ou seja, não há modernidade alguma e nem qualquer experimentalismos. Dessa forma, temos uma sonoridade capaz de agradar aos saudosistas que é indiscutivelmente bem feita.

O som é pesado, mas a audição se torna leve, tanto que a primeira trinca de canções, “Fool”, “Time Covers No Lies” e a faixa título, nem sequer sentimos passar. Já a segunda trinca, que começa com “Maze of Haze”, a qual inicia com um riff que lembra “Princess of the Night” do Saxon, é ainda mais convicente. “Tales of Revenge” e “Jackals of the Sea” vêm em seguida, completando esse segundo bloco do full lenght.

Trinca final

A fim de encerrar o atual álbum de Mina Walkure e seus comparsas, o bloco derradeiro abre com uma das melhores canções do registro, “Samurai”. A “cavalgada” do baixo fomenta uma atmosfera épica, dando ao ouvinte, desse modo, a sensação do extremo poder que a música Heavy Metal possui em sua essência. Logo depois, temos a faixa mais Speed Metal do disco, “Realm of the Damned”, a qual veio em ótima hora no registro, já que foi capaz de incendiá-lo mesmo perto de seu fim.

Finalizando o trabalho, temos “Tyrant’s Spell”, na qual destaco, principalmente, a interpretação sombria do vocal de Mina. Sua voz deixou essa faixa com uma cara mais macabra que as oito anteriores. Resumindo a sensação que tivemos por conta disso, o álbum termina ainda mais quente que ele começou, crescendo, inegavelmente, o seu nível de composição. Oxalá logo tenhamos um sucessor de “In Chains and Shadows” e que o nível possa vir ainda melhor, pois até podemos considerar essa banda uma promessa.

Nota: 8,4

Integrantes:

Faixas:

Redigido por: Cristiano “Big Head” Ruiz

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